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domingo, 29 de maio de 2011

Dias Pensativos



Encontro-me agora neste momento em meu quarto, quero escrever um pouco sobre esta semana que passou, uma semana estranha , dias em que ia trabalhar e contava as horas para que logo acabasse meu período de trabalho.

Desde os primeiros dias algo acontecia para tentarem tirar a minha paz, um ambiente pesado, e nestes momentos conversava com Deus, me equilibrava no caminho e na luz e a paz voltava.


Trabalho em um Hospital-maternidade, vejo muita alegria, emoção, sonhos, por vezes infinitas pessoas recebendo seus bebês que esperaram por 09, 08, 07 meses e de repente lá estão seus filhotes. Choros, olhares observadores, tremores, extasiados de alegria encontram-se seus pais, outros não conseguem falar, mirar uma câmera para clicar uma foto.

Não sei explicar esses dias, momentos de reflexão, de por algumas horas preferir estar só e conversar com Deus, ouví-lo, o mais engraçado é que (JC meu marido) viveu algumas coisas parecidas. Na verdade, eu contei tudo isso para chegar no dia de hoje domingo (o nosso almoço).

JC preparou uma costela de cordeiro no forno para almoçarmos, iniciamos o almoço ambos sentindo a presença de Deus, existia no ar algo de espiritual sem querer espiritualizar (nem gosto disso), de repente imaginei Jesus ceiando com seu discípulos, conversando, ensinando. A minha boa viagem continuou e cheguei até a Festa de Babete, do nosso jeito, com nossos poucos ingredientes, pudemos estar bem, felizes e o mais importante ou tão importante quanto, ter a presença de Deus conosco.


E, não esquecendo o João Carlos havia deixado uma mensagem no pente, para ouvirmos durante o almoço... precisa explicar?

Finalizamos a semana com um domingo maravilhoso.

Ajuda...


Este está sendo talvez o post mais difícil que já escrevi...

Quem já me conhece sabe que eu sou muito louco, pessoal ou virtualmente falando.

Nunca aconselhei ninguém a seguir meu blog. Já falei diversas vezes que aqui é PERIGO - CORRENTEZA...

12:44. Acabei de deixar pronta no forno uma costela de cordeiro assada. A Cilene está dormindo por ter acordado muito cedo e "arregado". Fui na varanda fumar um Marlboro (vicio maldito que ainda não consegui me libertar por pura falta de vergonha na cara e não odianta orar por ser FALTA DE VERGONHA NA CARA MESMO). Já tomei vinho e estou esperando ela acordar para almoçarmos.

Na varanda, vi uma senhora de mudança entrando apoiada no braço de alguém que possivelmente deva ser a filha desta senhora...

Imediatamente me lembrei de minha mãe. Ela sempre foi muito dependente financeiramente de meu pai e - com o tempo - dos filhos. Por várias vezes ela me ligou, depois de eu ter casado, pedindo ajuda financeira para honrar com compromissos básicos como compra gás, pagamento de contas de luz, água ou alguma outra conta atrasada.

Sempre que pude ajudei. Outras vezes - confesso - até podia mas não ajudei...

Numa dessas, já morando no Rio, minha mãe me ligou e pediu ajuda para pagar algo que não me lembro exatamente o que era.

CONFESSO que até podia ajudar mas, baseado no fato de meu antigo casamento ter acabado pelo fato de minha ex ter argumentado (entre outras coisas) que eu preferia ajudar minha família (pai e mãe, entendam) do quê pagar em dia nossas contas, eu tinha deixado contas pessoais atrasarem e ela não aguentava mais... como consequência, ela não aguentou a pressão e teve um AVC logo em seguida e que a levou à morte, 5 meses depois, algo que carrego comigo até hoje...

Ontem de manhã (sábado, 28/05), eu saí de manhã para fazer uma prova de anatomia na faculdade quando fui parado no meio da rua por um mendigo. Ele se apresentou e disse que me conhecia de me ver constantemente na área. Ao redor dele, vários outros mendigos estavam se abrigando da chuva e do frio. Um deles me pediu um cigarro.

Ao falar isso eu achei estranho mas não demonstrei a ele. Apenas ouvi...

Ele se explicou, dizendo que sempre me via passando por ali e me viu com camisetas do Jethro Tull, The Smiths e Tin Lizzy, bandas de rock, e ele também curtia rock.

Estava na rua por ter vindo pro Rio por e não ter "dado certo". Era paulistano e estava morando na rua por ter "calculado errado" o que poderia acontecer aqui. Como ele mesmo disse:

"Cara, olha onde eu estou morando! Em SP, eu morava no Capão Redondo (um bairro pobre e considerado perigoso em SP) mas era mecânico e tinha meu trabalho! Me ajuda a voltar para São Paulo!"

Eu, imediatamente, me lembrei de minha mãe pedindo ajuda numa época que até poderia ter ajudado e disse que não podia...

