Labels

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ele é meu mas eu não sou dele...


“Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu”Eclesiastes 3.1

O prazer de um blogueiro como eu é sentar à frente do computador e despejar tudo o que passa em seu coração através do teclado, mas eu estava atravessado uma ressaca desgraçada que vinha se prolongando a níveis preocupantes e não estava nem um pouco a fim de escrever...

Insights de textos até surgiam em minha mente (alguns muito bons) mas não vinha tendo paciência em sentar e digitar. Talvez fosse pelo fato de estar no meio de uma crise de lombociatalgia, o que limita minhas resistências físicas em ficar sentado mais do quê 20 minutos à frente de um computador. Desde que esta bendita crise começou, já tomei 6 injeções e algumas dezenas de antiinflamatórios e analgésicos para minimizar minha dor, o que me deixa virtualmente chapado.

Por outro lado, estava realmente precisando de um break neste bendito vício de escrever. Por algumas vezes me vi na ânsia de sentar e escrever, como se estivesse preocupado no que meus possíveis leitores pensariam de mim caso não postasse algo...

...mas que pensamento idiota este! Antes de mais nada, escrevo para mim e não para os outros. Escrevo, pois sinto prazer em escrever e – se não estivesse sentindo este prazer – não haveria razão em fazê-lo. Escrevo para colocar da forma mais ordenada possível os pensamentos, sentimentos e percepções daquilo que se passa dentro de mim e ao meu redor.

Por estas razões, me abstive de escrever. Na verdade, nem acessar meu blog estava fazendo. Foi um processo interessante, uma desintoxicação, uma “desidolatrização”, uma prova a mim mesmo que eu não era escravo daquilo que eu criara.

Este é um exercício interessante de ser feito periodicamente, como se fosse um jejum para pequenas coisas que consumimos freqüentemente e que passam a consumir nosso direito de não querer consumi-las. Na verdade, tudo que se torna obrigação deixa de ser prazeroso e se torna um pequeno carrasco de nossa liberdade.

Agora estou melhor... Agora, mesmo com a dor nas costas, estou sentindo prazer em escrever. Aquele meu pequeno ex-senhor, meu próprio blog, não está controlando meu direito de não querer vê-lo por algum tempo. Por isso volto a ele, caminhando juntos por eu querer continuar com este que – pessoalmente – considerei quase que um ministério mas que, como todo ministério, estava deixando de se tornar algo feito por amor e estava passando a ser feito por obrigação quase que religiosa.

E religiosidade, na boa, não casa comigo...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres


"Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus. Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles". – Mateus 18.19-20

Mudam o picadeiro e os palhacinhos mas, infelizmente, o espetáculo é basicamente o mesmo...

Isso me deixa muito triste. Por mais que tente não falar deste assunto, me assusta a imensa dificuldade que muitos queridos irmãos em Cristo enfrentam ao se deparar com a liberdade oferecida pelo Senhor àqueles que O conhecem e O seguem. Por esta razão, insisto no mesmo.

Em meus 18 anos de Evangelho (pouco para alguns, muito para outros, apenas o início de uma caminhada Eterna para mim), demorei MUITO para aceitar o fato de que a verdadeira comunhão com meus irmãos não se dava efetivamente no templo, modelo não ensinado por Jesus, mas sim, copiado do sistema judaico.

Por qual razão é difícil aceitar que o simples compartilhar do pão e do vinho junto aos seus amados pode gerar mais cura, salvação e libertação do que estar perante o sacerdote, dentro de um templo onde ninguém se conhece realmente (raras exceções, claro...) e fingindo um amor e intimidade que – na prática – não existe?

Na verdade, não sou contra o templo nem ao sistema, desde que se consiga – dentro deste – estabelecer verdadeira comunhão entre os irmãos. O problema é que, por um lado, o sistema religioso aparenta incentivar a comunhão mas, na prática, incentiva que os irmãos foquem única e exclusivamente nos interesses da denominação e nos seus próprios, bem mais do que nos interesses do Reino de Deus aqui na Terra.

“Jurar é pecado” mas, apenas para me utilizar da força desta expressão, digo que JURO que tentei...

Tentei ser membro de várias denominações, tentei me enquadrar nas atividades das mesmas, tentei apenas acreditar que pelo simples fato de estar dentro da igreja e ter carteirinha de membro me faria melhor, tentei por duas vezes estudar Teologia, tentei ter boa relação com o pastor e freqüentar assiduamente os cultos, estudos, retiros, campanhas, vigílias & afins.

O problema é que isso não trouxe VIDA nem muito menos RELACIONAMENTO PESSOAL COM CRISTO!

Como escrevi anteriormente, sendo que isso foi o que me motivou a falar sobre este assunto novamente, tendo sido motivado pelo comentário de um querido “anônimo” (irmão anônimo, como isso funciona??????) no texto escrito em Maio deste ano, comunhão verdadeira, COMUNHÃO dentro da igreja (denominação, instituição humana, CNPJ, etc) simplesmente não existe!

Repito: Lógico que dentro deste estabelecimento podemos encontrar dois ou mais verdadeiramente interessados na implantação do Reino de Deus aqui na Terra. O grande problema é que os freqüentadores deste esquemão religioso estão interessados em – perdoe-me pela redundância – seus próprios interesses, na resolução de seus dilemas, conflitos e problemas pessoais.

Por outro lado, qual pastor realmente quer que suas ovelhas cresçam e se submetam ao verdadeiro PASTOR, aquele do Salmo 23? Faço a pergunta, aparentemente dizendo que não existem estes, mas sabendo que existem muitos! O problema é que estes não são bem vistos nem muito menos quistos por suas comunidades!!!

Para estes, como explicar que um “homem de Deus” incentive “suas ovelhas” a aprenderem a andar na Terra como Jesus incentivou ao dizer:

“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.”Mateus 10.16

Segundo este raciocínio estreito (não o de Cristo mas dos líderes) perderiam o controle sobre o rebanho, perderiam suas posições alcançadas dentro das igrejas e – conseqüentemente – seus cargos...

Poderia me estender mais nesta breve reflexão. O problema é que este assunto está longe de terminar e tenho que fazer alguma coisa para eu e minha mulher jantar.
Termino com este texto (que deveria ser mais claro que a neve!!!!!!!!!!)

“Dizia, pois, Jesus aos judeus que nele creram: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. Ora, o escravo não fica para sempre na casa; o filho fica para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres". – João 8.31-36