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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Palavra de Deus para mim e para vocês...


Portanto, visto que temos este ministério pela misericórdia que nos foi dada, não desanimamos. Antes, renunciamos aos procedimentos secretos e vergonhosos; não usamos de engano, nem torcemos a palavra de Deus. Ao contrário, mediante a clara exposição da verdade, recomendamo-nos à consciência de todos, diante de Deus.

Mas se o nosso evangelho está encoberto, para os que estão perecendo é que está encoberto. O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Mas não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como escravos de vocês, por causa de Jesus. Pois Deus, que disse: "Das trevas resplandeça a luz" ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.

Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós. De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo. Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, para que a sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal. De modo que em nós atua a morte; mas em vocês, a vida.

Está escrito: "Cri, por isso falei". Com esse mesmo espírito de fé nós também cremos e, por isso, falamos, porque sabemos que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus dentre os mortos, também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará com vocês. Tudo isso é para o bem de vocês, para que a graça, que está alcançando um número cada vez maior de pessoas, faça que transbordem as ações de graças para a glória de Deus.

Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno. 2 Corintios 4


Senhor, obrigado pela Tua Palavra que sempre nos traz cura...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Não somos escravos das mídias sociais...


(Resposta a uma amada pessoa que me mandou um email de desculpas)

Pedido de desculpas pra quê? A gente já conversou! Eu vi o que vocês escreveram no chat, mas estava tão sem tempo pra comentar que preferi apenas me calar. Como diz o ditado, “até um tolo, de boca fechada, passa por sábio”. Simplesmente não sabia o que responder sem que aquilo voltasse a tomar proporções e progressões geométricas...

Sem querer a gente – e não só você, como você escreveu - se perdeu um pouco. O que era engraçado tomou contornos estranhos, de repente eu me vi exposto demais, mas DEMAIS pro meu gosto. Gosto de "brincar" neste ambiente virtual, mas a criatura passou a querer ficar maior do que o criador. Estava sendo sugado, sentava no computador para fazer trabalho de faculdade e simplesmente não conseguia me desligar dele. Meu propósito inicial, que era influenciar para o bem àqueles que me cercam direta ou indiretamente, estava sendo maculado...

Como a coisa tomou esta proporção optei em dar um tempo. Ainda estou entrando, mas não estou "entrando" nas discussões e debates sem fim, mesmo que engraçadas, pois meu tempo é muito importante e este estava escorrendo entre os dedos, literalmente. Estou nas duas semanas finais deste semestre e tenho trabalhos da faculdade que não podem ser deixados em segundo plano. Tenho afazeres domésticos que são tão importante quanto. Acima de tudo, tenho minha relação real, presencial, com aqueles que fazem parte de meu cotidiano e que estavam sendo deixados sentados quietinhos no sofá enquanto eu me divertia sozinho, rindo litros – como você costuma dizer – em frente a um teclado e um monitor. Como diz o ditado: "(se não tomarmos cuidado) a internet aproxima as pessoas distantes e afasta as pessoas próximas"...

Tenho por certo que nossa amizade é verdadeira. Como bom amigo, sinto prazer que aqueles que eu amo estejam bem, mesmo que para isso eu tenha que me afastar um pouco da pessoa para que esta possa se ver melhor, se doar ao quê e a quem realmente é importante para ela e que – sem que esta pessoa notasse – de repente ela tivesse deixado em segundo plano, talvez como tentativa de fuga da realidade, talvez como pura falta de percepção dos fatos. Neste processo, se a pessoa não notou que algo importante estava sendo deixado em sua vida e em suas relações, tanto pior. Com mais firmeza digo que optei em fazer a coisa certa.

Nossa amizade é muito importante, esta galerinha que a gente conseguiu ligar com laços de amor e amizade me são muito caros, mas, por outro lado, ao nosso redor não cresceu apenas trigo, nasceram também aqui e acolá alguns brotos de joio, e você sabe disso. Quanto mais estávamos nos expondo entre nós, consciente ou inconscientemente, mais estávamos servindo de espetáculo para aqueles que nos cercam, e nem todos estavam bem intencionados. Passei a me sentir no centro de um picadeiro, assim como senti que isso estava acontecendo com vocês também. Quase podia “ouvir” dizerem: “Vamos lá, vamos ver que tipo de putaria eles estão discutindo hoje!”