Falei para ele que o ajudaria quando fosse possível. Ele quer voltar para São Paulo pois lá ele tem como recomeçar a vida dele decentemente. O nome dele é Ramiro (ou Ramirez, não lembro ao certo) e precisa de uma passagem para a capital Paulistana.

Já passei por uma situação parecida antes, inclusive postei sobre o assuntoAQUI, e na época, um amigo meu, dono de uma loja na Galeria do Rock em São Paulo, (ai que saudade!!!!!!!!!) ajudou financeiramente e eu pude levá-lo até a rodoviária do Tietê, colocando-o num busão de volta à sua casa (não deixe de ler o link acima...).

Sem mais delongas, quero tirá-lo das ruas desta cidade antes que seja tarde. Se tendo endereço fixo já é foda morar aqui na "Cidade Maravilhosa, imagine emtão para um "recém mendigo"!

Qeum quiser ajudar finaneiramente me mande um email. Só quem sabe meu email faça isso...

Estou meio mal ao falar disso mas, ao mesmo tempo, não é uma bênção que só eu devo participar...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O "Pr. João" tá fumando erva estragada...


Ando meio inquieto com o quê vem e o quê não vem acontecendo por estes dias. Isso me obrigou a uma ligeira pausa, entrecortada por uma respiração lenta, pensando no que não estou conseguindo escrever. Tudo ainda está sem forma e vazio. Apenas sinto que algo dentro de mim aguarda ansiosamente o “fiat lux” divino para virar algumas linhas escritas.

Afinal de contas, não tenho como postar o que não estou conseguindo verbalizar apenas com uma página em branco: Ninguém vai ler minha mente e minhas emoções! Algo precisa ser dito sobre este incômodo. Quero alertar a todos sobre os últimos acontecimentos, mas estes ainda não ocorreram, ou – talvez – tenham se desenrolado em esferas ainda não reveladas...

Apenas sinto o peso e o desconforto. Aquela sensação de que, a qualquer momento, o telefone pode tocar e alguém do outro lado virá com uma notícia inesperada, do tipo “fulano, que estava conosco até então, não está mais” ou, pior ainda, ligar o rádio, TV, ou acessar algum site de notícias e ser informado que o arrebatamento ocorreu há alguns minutos atrás, deixando eu e você para trás...

Não sei o que acontece. Só sei que é uma situação incômoda pra caramba. Parece com aquele retrocesso das ondas do mar que precedem um tsunami. Um silêncio ensurdecedor, regado por uma aparente calmaria, exibindo áreas do oculto do oculto que antes estavam inalcançáveis.

Pela curiosidade natural do ser humano, aliada à falta de cautela, nos aproximamos inocentemente "daquele novo" sem avaliarmos os possíveis riscos que corremos. Da mesma forma que diz o dito popular, “ele se faz de morto para comer o coveiro” este momento age, atraindo-nos hipnoticamente para o olho do furacão, como um delicioso pedaço de queijo numa ratoeira gigante.

Sem nos darmos conta, ouvimos um “tlec”. Imediatamente sentimos um frio na espinha, a sensação de ter caído em uma armadilha. Olhamos para trás e vemos que a porta de acesso agora está fechada. Tentamos avançar mas aquele caminho aberto em nossa frente começa a retroceder. Como os exércitos de Faraó, nos vemos submersos naquele mar que antes se apresentava como caminho seco.

Puta viagem, o João deve estar fumando erva estragada, cheirando cola e comendo a lata ou tomando café coado na cueca suja, alguns poderão dizer... Não discordo não! Como disse no começo, estou com a sensação de que devo estar super alerta a tudo o que está acontecendo e não está acontecendo, pois algo ESTÁ acontecendo e não tenho como discernir se isso é bom ou ruim.

Na dúvida, seguro a colher de pedreiro em uma mão, enquanto a outra mão repousa sobre o cabo de minha espada...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Que saudade de gente legal!!!!

uma banda qualquer ao vivo no Piu Piu - Sampa Rock City

Domingo passado eu estava em casa preparando o almoço enquanto ouvia dois CDs de bandas cover aqui do Rio de Janeiro. Uma chamada Woodhouse, de meu amigo Rico (figuraça) e que toca direto no Barraco e outra chamada Rock Revival, só de tiozinhos, tirando a vocalista, bem mais nova que todos os outros músicos e que costumam tocar no Café Etílico.

