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domingo, 31 de janeiro de 2010

Que vinho você bebe? Amém de qualquer jeito...


Marcos 2:22 "E ninguém deita vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo romperá os odres, e perder-se-á o vinho e também os odres; mas deita-se vinho novo em odres novos".

Tenho uma pergunta: qual “vinho” rompe um odre velho? Suco de uva, sem fermentação nem álcool decorrente do processo ou o vinho com teor alcoólico gerado no processo de fermentação? Não vou fazer uma pesquisa científica e tornar o assunto cansativo, mas o açúcar contido no suco de uva, ao fermentar, se expande e o torna alcoólico. Bye bye odre velho. Bye bye também fariseus. É este vinho que Jesus se refere.

Mas e ai? Estou eu querendo com isso incentivar os irmãos a beberem? De maneira nenhuma, mas Paulo deu um conselho muito interessante para Timóteo:

1Timóteo 5:23
"Não bebas mais água só, mas usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades".

Paulo estava querendo gera polêmica com este conselho? Também não. A postura dele é bem clara, como podemos ver em sua carta aos Romanos:

Romanos 14:14-23 "Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo a não ser para aquele que assim o considera; para esse é imundo. Pois, se pela tua comida se entristece teu irmão, já não andas segundo o amor. Não faças perecer por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. Não seja pois censurado o vosso bem; porque o reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo. Pois quem nisso serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens. Assim, pois, sigamos as coisas que servem para a paz e as que contribuem para a edificação mútua. Não destruas por causa da comida a obra de Deus. Na verdade tudo é limpo, mas é um mal para o homem dar motivo de tropeço pelo comer. Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outra coisa em que teu irmão tropece. A fé que tens, guarda-a contigo mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque o que faz não provém da fé; e tudo o que não provém da fé é pecado".

Paulo colocou a comida com o mesmo poder de gerar tropeço e escândalo. Tomar vinho não pode, mas ir a um rodízio e comer até sair picanha pelo nariz pode? E o que falar das festinhas de aniversário em nosso meio, onde os irmãos se entopem de bolo, salgadinhos, refrigerantes e – ao final – ainda pedem para fazer uma ‘marmitinha’ para levar pra casa?

Me lembrei de uma boa: Quem aqui era da época que rolava uma fita cassete com o 'tristemunho' de um irmão que tinha morrido ou tinha sido arrebatado (não lembro ao certo) e que foi levado ao inferno? No relato dele o irmãozinho conta que lá nas quintas das profundas tinha uma fábrica de televisores administrada pelo próprio rabudo, fazendo parte do grande plano do vermelhão para destruir as pessoas?

O que falar dos milhares de irmãos em Cristo que naquela época assistiam televisão escondido (lembro de vários)e, por fazerem algo que tinha dúvida se era lícito ou não, viveram e morreram com culpa e possivelmente hoje estão no inferno?

Hoje, a mesma denominação tem vários programas no sábado de manhã... e ai?

Para mim, o que rola em ‘nosso meio’ é muita hipocrisia. Cada um sabe muito bem o que pode fazer e o que não pode, e não precisa que ninguém venha por o bedelho no que você considera puro ou lícito. Olha o que fizeram com Jesus!!!

Mateus 11:16-19: "Mas, a quem compararei esta geração? É semelhante aos meninos que, sentados nas praças, clamam aos seus companheiros:
Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamos lamentações, e não pranteastes. Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio. Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores. Entretanto a sabedoria é justificada pelas suas obras.


Este discurso de Jesus mata a pau, pois define bem o que se passa. Ficam brincando com você, fazendo você ir de um extremo a outro, e nada do que você faz é suficiente para agradá-los. Utilizam todos os métodos possíveis para te manter sob controle. Coisas que não tem valor nenhum são utilizadas como cabresto. A opinião dos religiosos, o temor de uma exclusão, nada disso trás uma maior comunhão com Deus e te leva para o Céu.

