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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Ano do Jubileu


“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. (...); ...tempo de estar calado e tempo de falar”. - Eclesiastes 3:1,7b

Está sendo muito difícil voltar a escrever. Não se trata de tempo livre, pois sempre consegui intercalar minhas atividades aos momentos em que eu dedicava a este prazer que é escrever.

Assuntos não faltaram, insigts a cada conversa iam e vinham, mas nada de parar e sentar para escrever. Este texto, obviamente, está sendo escrito na marra e é muito repetitivo, pois já tratei deste assunto outras vezes. Entretanto, decidi analisar o quê vinha acontecendo para que não passasse para a palavra escrita o que se passava em meu coração.

Não sei se é uma desculpa, mas decidi espiritualizar o assunto. E o texto acima, de Eclesiastes, acabou servindo como meu álibi para escrever ou não escrever...

Creio eu que há momentos em que temos que recolher, reduzir, simplificar ou – apenas – viver o que está acontecendo, sem que isso tenha que ser compartilhado. São momentos pessoais, você e Deus, você e a pessoa que despertou o assunto, você e a Palavra. Nem tudo deve ser compartilhado.

Senti que uma espada estava desembainhada à minha frente, limitando meu espaço, bloqueando meu caminho para continuar. Inicialmente achei que era apenas uma entressafra como outra qualquer, mas esta passou a tomar proporções preocupantes, visto que meu último texto fora escrito em 5 de maio deste ano! Desde que inaugurei este blog, nunca fiquei tanto tempo assim sem escrever.

O problema estava em aceitar este ano do jubileu. Como acabei de pesquisar ao lembrar deste período, encontrei um texto sobre o Ano do Jubileu em um site e extraí a seguinte definição deste período:

“Antigamente, no Yom Kipur do qüinquagésimo ano, tocava-se o shofar na Terra Santa como sinal feliz da libertação dos escravos e o retorno de terrenos a seus donos originais.

A palavra jubileu vem do hebraico, yovel. Refere-se ao carneiro, cujo chifre foi usado para anunciar o ano festivo. Há comentaristas que oferecem mais uma explicação. Dizem que yovel vem do verbo hebraico "trazer de volta", pois os escravos voltavam a seu estado anterior de liberdade, não sendo mais servos de homens e sim apenas do Criador; e os terrenos também voltavam aos proprietários originais.

Além da contagem do ano de shemitá, de sete em sete anos, existe a contagem do yovel - o jubileu, que ocorre a cada cinquenta anos, no ano seguinte ao término de 7 anos sabáticos.

Para um agricultor judeu, é muito difícil não trabalhar os campos e pomares durante um ano inteiro, não podendo dispensar-lhes os cuidados adequados. Que dirá então o quão difícil é para ele não trabalhar a terra por dois anos seguidos! O sétimo ano de Shabat Shemitá e o seguinte, do jubileu.”


Assim ficou meu blog. No meu entendimento, um campo sem os cuidados adequados, deixando-me angustiado em querer dispensar algum tempo a ele.

Agora creio que voltarei a escrever, mas no momento oportuno. Neste intervalo, entendo que Deus tratou outros pontos comigo, os quais relatarei quando necessário.