Músicas como Oye Como Va!, Hotel California, California Dreaming, Light My Fire, Venus, Day Tripper, Lady Marmalade, Unchain My Heart, I Heard it Thru the Grapevine, Mustang Sally, Proud Mary, Have You Ever Seen the Rain, Hold Back to the Water, Brown Sugar, Jumpin’ Jack Flash, Satisfaction, Smoke on the Water, Love Ain’t no Stranger, Breaking All the Rules, Owner of a Lonely Heart, Rock’n’Roll, Born to be Wild, Mercedes Benz, Sunshine of Your Love, tocadas pelo Rock Revival (para se ter uma idéia, o tecladista toca com um Órgão Hammond!!!!!!!) ou as versões eletrico-acústicas de algumas mais moderninhas (leia: anos 80, 90…) tocadas pelo Woodhouse como Save Tonight, Bigmouth Strikes Again, In the End, Wonderwall, Can’t Stop/Better Man, Black, Never There, Plush, Jeremy, Iris, Beautiful Day, Sweet Child O’Mine, The Zephyr Song, Let’s Get Retarded, Would? ou Losing My Religion fizeram com que eu me sentisse nos dois picos de música ao vivo que vale a pena encarar aqui na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O problema foi que, ao ouvir estas músicas e lembrar das baladas, veio a mente meus amigos em São Paulo, que há tempos (anos!) eu não vejo e que eram meus companheiros nestes momentos de diversão. Lá em Sampa Rock City o buraco é mais embaixo cara: Café Piu Piu no Bexiga, e o Blackmore em Moema, entre outros, são sinônimo do bom e velho Rock and Roll, gente bonita (sim, os roqueiros também amam e são bonitos) e diversão garantida.

Ouvia as músicas em lágrimas. Aqui nestas paragens não tenho amigos que curtam as mesmas coisas que eu, tirando minha amada mulherzinha. Senti saudade de gente que não curte funk (bleargh!), pagode (idem) e forró (no caso de forró, nada contra, eu até gosto). Senti saudade de gente que gosta de tomar vinho e não só cerveja e cachaça. Senti saudade do frio cortando a cara nas madrugadas de minha Cidade (esta sim, maravilhosa! Senti saudade de uma Virada Cultural decente como a de São Paulo, 4,5 milhões de pessoas curtindo aproximadamente 950 atrações, e não a pseudo viradinha que rolou aqui este fim de semana (nem site tem, pelo menos eu não achei...) com suas impressionantes 50 atrações do nível de “Nem te Conto, DJ Pretinha, Farofa Carioca, Velha Guarda da Portela, Simpatia é Quase Amor, Pique Novo, Melanina Carioca, Buchecha, Preta Gil,...Latino, ...Belo”... Só pela misericórdia de Deus.... affff!

De bom, no meu gosto, teve só Charlie Brown Junior, Biquini Cavadão, Arnaldo Antunes... Cara: Aqui, se juntar 1000 pessoas num lugar aberto pra um evento, você que não leve carteira, relógio, dinheiro. Senti saudade dos manos e das minas da minha Cidade, senti saudade de gente legal...

... e foi assim que eu falei pra Cilene, com olhos cheios de lágrimas:

“AMOR, QUE SAUDADE DE GENTE LEGAL!!!!!!!!!!!!!!”


Putz, fiquei malzão. Preciso urgentemente pegar um avião (que seja um busão) e ir pra São Paulo rever meus amados amigos, já que este bando de delinqüentes não ficam muito a vontade de vir pra estas bandas.

Até entendo. Eu também tinha a impressão de que quando viesse pra cá só veria fita sinistra... Agora que estou aqui, só mudou uma coisa disso tudo: Não tenho só a impressão, a parada é sinistra mesmo!!!!

Bem, deixa pra lá. Já estou acostumando, sem entretanto me con-formar com o sistema daqui.

Sou muito paulistano, não disfarço e sinto que não gostam muito de mim por isso. Dane-se!

O problema é que, quando você experimenta um bom Cabernet Sauvignon, Shiraz ou Malbec fica difícil se contentar com um Chapinha ou Cantina da Serra... Você até toma, pois é o que está na mão, mas por pura falta de opção....

Quero ver meus amigos! Estou com saudade de gente legal! Quero sair a noite sem medo de ser assaltado (eu não tinha este medo em SP!!!!), tô com saudade da Galeria do Rock, da Av. Paulista, do Centrão, da Betestaaaaa!!!!!

Ahhhhhh!!!!!

Amigos de Jó, AMIGO de Deus...


"Não é pesado o labor do homem na terra? Seus dias não são como os de um assalariado? Como o escravo que anseia pelas sombras do entardecer, ou como o assalariado que espera ansioso pelo pagamento, assim me deram meses de ilusão, e noites de desgraça me foram destinadas. Quando me deito, fico pensando: Quanto vai demorar para eu me levantar? A noite se arrasta, e eu fico me virando na cama até o amanhecer. Meu corpo está coberto de vermes e cascas de ferida, minha pele está rachada e vertendo pus. Meus dias correm mais depressa que a lançadeira do tecelão, e chegam ao fim sem nenhuma esperança. Lembra-te, ó Deus, de que a minha vida não passa de um sopro; meus olhos jamais tornarão a ver a felicidade. Os que agora me vêem, nunca mais me verão; puseste o teu olhar em mim, e já não existo. Assim como a nuvem se esvai e desaparece, assim quem desce à sepultura não volta. Nunca mais voltará ao seu lar; a sua habitação não mais o conhecerá. Por isso não me calo; na aflição do meu espírito desabafarei, na amargura da minha alma farei as minhas queixas. Sou eu o mar, ou o monstro das profundezas, para que me ponhas sob guarda? Quando penso que a minha cama me consolará e que o meu leito aliviará a minha queixa, mesmo aí me assustas com sonhos e me aterrorizas com visões. É melhor ser estrangulado e morrer do que sofrer assim; sinto desprezo pela minha vida! Não vou viver para sempre; deixa-me, pois os meus dias não têm sentido. Que é o homem, para que lhe dês importância e atenção, para que o examines a cada manhã e o proves a cada instante? Nunca desviarás de mim o teu olhar? Nunca me deixarás a sós, nem por um instante? Se pequei, que mal te causei, ó tu que vigias os homens? Por que me tornaste teu alvo? Acaso tornei-me um fardo para ti? Por que não perdoas as minhas ofensas e não apagas os meus pecados? Pois logo me deitarei no pó; tu me procurarás, mas eu já não existirei". – Jó 7