Já me preocupei muito em agradar todo mundo, deixando de fazer tudo o que os legalistas me empurraram goela abaixo, e não ‘ganhei nada’ com isso. Passei então a ser honesto comigo e com a voz de Deus, assumi minha fragilidade e aprofundei muito mais na minha relação com Deus, pelo fato de não estar utilizando uma máscara.

Estou concluindo meu pobre raciocínio, e não tenho a mínima intenção de esgotar o assunto, mas Jesus falou que não é o que entra pela boca que contamina o homem; mas o que sai da boca, isso é o que o contamina, conforme diz o Evangelho de Mateus:

Mateus 15:17-20 "Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre, e é lançado fora? Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem".

Além do mais, saiba que sempre vão tentar impor um jugo mais pesado que o que você pode carregar, mas se você conhece a Voz do Mestre, lembre-se do que Ele falou:


Mateus 11:29-30 "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve".

Gente, hoje é sexta-feira. Vou comprar uma boa garrafa de vinho e comer uma pizza. Alguém me acompanha?

Postado inicialmente por João Carlos em 9/18/2009 10:15:00 AM

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O que eu faço com estes 10 minutos?


Vamos lá. Hora morta (13:20hs), todo mundo almoçando e eu de plantão, esperando o povo chegar para dar andamento aos ‘meus negócios’. Na área que trabalho (transporte marítimo) todo mundo some ao meio dia e fico aqui agoniado, aguardando a cambada para mendigar algumas reduções de frete.

Acho legal, mas a competição é muito grande. Grande e suja. O que é falado não vale nada, e o que é escrito tem que ser muito bem interpretado, pois sempre que podem tiram da reta e colocam o seu... Gostaria de trabalhar com o que realmente gosto, mas ainda não fui abençoado com isso. Será que se eu fizer alguma campanha ou comprar uma Bíblia de 900 reais eu consigo sucesso?

Sonho em ter um restaurante, uma lanchonete, uma pizzaria, um café. Ou então um sebo de discos e livros usados. Ou a mistura dos dois. Preciso de um sócio. Coragem tenho, mas falta ‘achar a ponta do durex’...

Pensei em estabilidade também, tipo concurso público. Meu aproveitamento em concursos é de 50%. Passei em um e no outro que fiz não. Falo isso por segurança, mas no fundo não creio que nasci para esta vida.

Viver da fé? Já tenho feito isso! Minha vida e sustento é um milagre diário, nado com os tubarões e tenho sido sustentado de pé. Deus tem sido muito bom comigo.

Viver da fé me dá uma idéia: Talvez abrir uma franquia da Universal ou da Renascer. Não preciso de muito para isso. Aprender a falar como o Edir Macedo ou o Estevam, vender meus valores morais e éticos, corromper a verdade do Evangelho e me tornar um mercador da fé. Dizem que dá muito dinheiro. A taxa da franquia ainda não sei qual é, nem os royalties que devem ser pagos ao franqueador, mas com certeza não será apenas 10% (risos...).

Acho que não vale a pena. Quero ser patrão, não uma marionete. Papo de geração apostólica né?

Bom. O que queria eu consegui: Passar o tempo sem pensar nada sério. Já são 13:30hs. O pessoal já deve ter escovado os dentes. Deixa eu parar de sonhar e voltar ao trabalho. Depois eu almoço (um luxo para mim... rsrs).

O tempo urge e está contra mim agora!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Olhe para o céu quando quiser vê-la de novo!


Você não está aqui hoje mas conversamos um pouco por telefone. Você chorava muito, mal reconheci sua voz, mas conhecia muito bem sua dor. Ela também me tocou com seus dedos gelados meses atrás. Queria poder segurar tua mão hoje e dar meu ombro para você chorar. Da outra vez pudemos almoçar juntos, tive a oportunidade de te ouvir e dividir o calor de minha alma com a tua.