Isso se tornou muito perigoso. Praticamente esquecemos que somos espetáculo para homens e anjos, passamos a nos divertir cercados apenas por vidraças, como que num Big Brother, enquanto todos os que passavam por nós tinham orgasmos múltiplos ao verem as direções que nossa liberdade e intimidade tomavam. Peço perdão a todos caso o que decidi fazer com a minha vida e com “meu espaço virtual” tenha “abalado” ou ofendido alguém. Na verdade eu também me senti ofendido com algumas coisas, então não esquento muito a cabeça com o que possam pensar.

Peço perdão por ter tido que tomar uma posição profética em relação aos meus caminhos. Quem não entendeu um dia vai entender. Quem se magoou um dia vai me perdoar. Quem estava apenas se divertindo às nossas custas, ah – sinceramente – estes eu quero é que se fodam bem gostoso...

Com amor verdadeiro,

JC

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Você se porta como filho do Pai?


“A mulher que está dando à luz sente dores, porque chegou a sua hora; mas, quando o bebê nasce, ela esquece a angústia, por causa da alegria de ter vindo ao mundo. Assim acontece com vocês: agora é hora de tristeza para vocês, mas eu os verei outra vez, e vocês se alegrarão, e ninguém lhes tirará essa alegria. Naquele dia vocês não me perguntarão mais nada. Eu lhes asseguro que meu Pai lhes dará tudo o que pedirem em meu nome. Até agora vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa. Embora eu tenha falado por meio de figuras, vem a hora em que não usarei mais esse tipo de linguagem, mas lhes falarei abertamente a respeito de meu Pai. Nesse dia, vocês pedirão em meu nome. Não digo que pedirei ao Pai em favor de vocês, pois o próprio Pai os ama, porquanto vocês me amaram e creram que eu vim de Deus.”João 16:21-27

Como começar a falar tudo o que se passa dentro de meu peito? Estou vivendo um maravilhoso turbilhão de emoções, voando em espírito por inúmeras situações diferentes, sentindo aquilo que Neo na Matrix sentiu ao se dar conta de que ele – no contexto do filme – era o “messias” escolhido para trazer a libertação para Zion, passando então a lidar com tudo o que o cercava no enfoque correto, resolvendo o que tinha que ser resolvido da maneira mais simples e eficaz possível, sem deixar de atirar quando necessário, ao mesmo tempo que não desperdiçava uma bala sequer.

É com temor e tremor que escrevo isso. Como disse Paulo, “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”, em Gálatas 6:14.

Por outro lado, não posso me calar perante tudo o que tenho visto, lido, ouvido, sentido, vivido, arrepiado... O Espírito Santo não tem cabido dentro de meu peito, mesmo sendo eu um servo de Cristo da pior estirpe. É que não depende de mim. Não depende de nós. Depende Dele!!! Como está escrito em Filipenses 2:13:

“...porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.”

Porém, vamos aos fatos. Como disse, tenho vivenciado situações que aparentemente estavam desfocadas e – como se algo voltasse ao foco correto – de repente se reconfiguravam e passavam a ser as coisas mais simples do mundo. A visão turva, decorrente de nossa imersão na dura e sufocante matéria, passa simplesmente a deixar de ter o poder imobilizador que nos impedia a dar qualquer passo e tudo se relativiza, tornando-se extremamente simples encontrar as respostas necessárias para a tomada de decisões.

Pude entender que muito do que tem travado o avanço do povo de Deus aqui na Terra é uma visão distorcida de quem realmente somos um com o outro e – principalmente – com nosso Pai. Achamos inicialmente que podemos tudo e pedimos “nossa parte da herança”, assim como fez o famoso filho pródigo na parábola contada por Jesus nos Evangelhos, movidos por uma falsa interpretação do que significa ser filho d’Aquele que é Criador de todas as coisas:

“Certo homem tinha dois filhos. O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me toca. Repartiu-lhes, pois, os seus haveres. Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntando tudo, partiu para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a passar necessidades."
Lucas 15:11-14

Ao quebrarmos a cara nos arraiais da teologia da prosperidade & afins, tendemos a ou perder a fé e abandonar os caminhos de Jesus ou a cair em uma falsa assepsia, uma falsa humildade, um desapego quase nirvânico das coisas que nos cercam, como se de nada mais necessitássemos. Entretanto, por dentro estamos carcomidos de mágoas contra Aquele que considerávamos um Pai amoroso e bom, invejosos daqueles que conseguem uma camisa nova a mais que nós, igual ao irmão do filho prodigo, esperando a primeira oportunidade para vomitar na cara de Deus que estamos “no caminho” com Ele fiel e obedientemente, não ousando triscar em um cabritinho que seja para fazer uma festa com os amigos:

“Ele, porém, respondeu ao pai: Eis que há tantos anos te sirvo, e nunca transgredi um mandamento teu; contudo nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com os meus amigos; vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado. Replicou-lhe o pai: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu..."
Lucas 15:29-31

O que eu concluí disso tudo foi que – passadas ambas as fases, passamos a viver o Reino de Deus aqui na Terra sem arroubos de desejos nem plenamente daquilo que o Senhor tem para nós. E não se trata aqui que bens materiais apenas. Já somos maduros para saber do que realmente precisamos para sermos felizes aqui na Terra, não vamos mais querer ser milionários nem vamos cair no extremo oposto de uma falsa vida em humildade.

O Pai quer nos ouvir! O Pai quer saber nossa opinião! Podemos argumentar com Ele sem soarmos como filhos rebeldes! Quem fala isso é o próprio Jesus no texto inicial: “Eu lhes asseguro que meu Pai lhes dará tudo o que pedirem em meu nome. Até agora vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa.”

Isso é para filho, nem pródigo nem resmungão, é para aqueles que gozam do relacionamento amoroso e bom com seu amado Pai. Temos visto isso na prática em nossas vidas e não tenho medo de compartilhar com vocês estas linhas. Temos acesso ao Trono de Deus através do Sangue de Nosso amado Jesus. Ele quer nos ouvir, quer nos fazer felizes, mesmo que no contexto de estar no meio de tribulações momentâneas.

Espero que entendam... e que o Espírito Santo confirme o que estou tentando dizer...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

No Caminho...


“Respondeu Jesus: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito. O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito. Não se surpreenda pelo fato de eu ter dito: É necessário que vocês nasçam de novo. O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito". – João 3:5-8

Os últimos dias têm sido dias de profunda apreensão para mim. Estou mais uma vez atravessando aqueles momentos em que não temos controle algum sobre as circunstâncias que nos cercam. Muitas coisas estão acontecendo e não consigo nem ao menos ter um vislumbre da situação como um todo. Vejo um recorte aqui, outro fragmento ali, noto que todos eles fazem parte de uma grande tapeçaria sendo bordada à mão pelo grande Tapeceiro mas, como Ele costuma agir, não nos permite ver além do necessário.

São momentos de mudanças profundas em minha vida. Sei que a minha frente algo novo me espera mas, assim como foi no meu divórcio e em minha vinda ao Rio de Janeiro, nada do que está acontecendo terá algum tipo de interferência de minha parte no que tange à direção que sinto o vento soprar. É algo ao mesmo tempo tão intenso e sutil, é uma voz que ouço e que me recuso a não obedecê-la, simplesmente por ser a Voz dAquele a quem um dia entreguei cada milímetro de minha vida, cada segundo de minha existência.

Ele, novamente, decidiu que preciso respirar novos ares. Ele está no controle, pois Ele habita em mim de uma forma absolutamente irreversível. Ontem, eu e Ele conversamos bastante sentados na Pedra da Macumba (ô nomezinho infeliz, ao mesmo tempo que ô, lugarzinho maravilhoso pra se estar, cercado de ondas bravias e natureza intensa). Eu chorava, me submetendo à Sua vontade, ao mesmo tempo que cogitava a possibilidade de não fazer Sua vontade, da mesma forma que Jesus pediu ao Pai que afastasse d’Ele o cálice que estava prestes a sorver em prol da humanidade.

Ele, graciosa e pacientemente, me ouvia através de minhas palavras não faladas, apenas soluçadas entre minhas lágrimas silenciosas. Queria saber se um dia descansaria, se um dia fincaria raízes em algum lugar e apenas levaria uma vida considerada normal, nos padrões do sonho americano. De forma claramente não falada Ele me disse que eu poderia apenas não aceitar o que estava por vir. Ao me dar a opção, porém, notei que na verdade eu não queria fazer o que gostaria de fazer, mas sim o que deveria fazer. Deus é um expert em nos deixar decidir pelo o que Ele tem de melhor.