Muitos esperam que nós cristãos, estejamos sempre firmes, crentes e fortes, mesmo no meio de um turbilhão de problemas e emoções que fazem com quê tenhamos que nos esforçar de maneira sobrenatural para ficarmos com a cabeça fora das águas turbulentas que nos puxam com toda força para o fundo.

Nestes momentos, praticamente nada faz sentido. Não sentimos prazer em nada e não queremos ser consolados. Apenas queremos ficar quietos em nosso canto ou, se formos falar algo, certamente só virá palavras de desabafo, coisas que brotam do mais profundo de nosso ser, palavras encharcadas de dor, algumas vezes palavras aparentemente injustas, cheias de amargor e confusão.

Este é um momento nosso. Todos passam por estes momentos e quem os atravessa não gosta de ser interrompido ou julgado.

Este desabafo de Jó no capítulo 7 é um destes momentos. Sua palavras foram dirigidas diretamente a Deus e não aos seus “bons amigos” que, de útil, apenas estiveram calados por sete dias ao lado dele, sem falar uma palavra.

Quando o pobre do Jó, porém, decidiu desabafar, seus grandes amigos vieram com uma enxurrada de religiosidade do tipo “Deus abençoa os justos e pune os perversos. Se você está sendo punido certamente está em pecado. Portanto, se arrependa, se coloque em seu lugar e peça perdão a Deus que aí Ele vem e arruma sua vida”.

Cara, isso é foda. Jó já tinha que lidar com as perdas familiares, emocionais e financeiras e agora se via obrigado a se defender das acusações de pecado. Para nós que conhecemos o texto bíblico é fácil entender o contexto do sofrimento de Jó. Seus amigos, porém, apenas enxergavam o aparente do aparente e faziam seus próprios julgamentos.

Jó queria apenas ficar sozinho com Deus. As perguntas que ele fazia eram basicamente direcionadas a Deus. Ele sabia da relação que tinha com Ele e questionava a razão de seu sofrimento e de sua existência. Seus amigos não entendiam que ele não estava tentando provar para eles que ele era justo e estava sofrendo injustamente.

Ele apenas queria ouvir de Deus os motivos de seu sofrimento. Vejo aí uma relação profunda e sincera com o Senhor, uma relação de quem anda lado a lado e não uma relação de quem não tem nenhum tipo de intimidade. Jó estava cansado do sofrimento e queria apenas entender a razão daquilo tudo! Numa situação dessas, dificilmente conseguimos ser racionais. Ou melhor, talvez sejamos até racionais demais e passamos a questionar até a razão de nossa existência, como fez nosso herói.

Lógico que tudo o que ele perdeu foi reposto em dobro. Ao mesmo tempo, certas perdas são simplesmente irreparáveis. Perder sete mil ovelhas e ser reembolsado em quatorze mil é, na verdade, um excelente negócio, assim com as demais perdas materiais. Por outro lado, Perder dez filhos e ter mais dez já é algo complicado, pois neste caso se tratam de relacionamentos afetivos. Anyway, na sabedoria adquirida por Jó através desta dura experiência vivida, ele assimilou os golpes sofridos e recomeçou sua vida.

Interessante porém foi que Deus, mesmo depois de ouvir todo o desabafo de Jó, não se indignou com ele e sim com aqueles que falaram insensatamente a respeito da maneira que eles acreditavam que Deus costumava agir:

“Depois que o Senhor disse essas palavras a Jó, disse também a Elifaz, de Temã: "Estou indignado com você e com os seus dois amigos, pois vocês não falaram o que é certo a meu respeito, como fez meu servo Jó. Vão agora até meu servo Jó, levem sete novilhos e sete carneiros, e com eles apresentem holocaustos em favor de vocês mesmos. Meu servo Jó orará por vocês; eu aceitarei a oração dele e não lhes farei o que vocês merecem pela loucura que cometeram. Vocês não falaram o que é certo a meu respeito, como fez meu servo Jó". Então Elifaz, de Temã, Bildade, de Suá, e Zofar, de Naamate, fizeram o que o Senhor lhes ordenara; e o Senhor aceitou a oração de Jó. Depois que Jó orou por seus amigos, o Senhor o tornou novamente próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes.” – Jó 42.7-10

Amados, com isso tudo quero dizer que temos toda liberdade do mundo de virar para Deus e expor nossas dores, nossa dúvidas. Ele não vai ficar magoadinho conosco. Pelo contrário, Ele nos chama para uma relação madura, sadia, sem máscaras nem religiosidade. Lógico que nesta relação vamos falar mas também vamos ouvir. Mas isso é o que acontece para aqueles que se dispõem a sair da zona de conforto oferecida pela religião e assume uma relação pessoal com o Senhor.