Sei que você fez o seu melhor, mesmo contra tudo e todos que se levantaram contra você. Você não se cansou, mas ela sim. Tão nova, ceifada sem piedade. Não sabemos se todos os pequenos sonhos que ela teve se realizaram, mas sei que você foi até o Imperador para tentar atender seus desejos de criança.

Aquele vento frio passou. Em seu lugar ficou apenas a ressaca das noites sem dormir, embalando os sonhos de uma criança indefesa. Ela foi amada e cuidada, isso que importa. Não pense que o pior aconteceu. O pior não existe para as princesas, elas são sempre felizes para sempre.

Hoje não haverá boa noite em nosso jornal nacional, apenas um até amanhã, em memória desta pequena imperatriz que hoje voltou à morada eterna.

Controlamos nossos atos, mas estamos preparados para as consequências?


Observando vidas próximas a mim, tenho notado o quanto a lei da semeadura e da colheita é implacável. Algumas coisas que vi, ouvi e vivi estão se encaixando e formando um cenário muito triste.

A maior peça desta tapeçaria foi a morte de minha mãe em Novembro do ano passado.

Pequenos detalhes fizeram toda a diferença. Após sofrer um derrame, ela foi levada a um hospital que sabidamente não atendia neurologia por uma pessoa que apenas visou se livrar logo do incômodo de ter que sair do conforto de sua casa e levar uma velha vomitando em seu carro novo. A transferência foi conseguida com muita luta quadro dias depois, sendo que estes preciosos dias foram determinantes para o agravamento e irreversibilidade do quadro. Após cinco meses em coma, faleceu um domingo de manhã, sendo enterrada no mesmo dia devido ao estado que se encontrava o corpo. Por estar no Rio, nem consegui chegar a tempo do enterro.

Voltando no tempo, entendo que este AVC foi ‘construído’ por uma longa história de sofrimentos e mágoas vividos por minha mãe, que não soube lidar com tudo o que sofreu durante sua vida. Ela era uma bomba relógio prestes a explodir e sabia disso. Evitou os médicos, escondeu de nós seus problemas, guardou tudo dentro de si e não agüentou. Na verdade ninguém agüenta.

Não quero expor minha amada e saudosa mãe. É que isso me fez ver que colhemos o que plantamos. Ou o que plantam em nossas vidas e não temos estrutura para lidar, mas nos falta discernimento e coragem para descartar.

Carregamos pesados fardos e eles destroem nossas vidas espirituais, sociais, emocionais e todos os ‘ais’ possíveis. A Graça nos liberta, nos renova e nos conduz à vida eterna. Mas as conseqüências de nossos atos sempre ecoam, pois o mal é deixado para trás, mas as peças das engrenagens entram em movimento aqui no mundo tangível, material, e estas não param de girar até alcançarem seus funestos propósitos. Como diz um grande amigo meu, “entrar no Céu eu entro, mas vou tomar muito tapão”.

Muitos outros pequenos acontecimentos e observações estão em minha mente neste momento. De casamentos que estão acabando por falta de amor e perdão, pessoas solitárias por não saberem lidar com seus próximos, até nosso planeta não agüentando mais tudo o que o homem tem feito visando seu próprio interesse, não se importando com o que as próximas gerações irão colher.

Precisamos ver se estamos preparados para lidar com as ondas que surgirão com o simples lançar de uma pequena pedra no lago de nossas vidas. A pedra afundará onde ela foi lançada, mas estas ondas irão se propagar até as margens. Temos controle de nossos atos, mas estamos preparados para as conseqüências?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Um para trás, dois para frente...


Ontem dei um passo para trás. Voltei a ser menino, assumi minha fragilidade e chorei no colo do Papai. Não me importei com o que poderiam pensar de mim. Apenas me importei com o que EU estava pensando de mim. Tem horas que canso de mim. Isso normalmente acontece quando começo a entrar em um estado de dormência e torpor.