Minha decisão veio baseada nas palavras de Jesus dada a um mestre da lei, e já bem conhecida minha:

“Então, um mestre da lei aproximou-se e disse: Mestre, eu te seguirei por onde quer que fores. Jesus respondeu: "As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça". – Mateus 8:19-20

Um dia eu dei a Ele as chaves de meu coração. Um dia eu entreguei tudo em Suas mãos, e foi sincera e convictamente. Entre lágrimas, decidi avançar. Ele sorriu para mim, confirmando não para Ele – que tudo sabe desde a Eternidade – mas para mim, de que eu decidiria estar sempre no centro de Sua vontade.

Assim, continuo no Caminho...

P.S. O René tá ligado, acabou de colocar um comentário que define o que está acontecendo: "Os passos do homem são dirigidos pelo SENHOR; como, pois, poderá o homem entender o seu caminho?" (Pv 20.24)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Não me sigam pois eu acho que estou perdido...



Convivo com um turbilhão de emoções, que me levam das mais altas montanhas às profundezas do abismo. São sensações desconexas, que ora me entorpecem como o vinho, hora me deprimem com angústia e dor. Poucas delas me fazem feliz por mais que alguns momentos. Por qual razão tudo isso que vivo é tão fugaz? Por qual razão tenho dentro de mim esta sensação de que estou correndo atrás do vento e não vou chegar a lugar nenhum?

Quando faço algo produtivo me vem a impressão de que o que fiz foi por acaso. Por que sinto esta sensação dentro de mim? Caminho por entre estas densas trevas, mal conseguindo ver o próximo passo a ser dado.

Neste caminho muitas vezes tenho esta sensação de que as pequenas coisas que faço são muito poucas perante tudo que sonho fazer. Não consigo acreditar que um ser tão pequeno como eu tenha algo a acrescentar à humanidade. Lembro-me das palavras que estão escritas num mural em frente ao Teatro Paulo Eiró, lá em São Paulo: ‘O homem sonha monumentos, mas só ruínas semeia para a pousada dos ventos’.

Prossigo sonhando com grandes obras, mas minha semeadura parece ser insuficiente. Vejo a necessidade daqueles que estão ao meu redor, e mal consigo dar o mínimo que precisam. Sinto-me insuficiente para oferecer o que necessitam. Por que será que as pessoas olham para mim e esperam que eu saiba o que fazer?

As vezes tenho vontade de dizer para que não me sigam, simplesmente pelo fato de não saber onde vai dar o caminho que estou trilhando. Minhas palavras são insuficientes para descrever o que se passa em minha mente. Meu vocabulário é muito pobre e não consigo trazer à luz o que está sendo gerado dentro de mim.

Quero gritar, mas não tenho voz. Quero correr, mas temo tropeçar e cair. Quero voar e alcançar altos cumes, mas minhas asas são muito pequenas. Preciso encontrar o que estou procurando, mas o problema é que não sei exatamente o que quero. Por qual razão Deus acredita mais em mim do que eu mesmo? Como Ele consegue ver algo bom dentro de mim?

Como posso ter certeza de que estou andando pelo caminho certo? Creio que vem da Palavra de Deus, quando ela diz que ilumina meus passos. Ela tem sido lâmpada, e o fato de não enxergar além apenas exercita minha fé. Tomo caminhos misteriosos, aleatórios, tateando com uma mão, segurando a lâmpada com a outra, sentindo esta sede do desconhecido dentro de mim, que não me deixa ficar parado onde estou.

Desculpem-me pelo excesso de perguntas. Não sei se vocês têm tantas questões dentro de suas mentes como eu tenho. Minha alma é inquieta e meus alvos são muito maiores do que creio ser capaz de alcançar. Creio dentro de mim que isso é bom. Não quero ser como eu sou. Quero crescer, ser melhor. Quero que meus galhos façam sombra para aqueles que eu amo. Quero que meus frutos alimentem aqueles que precisam de mim.

Quero que minhas palavras tragam alívio aos que me ouvem. Mas o que vejo é que estou como o Chacrinha, que dizia: ‘Eu vim para confundir, e não para explicar’... é gente, para variar, hoje está punk!