Pessoalmente prefiro assim. Glorifico também o Senhor por meus bons amigos cristãos. Quando o Senhor não fala comigo diretamente, Ele o faz através dos meus amados irmãos. Não os religiosos, sim os verdadeiros amigos, profetas, bocas de Deus aqui na terra...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Tem culpa eu pô?


“Até no riso terá dor o coração; e o fim da alegria é tristeza.”Provérbios 14.13

Pessoas muito transparentes muitas vezes são vítimas de sua própria sinceridade. Como disse certa vez o Ricardo Gondim em uma mensagem, suas virtudes podem muito bem se transformar na fonte de seus maiores fracassos.

Digo isso por ter pensado em escrever a respeito do quanto tenho me sentido “pela metade” ultimamente, o que tem me deixado frustrado comigo mesmo e com tudo o que me rodeia. Tenho trabalhado pela metade por não estar vendo retorno de todo esforço despendido nestes anos de trabalho no Comércio Exterior. Também tenho estudado pela metade, pois perdi duas semanas de aula no início e não estou acompanhando o ritmo de algumas matérias, já pensando em refazer tudo decentemente no próximo semestre. E assim vai...

Paralelo a isso, também estou decepcionado com a igreja e com muitos cristãos, conhecidos, amigos amados. Sinto que, pelo fato de estar nesta nova, abençoada e - ao mesmo tempo - conturbada fase em minha vida, fui deixado de lado por não poder estar presente em cultos, reuniões, espaços virtuais e outras formas de comunhão. Fico com a sensação de que apenas querem que eu me multiplique em mil, “comparecendo” a todos os tipos de eventos, reais ou virtuais, na mesma freqüência que tinha antes desta nova fase de minha vida (um ou outro ainda se importa, literalmente "um ou outro"... que Deus os abençoe!).

Sobre isso, sempre defendi a tese de que eu não quero que meus amigos estejam sempre ao meu redor, tendo tempo para estar comigo e fazer as mesmas coisas que sempre fazíamos quando não tínhamos outros compromissos. Sempre fiquei feliz ao ver que aquele amigo ou amiga não tinha mais tempo para mim pelo fato de, enfim, ter encontrado um grande amor, ou – como no meu caso – ter voltado a estudar ou qualquer outra coisa que esteja fazendo bem a ele. Porra, se eu amo esta(s) pessoa(s), quero mais é que ela(s) simplesmente "suma(m) da minha vida", desde quê ela(s) esteja(m) feliz(es), entende?

Isso faz sentido pra você? Para mim faz, e muito. Não consigo entender como alguém consegue estar bem 100% do tempo com 100% da humanidade, freqüentando 100% dos eventos sociais, quase que “onipresentisticamente”. Pô, até Jesus, Deus encarnado, “chegou atrasado” quando recebeu a notícia que seu amado amigo Lázaro estava doente de morte!

Fico vendo o quanto as pessoas esperam mais de nós do que somos capazes de dar. Isso me faz lembrar de uma mensagem do pastor Silmar Coelho. Ele conta que, ao final de um culto, uma irmãzinha crente até as unhas veio até ele e disse algo do tipo: “Pastor, estou passando uma situação muito difícil e quero que o senhor ore por este problema sem cessar!” Ele deu risada na cara da irmã e respondeu: “Minha querida, nem por meus problemas eu oro sem cessar!”...

É algo assim que eu sinto que algumas vezes as pessoas esperam que façamos. Não estou 100%. Estou baleado, cansado, desmotivado, vivendo uma espiritualidade meia-boca, me sentindo abandonado por boa parte daqueles que antes estavam mais próximos de mim SÓ PELO FATO de – agora – estar numa nova fase que tem me roubado horas preciosas. Não ando com cabeça para escrever, não tenho entrado em nenhuma rede social para ficar comentando “fotinhas”, deixando scraps, fazendo comentários ou ligando para pessoas que me são caras, SÓ QUE ISSO É PELO FATO deu estar totalmente sem saber administrar meu tempo.

Grandes agressões vindas de pessoas que não são importantes para mim simplesmente são ignoradas, quando não levadas pela lei do “olho por olho, dente por dente”. Por outro lado, as pessoas que eu mais amo, e elas sabem que são amadas por mim, quando passam a me ignorar, simplesmente me derrubam, acabam comigo. Sou capaz de ficar sem dormir por esse tipo de situação. Muitas vezes me pego pensando em coisas como “o quê foi que eu fiz para fulano para ele estar me tratando assim?”, tirando minha paz, meu tesão, me deixando em crise...