Acontece assim: As coisas começam a ficar sem sentido. Comer ou não comer não altera o apetite, rir ou chorar não abala o estado emocional, correr ou deitar não alivia o corpo, orar ou não orar não me aproxima mais de Deus.

Sem que eu percebesse, a luzinha de alerta começou a piscar. Falha no sistema. Sensação de já ter vivido aquilo antes. Bendito Déjà Vu. Não pestanejei: Lá estava eu de pé, sendo reabastecido pela Graça novamente. Não me interessava quem estava ao meu lado, era eu e Deus.

Um passo atrás não foi sinônimo de dúvida ou falta de fé. Pelo contrário. A meu ver, este passo atrás muitas vezes é necessário para pegar impulso e seguir em frente. Não tenho resposta para tudo. Me canso e me sinto frágil muitas vezes. Sou obrigado a recomeçar com freqüência, e a sensação de impotência no começo pode gerar imobilismo e frustração, mas depois vejo que estas emoções conflitantes são o campo fértil para novas perspectivas.

Tive que recomeçar várias vezes, de várias formas. Por vontade própria ou por força das circunstâncias. Perdi quase tudo que havia conquistado e me senti um fracasso. Fiquei impotente, sem norte, sem direção ou coragem de continuar. Mas a vida tem seus caminhos misteriosos e, com toda sua sutileza, me empurrou para frente. Mesmo com medo e dor, continuei caminhando. Desejando a morte e quase jogando a toalha, vi que não tinha opções. Avancei.

Esta nova força advinda da fraqueza pode soar contraditória, mas não é. Como diz Paulo em sua carta aos Coríntios “Pois, quando sou fraco é que sou forte” (2Co 12:10). Não levo este pensamento de Paulo ao campo espiritual apenas. Assumir a fraqueza abre um leque de novas e impensadas opções. Muitas vezes estamos perto demais de nossos problemas, inseridos demais em nossas situações cotidianas e ficamos sem uma visão da situação como um todo. Se afastar um pouco do tabuleiro do jogo gera uma visão melhor da situação, possibilita reavaliamos a estratégia e entrar novamente na batalha.

Não vejo nenhum problema em assumir ser fraco. Assumir a fraqueza gera um alívio muito grande. Tirar o peso das costas e poder dizer “e agora, o que eu faço?” é libertador.

Sou fraco, me canso e preciso fazer isso de tempos em tempos.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Déjà Vu


Eu estava parado em frente ao prédio. Cigarro aceso (de vez em quando eu faço isso, não me pergunte por que...), entre um trago e outro apareceu um menino com não mais que quatro anos que se dirigiu a mim dizendo:

“Amarra esta linha numa pedra pra mim!”

Respondi ao menino:

“Já amarro pra você, só um minuto”.

“Amarra agora!”

Não foi um pedido, foi uma ordem. Arrepiei-me todo. Já tinha passado por situações parecidas. Olhei ao lado e vi que seus pais estavam retirando o adesivo de venda de um Audi preto recém comprado.

Olhei nos olhos do menino, endureci e respondi:

“Não. Vou acabar de fumar primeiro e depois eu decido se amarro ou não”.

“Joga este cigarro fora agora e amarra a linha pra mim!”

Ignorei.

“Joga o cigarro fora e amarra a linha pra mim!”

Respondi:

“Não vou mais amarrar a linha para você”, e olhei novamente para os seus pais, a menos de três metros de nós, ouvindo aquela conversa mas aparentando achar aquela situação normal.

Ele disse:

“Joga este cigarro naquele carro para ele pegar fogo!”

Fiz que não ouvi...

“Joga agora!”

“Não!” respondi.

“Então joga o cigarro no carro do meu pai para ele pegar fogo!”

Olhei novamente para seus pais, olhei nos olhos do menino e disse:

“Eu não vou fazer nada do que você está pedindo”.

Seus olhos faiscavam. Ele se irritou. Eu me controlei, mas me mantive firme até ele sair.