Inicialmente postado em 9 de setembro de 2009, re-postado em 04 de maio de 2010 mas hoje sinto-me assim...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Os dois alicerces (Lc 6:20-49)



Olhando para os seus discípulos, Ele disse:

Bem-aventurados vocês, os pobres, pois a vocês pertence o Reino de Deus;

Bem-aventurados vocês, que agora têm fome, pois serão satisfeitos;

Bem-aventurados vocês, que agora choram, pois haverão de rir;

Bem-aventurados serão vocês, quando os odiarem, expulsarem e insultarem, e eliminarem o nome de vocês, como sendo mau, por causa do Filho do homem.

Regozijem-se nesse dia e saltem de alegria, porque grande é a sua recompensa no céu. Pois assim os antepassados deles trataram os profetas.

Mas...

Ai de vocês, os ricos, pois já receberam sua consolação.

Ai de vocês, que agora têm fartura, porque passarão fome.

Ai de vocês, que agora riem, pois haverão de se lamentar e chorar.

Ai de vocês, quando todos falarem bem de vocês, pois assim os antepassados deles trataram os falsos profetas.

Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo:

Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam;

Abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam;

Se alguém lhe bater numa face, ofereça-lhe também a outra;

Se alguém lhe tirar a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica;

Dê a todo aquele que lhe pedir, e se alguém tirar o que pertence a você, não lhe exija que o devolva;

Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles.

Que mérito vocês terão, se amarem aos que os amam? Até os 'pecadores' amam aos que os amam. E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles que são bons para com vocês? Até os 'pecadores' agem assim! E que mérito terão, se emprestarem a pessoas de quem esperam devolução? Até os 'pecadores' emprestam a 'pecadores', esperando receber devolução integral.

Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus. Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso.

Não julguem, e vocês não serão julgados;

Não condenem, e não serão condenados;

Perdoem, e serão perdoados;

Dêem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês.

Jesus fez também a seguinte comparação: "Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois no buraco? O discípulo não está acima do seu mestre, mas todo aquele que for bem preparado será como o seu mestre. "Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: 'Irmão, deixe-me tirar o cisco do seu olho', se você mesmo não consegue ver a viga que está em seu próprio olho? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.

Nenhuma árvore boa dá fruto ruim, nenhuma árvore ruim dá fruto bom. Toda árvore é reconhecida por seus frutos. Ninguém colhe figos de espinheiros, nem uvas de ervas daninhas. O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração.

Por que vocês me chamam 'Senhor, Senhor' e não fazem o que eu digo? Eu lhes mostrarei com quem se compara aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica. É como um homem que, ao construir uma casa, cavou fundo e colocou os alicerces na rocha. Quando veio a inundação, a torrente deu contra aquela casa, mas não a conseguiu abalar, porque estava bem construída. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as pratica, é como um homem que construiu uma casa sobre o chão, sem alicerces. No momento em que a torrente deu contra aquela casa, ela caiu, e a sua destruição foi completa.

Lucas 6:20-49 sem nada a acrescentar...

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

E aqui estou eu sozinho com o tempo...


A quanto tempo não paro para escrever sem a obrigação de fazê-lo focado em alguma obrigação acadêmica ou profissional? Sinto falta disso, sou viciado em escrever e este é um bendito vício do qual não quero me libertar.

Ultimamente, porém, tenho feito mais o que preciso do quê o que eu gosto, tomando mais remédio do que vinho. Sinto falta de mim nos momentos de ócio e lazer, tempo abençoado que teve de ser trocado por objetivos maiores do que os momentos em que podia ficar meditando em nada e deste exercício colher algumas coisas simples, mas que me davam prazer sem medida.

Agora tudo é cronometrado, tudo é metodicamente executado, não tenho tempo a perder.

Pensado por este prisma, o que vem a ser perder tempo? Perdemos tempo todo dia, vivemos para morrer, avançamos como loucos àquilo que nos espera mais dia menos dia, como mariposas enfeitiçadas pela luz que nos seduz e que nos levará ao destino comum de todos. Que proveito temos disso? Que bem colheremos no futuro que nem sabemos ao certo se o alcançaremos?

Como saber se o que temos à frente é o que de melhor poderíamos ter ou que apenas acabou sendo a única opção disponível? Por que vivemos fazendo tantos planos para o futuro, negligenciando o presente e esquecendo as experiências do passado? Tivemos várias lições praticas na vida e da vida, insistimos algumas vezes em trilhar caminhos que já sabemos de antemão que não darão em nada, isso quando não nos aventuramos rumo ao futuro incerto e fugaz.

Sim, estou meio em crise...