Sei lá. Tanto tempo sem escrever e só saiu desabafo. Pode parecer que estou sendo contraditório no que expus acima, mas não estou conseguindo articular o que estou sentindo em palavras. Espero que entendam que este texto ridículo, mal acabado, é um dos últimos suspiros de um blogueiro, caso as coisas não mudem... e não se trata de suicídio não, apenas estou de saco cheio.

terça-feira, 10 de maio de 2011

...e já não haverá mais remédio


"Além disso, todos os líderes dos sacerdotes e o povo se tornaram cada vez mais infiéis, seguindo todas as práticas detestáveis das outras nações e contaminando o templo do Senhor, consagrado por ele em Jerusalém. O Senhor, o Deus dos seus antepassados, advertiu-os várias vezes por meio de seus mensageiros, pois ele tinha compaixão de seu povo e do lugar de sua habitação. Mas eles zombaram dos mensageiros de Deus, desprezaram as palavras dele e expuseram ao ridículo os seus profetas, até que a ira do Senhor se levantou contra o seu povo, e já não houve remédio..." - 2 Crônicas 36.14-16

(O texto original não termina o versículo 16 com reticências, eu que as inclui...)

Este texto tem me perturbado desde que voltei a ler a Palavra, após conseguir um pouco de tempo e intercalando a leitura da Bíblia com os estudos da Faculdade.

Neste livro (e nos demais) pude notar que o povo de Israel sempre optou em parar de ouvir e seguir o Senhor diretamente. Desde Moisés, optaram em colocar o sacerdote entre eles e Deus. Depois, imitando o costume dos povos ao redor, clamaram por um "rei". Tirando Davi e meia dúzia de outros, o resto só foi tranqueira.

Para piorar, passaram a seguir as diretrizes de um homem (o tal do "rei") - normalmente falho e aconselhado por outros homens falhos - que os levavam a cada vez mais afundar nos costumes e crendices das nações que o Senhor havia tirado do caminho de Israel para que o povo de Deus avançasse.

Nesta saga idiota, com o tempo, até a própria nação de Israel se dividiu, tendo um reinado em Judah e outro em Israel.

Porra! Este é o povo escolhido de Deus? Esta é a nação que Ele esperava que levasse seu Nome em frente, através das outras nações que não o conheciam?

Com o passar do tempo, tirando raras excessões, a grande maioria dos reis levaram Israel e Judah à destruição, adotando práticas pagãs na adoração e no estilo de vida.

Estes safados passaram a colher o fruto da ira do Senhor. Poucos foram os reis que mantiveram seu reinado por um grande período. Parece que no início da patifaria Deus até tinha mais paciência em aturar a safadeza deles, possívelmente motivado por sua promessa à Davi e seu amor para com o povo.

Com o passar do tempo porém, Ele perdeu a paciência. Passou a tirar do trono todos aqueles que demonstravam que iriam dar em nada, ou pior, que iriam afundar cada vez mais a nação em idolatria, prostituição e paganismo.

Dois entre os três últimos reis de Israel/Judah tiveram pífios 3 meses de reinado!!!

"Jeoacaz tinha vinte e três anos de idade quando começou a reinar, e reinou TRÊS MESES em Jerusalém" - 2Cr 36.2

e

"Joaquim tinha dezoito anos de idade quando começou a reinar, e reinou TRÊS MESES E DEZ DIAS (atente para o detalhe "dez dias") em Jerusalém" - 2 Cr 36.9

Li e re-li, fiquei incomodado e, no início, não sabia o que escrever a respeito do assunto.

Agora, porém, consigo traçar um paralelo entre o que vemos hoje nos templos e o que aconteceu naquela época.

Deus, desde o Éden, quis ter uma relação pessoal conosco. Negamos (falo como espécie humana) esta relação e passamos a querer ser auto-suficientes. Consequência disso: MORTE.

Passamos por períodos de barbárie, passamos a ter um homem-mediador (Moisés), recebemos a Lei, pedimos juízes, passamos a ter reis e, ao final de tudo, a relação que deveria ser essencialmente com o SENHOR passou a utilizar o álibi de que "quem estava acima de nós nos guiou errado e agora estamos nesta merda!"

Por acaso crêem que Deus vai levar isso em conta?

Por acaso você - que se diz cristão, cheio do Espírito Santo - não têm discernimento para notar que aquele cabra que está de terno e gravata sobre o púlpito está falando MERDA e afundando sua alma no quinto dos infernos?

LÓ-GI-CO que existem excessões! Se não fossem elas (lideranças sinceras e tementes à Deus), hoje eu não estaria aqui.

Em minha vida, se não fossem homens como Ricardo Gondim, Paulo Romeiro, Caio Fábio e outros tantos considerados HEREGES pela maioria da massa de manobra religiosa, eu não teria hoje a maturidade cristã que ELE, O SENHOR, permitiu eu desfrutar.

Pude testemunhar que estes líderes nunca pensaram em seus próprios interesses, não pensaram em encher mega-tempos ou em "dominar seus próprios rebanhos". Pelo contrário! Mostraram a mim O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA, tendo perdido assim todo poder que poderiam ter sobre mim, apenas por saberem de seu papel NO REINO DE DEUS.

