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quarta-feira, 14 de março de 2012

MINHA é a vingança, diz o Senhor

Andando pela orla da praia do Recreio segunda feira à noite, inesperadamente vieram à minha mente duas pessoas consideradas ameaças contra a sociedade ocidental: Osama Bin Laden e Saddam Russein. Só que não lembrei deles como inimigos dos estadunidenses, mas, sim, as (supostas, no caso de Osama) fotos de ambos presos e mortos.

Aquilo me deixou inquieto pois, pra variar, sabia que tinha que falar sobre o assunto, mas não sabia como começar.

Estes dois homens eram considerados “inimigos públicos número um” pela sociedade ocidental. Saddam, um genocida, Osama, um terrorista, ceifaram milhares de vidas, cada um em seu contexto.

Não quero me ater aos detalhes históricos, mas, sim, a uma visão geral da cena. Os estadunidenses, em sua necessidade vital de guerras, vingança, caça aos “public enemies” e controle do mundo para movimentar sua indústria bélica, empreenderam a tal da “guerra ao terror”, ao custo de bilhões de dólares e milhares de vidas humanas, tanto civis como militares, de ambos os lados.

Entretanto, os pontos culminantes sempre foram quando capturaram as lideranças terroristas ou os chefes de Estado envolvidos na “grande conspiração contra o mundo ocidental e seus valores”.


Quando prenderam o Saddam, fato que praticamente todos nós desejávamos que acontecesse, olhei aquele homem que parecia ter saído do filme “A Guerra do Fogo”, barbudo, cheio de piolhos, bestializado, escondido em um buraco qualquer, longe de ser aquele ditador. Confesso que não consegui olhar para ele e ver o “satã” Russein... só via um homem derrotado e cercado por seus inimigos. Enfim, a “justiça” foi feita e Saddam foi enforcado, para delírio da galera.


Da mesma forma, Osama Bin Laden, considerado um herói e mártir para os seus, mas odiado pela sociedade ocidental, também foi morto em seu esconderijo, mesmo com a possibilidade te o terem preso para ser julgado em um tribunal internacional.

Outros fatos recentes abalaram o mundo árabe. Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano, desempregado, ateou fogo ao próprio corpo como manifestação contra as condições de vida no país. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que terminou com a própria morte, seria o pontapé inicial do que viria a ser chamado mais tarde de Primavera Árabe.

Inspirados pelo sucesso dos protestos na Tunísia, que culminaram com a queda do então presidente Zine el-Abdine Ben Ali, vimos outros ditadores à décadas no poder caírem ou renunciarem, como Hosni Mubarak do Egito e Ali Abdullah Saleh, do Iêmen.


Entretanto, na Líbia, vimos o coronel Muamar Kadafi, ditador que estava havia mais tempo no poder na região (42 anos, desde 1969) sendo capturado vivo em um buraco de esgoto e sendo morto por seus inimigos na cidade de Sirte, sua terra natal, de maneira covarde e brutal.

Agora me digam: Eles não poderiam ter sido levados presos e julgados por seus crimes? Por qual razão sentimos prazer em ver a “boa e velha” lei do Talião sendo colocada em prática nos dias de hoje?

O ser “humano” gosta mesmo é da bagaceira, sente prazer em ver a “justiça” sendo feita na base do “olho por olho, dente por dente”. “Good news are not news, BAD NEWS are news”, como aprendi no curso de inglês.

O que concluo de tudo isso é que existem situações em nossas vidas que nos oprimem, existem pessoas que geram tudo isso, “enviados de satã”, protótipos de anticristos, enviados para “matar, roubar e destruir”. O "único problema" é que nossa luta não é contra a carne e o sangue e, sim, contra os principados e potestades geradoras deste estado de coisas.

Que Deus nos livre de gozar diante de cenas transmitidas para o mundo inteiro destes ditadores (ou quem quer que seja) sendo mortos “justamente”, porque...

“...bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo”. Hebreus 10:30-31

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