Vocês podem perguntar mil coisas, não entender tantas outras, pensar o que quiser de mim, mas sei o que aconteceu ali.

Não era a primeira vez que tinha encontrado o Diabo assim.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Tudo muda muito rápido...


Você está neste momento sentado em frente ao seu computador lendo este post. Antes de sentar, estava lá fora, olhando o tempo, reclamando do calor e pensando se iria na praia a noite para curtir um pouco a tranquilidade ou se iria amanhã de manhã, antes que elas enchesse devido ao feriado. Eu pelo menos estava fazendo isso...

Dê uma parada agora e vá lá fora novamente. O tempo mudou de repente, e você não tem certeza de ter visto corretamente o que viu minutos atrás. O céu fechou, está ventando muito forte, as pessoas estão amedrontadas e a cena lembra muito alguns de seus piores pesadelos. Isso é o que está acontecendo agora...

Você está preparado para mudanças drásticas em sua vida? Você está pronto para acordar amanhã de manhã e descobrir que aquele teto que antes te trazia proteção contra as interpéries do tempo (gostou de 'interpéries'?) está prestes a se transformar em sua sepultura?

Toda a segurança que você se cercou se transformou em seu calcanhar de Aquiles. Aquilo que traria alívio se transformou em fonte de morte e dor. Os grandes sonhos megalomaníacos se tornaram pedra de tropeço.

Onde foi então que você depositou sua confiança? Em sua carreira? Em seu diploma? Em seu dinheiro depositado e aplicado? Na sua capacidade em persuadir as pessoas ao seu redor?

Qual a razão de você continuar a semear sua vida em terreno que não pode garantir seu futuro e sua eternidade?

Olhe ao redor. Os incrédulos estão falando que o mundo está acabando! Você tem uma Bíblia, conhece as promessas e Deus e também os sinais dos tempos. O mundo caminha a passos largos rumo ao seu fim.

Não me pergunte por que estou escrevendo isso. Sinto apenas a direção do Espírito Santo ao fazê-lo. Abramos os olhos. A seara é grande, mas são poucos os cearenses, como diria o Ricardo Gondim. Vidas precisam daquilo que conhecemos muito bem, mas infelizmente temos retido para nosso conforto.

Vamos abrir a boca e aproveitar as oportunidades em falar da volta de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Digo isso com liberdade, pois ontem perdi uma grande chance em falar de tudo isso e acabei intelectualizando o discurso com uma pessoas que veio falar que o mundo estava acabando. Me detive nos dados estatísticos, no que a ciência fala, no que os olhos vêem, e não falei da volta de Nosso Senhor.

Me perdoe Deus. Me dê mais oportunidades para testemunhar seu Nome, e que eu não haja como fiz ontem. Que eu não complique meu discurso como fez Paulo no Aerópago, que em nenhum momento falou de JESUS aos presentes, apenas mencionando o 'deus desconhecido'.

Recebe o mistério aí varão!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Não me enquadro nesta moldura...


Não nasci em berço evangélico. Família católica não praticante, sempre tive muita sede de algo mais no mundo espiritual, mas somente me encontrei nas palavras da Bíblia. Isso tem 16 anos e alguns meses.

Neste período, fiz de tudo o que fui ensinado a fazer. Campanhas, vigílias, jejuns, evangelismo. Adotei usos e costumes que apenas limitaram meu raio de ação. Entrei numa de 'não toque nisso, não prove daquilo, não ande com gente assim ou assado'. O que ganhei com isso? Apenas experiência e discernimento, pois nada do que fiz radicalmente acrescentou algo à minha espiritualidade.

Aprendi muito com todos os meus excessos cristãos. Mas aprendi não da maneira que quiseram me catequisar. Aprendi a dizer não à grande parte das doutrinas que tentaram me impor 'G.A.' (goela abaixo).