Só que isso só aconteceu por eu ter dado à ELE as rédeas de minha vida. Também só aconteceu por eles saberem que o Caminho dos céus não é trilhado na marra: Se faz com amor e através de decisões pessoais em AMAR E QUERER SERVIR AO SENHOR.

ELE tirou o cabresto de meus olhos e permitiu eu entender que...

"...O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito."
- João 3.8

Você nasceu no Espírito ou continua sendo guiado por homens que pensam apenas em seu prazer pessoal, suas necessidades, suas ganâncias?

Se assim for, infelizmente você verá com o tempo que seus líderes e sacerdotes se tornarão cada vez mais infiéis e seguirão todas as práticas detestáveis das outras nações e contaminando o templo do Senhor (basta ver a macumba gospel nas IURDS & filiais ou ao amor ao dinheiro que os Silas & afins terão cada vez mais...)

Não bastará se levantar profetas movidos pelo Espírito de Deus para alertar seu povo. Certamente eles zombarão destes e cuspirão na Cruz, expondo o sacrifício de Jesus ao ridículo, desprezando seus verdadeiros profetas.

O problema é que, sem menos o povo esperar, sentirão na própria pele, alma e espírito o final do texto que citei:

"...até que a ira do Senhor se levantou contra o seu povo, e já não houve remédio..."


Creio pessoalmente que, neste momento da igreja, estamos vivendo o período de "ressaca de Deus", quando Ele deixa de punir severamente quem faz besteira enquanto "conta até dez".

Quem está em pé hoje perante púlpitos de "mega-denominações-franquias religiosas" ainda vai ficar de pé. Muitos serão movidos por seus próprios interesses e os seguirão "cordeiristicamente".

Chegará porém o momento que não haverá mais remédio...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Congregar onde? Com quem? Como assim?


“E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima.”Hebreus 10.24-25

Atualmente sou membro nominal de uma Igreja Batista na Barra da Tijuca (tranqüilo, existem várias na região), igreja conhecida e famosa pelo (propagandeado) amor existente entre os irmãos. Não chega a ser grande, deve ter uns (chute) mil membros e todos são higienicamente simpáticos. Não acho uma grande igreja pelo fato de estar acostumado a outras denominações por quais já passei. Algumas delas com templos faraônicos, outras nem tanto. Em comum, todas tinham um extenso rol de membros.

No início, tentava me enturmar com aqueles que costumavam sentar nos bancos próximos aos meus. Havia uma simpatia ligeiramente mecânica entre todos, fruto daquelas iniciativas pastorais patéticas de dizer: “agora abrace 10 irmãos ao seu redor e diga a ele que você o ama”. Nada mais constrangedor pois, após vencer sua vergonha tinha que fazer o mesmo em relação aos irmãos que também se sentiam encabulados em fazer tal demonstração de comunhão forçada.

Outra coisa que rolava em praticamente todas as denominações pelas quais passei era aquele momento de oração, quando o pastor nos incentivava a dar as mãos, fechando os corredores. Através do tato e de um pouco de discernimento, poucas vezes senti que quem estava dando a mão a mim estava “presente” àquele momento, obviamente tirando as pessoas mais íntimas a mim (leia-se minha mulher, familiares e amigos que, normalmente já eram amigos desde “fora”). Findadas as orações em conjunto, não foram poucas as vezes que tentei olhar nos olhos da pessoa ao meu lado e ela já estava entretida com outras pessoas mais próximas a elas.

Nestes 18 anos no Caminho, tive também a experiência de tentar congregar em igrejas menores, daquelas de algumas dúzias de cadeiras, púlpito próximo, respiração do outro irmão no cangote, estas coisas. Acreditei que num ambiente menor haveria uma maior comunhão. Estas igrejas menores (não em importância mas literalmente menores em tamanho) realmente aproximavam as pessoas mas, infelizmente, de uma maneira não muito saudável. Vi muita fofoca, muita intriga, muita demonstração de espiritualidade artificial, regada de uma pseudo-unção e aliada a necessidade de ser visto tanto pela liderança quanto pelos outros irmãos.

Havia uma sensação claustrofóbica de controle bem maior do que nos mega-templos. Não havia possibilidade de destoar nem um pouco dos demais. Ali você era constantemente monitorado, igual somos na classe em dias de prova, concurso ou vestibular. A tentativa de controle e manipulação que sofria nestas igrejas fez com que eu me decepcionasse e sentisse saudade dos grandes templos, onde ao menos eu poderia “soltar um pum” sem que ninguém soubesse a origem, onde eu poderia ser eu mesmo e – ao final do culto – não houvesse invasão de minha privacidade...

