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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O ano que não queria acabar...


"Cantai louvores ao Senhor, vós que sois seus santos, e louvai o seu Santo Nome. Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite; pela manhã, porém, vem o cântico de júbilo". – Sl 30:4-5

O mês de Dezembro de 2011 foi extremamente desgastante para mim. Parecia que estava em meio a um terrível pesadelo, delirando, suando e falando sozinho em meio ao turbilhão de acontecimentos que me cercaram.

Não conseguia ver saída nem esperança perante a quantidade de coisas que simplesmente aconteciam erradas, sem nenhuma explicação plausível. Corria para tapar um buraco e imediatamente via outro vazamento no barco, de forma que chegou um momento no qual simplesmente desisti de tentar manter a situação sob controle.

Estava emocionalmente exausto, sem vontade de acordar, sem vontade de ficar, sem vontade de sair, sem vontade de nada. Tudo o que costumava me dar prazer se tornara um peso. Queria reagir a tudo, mas me faltavam forças. Meus inimigos eram maiores e mais poderosos que eu.

Ao meu redor, ninguém se disponibilizava em me apoiar. Pareciam sentir prazer em ver que meu barquinho estava indo a pique. Sem ter com quem conversar, mesmo cercado de gente, me calava face à dor que me consumia. Engrujava, definhava, agonizava sem esperança. Joguei a toalha e fiquei ali, prostrado em terra, à mercê daqueles que silenciosa ou descaradamente riam de minha dor.

Passei o Natal assim. Virei o Ano Novo assim. Todos comemorando 2012 e eu ainda preso a tudo o que me afligira no mês anterior. Preso a 2011, as coisas não avançavam. Senti-me o pior dos homens, o pior dos cristãos, acreditando que talvez pudesse ter tomado o caminho errado em minha postura quanto à fé. Cheguei a crer que deveria fazer tudo como fazia nos primeiros anos, negando Àquele que me tomara pelas mãos e me guiava dia e noite e voltando a trilhar os caminhos obscuros da religião.

Não queria aquilo, não queria me ver novamente alguém menos do que já era. Não no sentido de orgulho, não no sentido de não querer me submeter, mas – assim como alguém inocente, porém torturado por seus algozes – pensava seriamente em assinar o rol de acusações que me eram feitas apenas para ver o fim de todo aquele sofrimento.

De que valia a vida? De que valia procurar estar andando retamente; não por justiça própria, mas pela Graça? Como o beduíno no deserto, pego de surpresa por uma tempestade de areia, apenas me deitei no pó, me cobri com a capa e me deixei ser encoberto pela cruel tempestade que caía sobre mim. Quanto tempo se passou eu não sei, pois não sentia prazer em contar meus dias.

Aos poucos, o ruído da tempestade cessou. Como que acordando, passei daquele torpor inicial que sentimos após uma péssima noite de sono ao estado de alerta. Levantei, sacudi minha capa, tirando a areia e procurando me localizar. Estava tão longe e ao mesmo tempo tão perto de tudo! Cansado, levantei-me e procurei seguir o caminho de volta, para um lugar que não sabia qual.

Aos poucos, notei que as coisas estavam se encaixando novamente. Tudo muito surreal, diga-se de passagem. O que estava dando errado passou a se ajustar, o que havia sido quebrado ou foi jogado fora e reposto ou se arrumou milagrosamente. Durante minha dor, confesso que blasfemei contra Deus, dizendo que 2011 tinha sido o pior ano de minha vida. Passada a loucura, lembrei-me que apenas o mês de Dezembro tinha sido o causador de tanto sofrimento. Pedi perdão a Deus.

Hoje, nada de novo acontece debaixo do sol. Entretanto, saí desta situação mais forte. Ele estava comigo, Ele não me abandonou. Mergulhei em outro nível de águas profundas, praticamente morri mas ressuscitei com Ele, passando a dar valor ao que realmente importa...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Não estou mais aguentando a pressão...


Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra uma nação ímpia; livra-me do homem fraudulento e iníquo. Pois tu és o Deus da minha fortaleza; por que me rejeitaste? por que ando em pranto por causa da opressão do inimigo? Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem; levem-me elas ao teu santo monte, e à tua habitação. Então irei ao altar de Deus, a Deus, que é a minha grande alegria; e ao som da harpa te louvarei, ó Deus, Deus meu. Por que estás abatida, ó minha alma? e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele que é o meu socorro, e o meu Deus. - Salmo 43

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Desabafo de um injusto justificado...




Bendirei o Senhor o tempo todo! Os meus lábios sempre o louvarão. Minha alma se gloriará no Senhor; ouçam os oprimidos e se alegrem. Proclamem a grandeza do Senhor comigo; juntos exaltemos o seu nome.

Busquei o Senhor, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores. Os que olham para ele estão radiantes de alegria; seus rostos jamais mostrarão decepção. Este pobre homem clamou, e o Senhor o ouviu; e o libertou de todas as suas tribulações. O anjo do Senhor é sentinela ao redor daqueles que o temem, e os livra. Provem, e vejam como o Senhor é bom. Como é feliz o homem que nele se refugia!

Temam o Senhor, vocês que são os seus santos, pois nada falta aos que o temem. Os leões podem passar necessidade e fome, mas os que buscam o Senhor de nada têm falta. Venham, meus filhos, ouçam-me; eu lhes ensinarei o temor do Senhor. Quem de vocês quer amar a vida e deseja ver dias felizes? Guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade.

Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz com perseverança. Os olhos do Senhor voltam-se para os justos e os seus ouvidos estão atentos ao seu grito de socorro; o rosto do Senhor volta-se contra os que praticam o mal, para apagar da terra a memória deles. Os justos clamam, o Senhor os ouve e os livra de todas as suas tribulações.

O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido. O justo passa por muitas adversidades, mas o Senhor o livra de todas; protege todos os seus ossos; nenhum deles será quebrado. A desgraça matará os ímpios; os que odeiam o justo serão condenados. O Senhor redime a vida dos seus servos; ninguém que nele se refugia será condenado.

Salmo 34