Aprendi a dizer não. Aprendi a questionar. Passei por não cristão, desviado, mal exemplo, mundano. No começo isso me machucou mas, com o tempo, vi que nunca iria agradar a todos caso quizesse agradar à Deus.

Rompi com o sistema. Apesar de ser membro de duas igrejas abençoadíssimas, uma aqui no Rio (CBRio, indicação do Danilo do Genizah) e outra em São Paulo (Betesda, Pr. Ricardo Gondim), vi que seria impossível agradar à Deus sem desagradar muitos homens.

Hoje vejo que me tornei muito crítico. Existem algumas coisas no meio evangélico que eu não tolero mais. Creio ser mais fácil citar algumas delas:

Testemunhos de livramento daqueles que os irmãos batem no peito e dizem ser os únicos que foram salvos do mal em meio à grandes catástrofes, como aviões que caem e a pessoa chega atrasado no embarque, ou qualquer outro tipo de situação onde se faz crer que, por serem cristãos, Deus agiu somente na vida destes eleitos.

Irmãos que no ato da conversão, batismo nas águas ou no Espírito simplesmente tem sua natureza totalmente transformada, não falando mais palavrão, não bebendo ou fazendo nada que o sistema religioso impõe G.A. Testemunhos assim fazem com que os irmãozinhos que não alcançaram o 'nirvana' evangélico aqui na terra entrem em depressão e acabem se afastando do Caminho, por não terem alcançado esta 'bença' automática.

Pessoas que louvam a Deus com os lábios, mas que assumem estilo de vida piores do que os considerados não salvos. Conheço espíritas, católicos, budistas que simplesmente colocam 90% dos evangélicos no chinelo, vivendo o amor ao próximo de maneira mais eficaz do que nós, que nos consideramos a última bolacha do pacote.

Testemunhos de cura daqueles que dizem: antes estava com uma dor aqui na barriga e agora estou bem melhor. É muito pouco! EU já vi curas reais, eu já vivi curas reais, e estes 'acordei com dor de cabeça mas agora Jesus me curou' é muito pouco.

Isolamento em relação aos considerados perdidos. Faço questão de estar junto, fazendo a diferença, sendo sal fora do saleiro como escrevi a poucos dias atrás. Como poderemos alcançar os que ainda não conhecem a Verdade sem que estejamos junto a eles? Uma coisa é estar com eles, outra totalmente diferente é viver como eles. Quero estar junto, fazendo a diferença.

Poderia escrever mais e melhor. Fiz apenas menção a alguns pontos que tem me incomodados por estes dias, sem fazer nenhuma revisão. Estou com muitas dores nas costas por ter dado mal jeito montando um móvel que comprei pela internet e estar em frente ao PC se torna uma tortura.

Peço a Deus que possamos viver o que pregamos, pois a quem muito foi dado, muito será cobrado. Viver sem limites humanos, sendo limitados apenas pela Verdade, nada além da Verdade. Guiados pelo Espírito Santo, fazendo com que nossas luzes iluminem a todos os que tivermos contato no dia a dia.

Que assim seja, em Nome de Jesus.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Eu quero água!


Estou de férias em casa. Isso ao menos faz sentido por ser de São Paulo e somente agora, um ano e quatro meses no Rio de Janeiro, dispor de tempo para conhecer a "Cidade Maravilhosa". Maravilhosa pelas belezas naturais, mas caótica e mal administrada pelos governantes.

Desde sexta feira em casa mas sem água. Calor de 36, 39 graus, tomando banho de balde e tentando auxiliar o síndico (a palavra me lembra cínico) e o zelador de meu prédio (que zela apenas por sua relação fanatizada com um Deus estranho, apesar de viver gritando "ô gló-ria!" enquanto varre o prédio) a fazer aparecer água em nossa cisterna.

Estas duas criaturas juntas mais dois reais e vinte centavos valem uma passagem de ônibus aqui. Se derem duas tartarugas para eles tomarem conta uma engravida e a outra foge sem que eles percebam.