Paralelo a isso tudo porém, sempre existiu um outro tipo de congregação virtual que nem me dava conta de fazer parte. Esta acontecia e acontece constantemente no meu dia-a-dia e eu fiquei por muito tempo sem notar que se tratava de algo muito mais profundo do que ter uma coleção de carteirinhas de membro de diversas denominações. Esta congregação acontecia quando eu menos esperava. A grande maioria de nossas reuniões era agendada após alguns telefonemas do tipo:

“E aí Sujo, beleza? Vamos tacar fogo num boi aqui em casa? Traz a breja que eu já comprei carne. Não se esquece de trazer o Feio e aquele CD da banda tal...!”

Ou então:

“E ai Zola, firmeza? Comprei duas garrafas de um chileninho muito bom. Trás uns queijos aí e chama o resto da galera!”


Ao chegarem, todos se reuniam alegremente ao redor da churrasqueira ou, simplesmente, espalhados na sala, sentados no sofá ou no chão, tomando posse do aparelho de som e mostrando as novas descobertas feitas em algum sebo, tomando cerveja ou vinho, comendo e conversando animadamente sobre assuntos corriqueiros. Em um determinado momento, todos, sem exceção, estavam profundamente felizes de estarem juntos, compartilhando a vida e em verdadeira comunhão.

O mais interessante é que nem todos os presentes eram cristãos. Na grande maioria das vezes, nossas conversas eram sobre banalidades até o momento que o amor existente entre nós transformava o ambiente e, como conseqüência, orávamos, líamos a Palavra, profetizávamos, chorávamos e nos consolávamos sem, entretanto, nos dar conta que estávamos exercendo o verdadeiro papel de CORPO DE CRISTO aqui na terra.

Não era no templo. Não era seguindo uma liturgia enfadonha. Algumas vezes não dava em nada. O que havia ali eram apenas o amor comum e o prazer de compartilhar o vinho, o churrasco, a cerveja, o queijo, a pizza, o rock and roll, algumas vezes o sorvete e nunca o refrigerante, proibido em nossas reuniões (as meninas diziam que dá celulite). Saíamos (quem saía) restaurados, cheios da presença de Deus.

Sei muito bem que alguns que estão lendo este breve testemunho dirão que na verdade saíamos de cara cheia, empanturrados e tendo alucinações. Não ligo não. Falaram coisas parecidas e até piores ao Senhor Jesus, como vemos em Mateus 11.19:

“Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores. Entretanto a sabedoria é justificada pelas suas obras.”


Isso posto, faço uma pergunta: O que significa deixar de congregar? Estar de corpo presente em um templo sem, entretanto, estar em comunhão com os demais (que também não estão em comunhão com você) ou, no “dois ou mais reunidos em meu Nome” (Mt 18.20), em casa, num barzinho, num quiosque à beira da praia ou até mesmo num show de rock com seu amigo?

Nós somos o Corpo de Cristo. Nós somos os embaixadores do Reino de Deus aqui na terra. Nós somos o sal da terra e a luz do mundo, até mesmo nos locais considerados impuros para os religiosos. Como bem diz o ditado: “Você entrar em uma garagem não te transforma em um carro, assim como você entrar numa igreja não te transforma em um cristão”. E vice-versa...

Em tempo: Já fazem 3 meses que não vou no templo e ninguém me ligou para saber se estou vivo, se estou bem, ao menos "desviado". Prefiro meus amigos...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Não tento mais me enquadrar...


E ai Marcos, belê meu irmão?

Tenho o mesmo "pobrema" que você: Fico tentando me enquadrar em uma denominação mas, pelo menos comigo, não sinto paz...

O que me guia é a Verdade, a Vida e o Caminho que o Espírito Santo me conduz.

Antes, tentei me enquadrar e achei de mim mesmo que era rebelde, pois não conseguia ter paz em meu espírito e achava que eu devia estar terrivelmente desviado.

Com o tempo porém, passei a entender que, ASSIM COMO VOCÊ, eu fiz uma oração que mudou completamente minha relação com a, digamos, "religião":

"Senhor, eu quero ser guiado por TI, por Ti somente. Faz Sua vontade em minha vida"...


Sabe muito bem o que aconteceu, não sabe?

ELE não cabe em templos, denominações! ELE está dentro de nós e passamos a congregar não somente entre quatro paredes mas, como ELE bem disse, onde dois ou mais estivessem reunidos em Seu Nome, mesmo que - assustadoramente - pelo mundo virtual...

O resultado disso muitas vezes é amendrontador, pois tentamos nos emoldurar para não sermos mal interpretados... o problema é que, não adianta relutar, pedimos OUTRA COISA ao Senhor, pedimos exatamente o que Ele queria que pedíssemos.

Nos des-engessamos da religião que, confortavelmente, nos deixa numa zona de pseudo-proteção, proteção humana, na carne.

Quando, porém, nos des-emolduramos, entramos em um campo que é praticamente impossível controlar.

O Vento sopra onde quer e os filhos do Homem não tem onde reclinar a cabeça... apenas no colo DELE.

Vai ná fé meu irmão, fique firme na presença do SENHOR, e tão somente ELE. E prepare-se para os "sustos de amor, como bem diz o Cláudio no título de seu blog.

Te amo em Cristo!

JC