É um prédio estranho. A maioria dos moradores são evangélicos. Este zelador do prédio me faz achar que Jesus já voltou e eu fui deixado para trás. Canta louvor o dia inteiro, vive na igreja mas é totalmente incompetente na admistração das tarefas básicas do prédio. Já deixou as bombas queimarem várias vezes por apenas ligar as dita-cujas mas deixá-las ao "Deus dará". O síndico é parente da criatura e não tem culhão para dar um "chega junto" nesta pessoa. Aí o caos está formado.

Eu, como bom paulistano, não tenho paciência para esta falta de ação. Acabei pedindo uma cópia da chave que dá acesso às bombas e descobri que muito do que acontece é por falta de zelo pelo que lhes é confiado.

Como areia movediça, acabei me afundando mais e mais nos podres do prédio. O próximo passo foi descobrir que o buraco - literalmente - é mais embaixo.

Após arrumarmos as bombas e fazermos dezenas de tentativas de puxar água, acabei descobrindo que aqui na região onde moro existem "mais mistérios entre o céu e a terra do que é capaz de imaginar nossa vã filosofia".

No prédio de frente ao nosso existe um síndico que é pastor. Estávamos do lado de fora conversando sobre a falta dágua e ele entrou na conversa. Disse que tinha feito um registro no cano da rua para que quando sua sisterna estivesse esvaziando ele fechava o registro, bloqueando a água da rua dos outros moradores. Assim, ele podia abastecer totalmente sua sisterna, enquanto os outros moradores ficavam sem água.

Chegou à oferecer seus serviços. Disse que se comprássemos os tubos e conexões necessárias, ele faria um registro para o nosso prédio de graça. Eu não estava sozinho. Outros vizinhos meus ouviram ele falar isso.

O pior de tudo é que este filho do diabo disfarçado de crente (assim foi chamado pelo síndico do prédio ao lado do dele) ficava ironizando, dizendo que a água dele não acabava pelo fato da fonte vir do Trono de Deus.

Patife, bandido, safado, joio no meio do trigo, filisteu incircunciso!!! Que merda de testemunho é esse? Trapaceando com todo mundo, prejudicando a vida de dezenas de famílias e dando glória a Deus por suas patifarias!!!

Outros moradores de outras casas e prédios foram tirar satisfação com ele. Reaberto o registro, coincidiu da água da rua ter ficado escassa, devido ao excesso de pessoas na região nesta época de férias. Várias variáveis sendo postas para que o problema não fosse resolvido:

1) Um síndico boca aberta (o meu);
2) Um zelador 'arrebatado' (depois descobri que ele estava cagando e andando pelo fato de sua água não depender da água desta sisterna);
3) Um cíndico sínico, pastor filho do diabo;
4) Vizinhos meus que ouviram a confissão do pastor safado mas que não tiveram o culhão que eu tive de denunciá-lo,
5) A coincidência de ter acabado a água depois de reaberto o resgisto.

Parece um assunto bobo mas não é. Costumasse dizer que futuras guerras serão travadas pela escassez de água potável. Hoje vejo que isso é verdade. Por um micro-problema vejo que isso realmente vai gerar problemas de proporções mundiais.

Como diz o site da Cetesb, "A escassez de água no mundo é agravada em virtude da desigualdade social e da falta de manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais. De acordo com os números apresentados pela ONU - Organização das Nações Unidas - fica claro que controlar o uso da água significa deter poder".

Por trabalhar com transporte marítimo sei que muitos países já importam água potável. Exatamente o que tenho visto por estes dias. Gente inescrupulosa, ditas cristãs e cheias de estúcia e maldade, administrando e desperdiçando este bem tão abundante para uns, mas tão escasso e precioso.

Não sei como terminar este texto. Ele é mais um desabafo.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Eis que vejo o Céu aberto...


“Apedrejavam, pois, a Estevão que orando, dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu”. – Atos 7-59-60

Quando houve o pequeno problema que a Igreja Primitiva atravessou quanto à distribuição de recursos financeiros às viúvas, foi definido pelos apóstolos que se elegessem sete homens de boa reputação e cheios do Espírito Santo para que ficassem responsáveis por esta empreitada. Entre os sete escolhidos temos Estevão, o único que é várias vezes mencionado como sendo cheio de fé e do Espírito Santo.

Por onde andava, Estevão fazia grandes sinais e prodígios entre o povo, gerando grande desconforto entre vários opositores. Estes tentavam se opor a Estevão mas não eram capazes de resistir à sabedoria e ao Espírito que se manifestava na vida dele. Sem encontrar outra maneira de parar Estevão, subornaram testemunhas e o levaram ao Sinédrio.

Todos olhavam para ele, mas viram seu rosto como o de um anjo. Ouviram-no, mas não suportaram as palavras cheias de autoridade e unção. Estevão olhava para o Céu, e relatava a todos que via o Senhor Jesus sentado à destra do Pai. Tapando os ouvidos, apedrejaram Estevão que, orando, entregou seu espírito ao Senhor e clamou que os pecados daqueles que estavam tirando sua vida não lhes fossem imputados.


Pausa.




Um pouco mais...


Dizer o quê? Que inveja santa! Viver um estilo de vida onde todos aqueles que estiverem ao nosso lado não vejam a nós, mas sim a Glória do Senhor.

É isso que eu quero para minha vida Senhor.

É isso que eu peço que a Tua Igreja viva aqui nesta Terra Pai.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O pastor e as finanças

Lendo o livro de Atos na Good News Bible, me deparei com o texto onde os judeus de fala grega convertidos ao Cristianismo estavam chateados com a maneira que os irmãos de fala hebraica estavam negligenciando as viúvas dos gregos na distribuição diária de fundos, conforme vemos abaixo:

“Some time later, as the number of disciples kept growing, there was a quarrel between the Greek-speaking Jews and the native Jews. The Greek-speaking Jews claimed that their widows were being neglected in the daily distribution of funds. So, the twelve apostles called the whole group of believers together and said: It is not right for us to neglect the preaching of God’s word in order to handle finances
Acts 6:1-2 – Good News Bible – The Bible Societies / Harper Collins

Me chamou a atenção nesta tradução que os apóstolos falam claramente sobre “funds”, fundos e “handle finances”, manusear, lidar com as finanças. Achei interessante este ponto de vista e fui pegar a versão Almeida RA para escrever aqui no blog a respeito do que o Espírito Santo falou em meu coração. Só que na Almeida o mesmo texto diz:

“Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas daqueles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas

Não senti o mesmo impacto. Na versão em inglês, os apóstolos falam claramente que não vão deixar a ministração da Palavra de lado e ficar cuidando das finanças. Já o texto em português, a tradução é muito genérica, politicamente correta. Ela dá a entender que os apóstolos não vão ficar servindo as pessoas, deixando de lado a pregação da Palavra, sem ser específico em relação ao assunto dinheiro. E este é o ponto.

Pastor não foi "feito" para administrar dinheiro. Pastor foi feito para pastorear vidas, anunciar a Palavra. O cuidado do dinheiro faz com que o pastor perca o foco. Ao invés de administrar vidas, ficam fazendo (no mínimo) contas. Isso a meu ver não funciona. Se funcionasse, Pedro não teria autoridade e poder para dizer ao paralítico que mendigava à porta do Templo: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”Atos 3:6.

Este é o poder de Deus manifesto na vida do homem. Livre das preocupações, com tempo para fazer a vontade de Deus. Lamento ver tanta correria atrás do dinheiro, em detrimento ao verdadeiro ministério confiado por Deus aos homens. Os pastores servem sim às mesas daqueles que estão sob seu cajado. Ministram o Pão da Vida, a Água Viva, que brota do Trono de Deus.

Que a liderança volte a dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.