Não sei se o tempo que me resta será suficiente para alcançar algumas coisas que nos fazem crer serem importantes para nos sentir realizados, levando em conta que, das três coisas que alguém um dia disse serem essenciais para nos sentirmos realizados, mal e porcamente fiz apenas uma: plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Árvores já plantei e outros comeram de seus frutos, escrever um livro é um sonho que talvez um dia consiga concretizar, bastando apenas eu desenvolver as habilidades que nem sei se tenho. Filho é algo que também quero mas, olhando para frente, não consigo falar do assunto sem cair no lugar comum que diz que, devido a minha idade, quando ele nascer já não me chamará mais de pai e sim de avô.

Tempo, bendito e maldito tempo. Sinto-me limitado por esta fria forma de calcular as coisas. Não quero ser eterno quanto homem na terra, mas gostaria de deixar algo pelo qual pudesse ser lembrado. Como os guerreiros gregos, gostaria de ter a bela morte cantada pelos poetas, tendo meu corpo sendo chorado pelas virgens e cantado nas canções daqueles que poderiam eternizar minha existência.

Olhando a realidade, entretanto, não me vejo digno de uma canção. Deus, por qual razão me pego questionando estas coisas? Por que acho que devo viver como se fosse meu último dia mas, por outro lado, fazendo planos eternos? Não sei dizer se meu copo está meio cheio ou meio vazio! Será que estou mais para lá do que para cá ou vice-versa?

Assim perco tempo que me é caro crendo em possibilidades vagas. Sinto-me enfraquecer e desmotivar. Desmotivado e desmotivador se olharem para mim, ao mesmo tempo que motivo e incentivo todos os que me rodeiam, dando algo que não tenho colocado em prática mas bem sabido na teoria. Não quero ser corrigido nem censurado, apenas estou gozando de meu direito de divagar, meu direito de ter meus momentos de incertezas...

Tempo, dura limitação imposta aos humanos...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O cristianismo nos países comunistas e islâmicos


Em um ambiente extremamente politizado por pessoas que mal conseguem discernir a mão direita da esquerda, tenho que aproveitar as oportunidades que caem em meu colo para mandar pro gol.

Na aula de Teorias Psicológicas nos pediram para falar sobre algum grupo excluído ou perseguido. Na hora lembrei da Igreja Perseguida nos países comunistas (aqueles rascunhos de marxistas vão odiar!!!) e mulçumanos e decidi compartilhar com eles (nossa apresentação será na próxima quinta, 06/10).... e com vocês!!!


“O que é estranho no estrangeiro é o fato de ele não ser eu”Alain, filósofo, citando “Diário Íntimo” de Amiel

Poucas pessoas sabem exatamente o que acontece aos cristãos nos países muçulmanos e comunistas. Não sabemos ao certo a razão disso não ser divulgado na mídia pois, estranhamente, os países ocidentais são predominantemente cristãos e não conseguimos imaginar que nós, que recebemos todos os povos, culturas e religiões diferentes em nossa terra soframos tantas perseguições nestes países.

Para ilustrar o que estamos expondo, vamos citar a Coréia do Norte e o Irã, as duas nações mais opressoras dos direitos dos cristãos ao redor do mundo, baseados no ranking anual da Missões Portas Abertas:

1º: CORÉIA DO NORTE: O país líder no funesto ranking dos que mais perseguem os cristãos é a comunista Coréia do Norte. Desde a instalação do regime comunista, a perseguição tem assumido várias formas. Em um primeiro momento, os cristãos que lutavam por liberdade política foram reprimidos. Depois, o governo tentou obter o apoio cristão ao regime, mas como não teve êxito em sua tentativa, acabou por iniciar um esforço sistemático para exterminar o cristianismo do país. Edifícios onde funcionavam igrejas foram confiscados e líderes cristãos receberam voz de prisão. Ao serem derrotados na Guerra da Coréia, soldados norte-coreanos em retirada freqüentemente massacravam cristãos com a finalidade de impedir sua libertação. Muito mais pode ser visto sobre este assunto ao final deste breve resumo da situação local.

Isso vem de encontro ao que Caterina Koltai disse em entrevista à Revista Insight. Ela cita os escritos de Freud, “Reflexão Para Tempos de Guerra”, onde ele afirma que nem as civilizações desenvolvidas são capazes de resolverhttp://www.blogger.com/img/blank.gif disputas e conflitos sem guerrear. Conversando com Einstein às vésperas da II Grande Guerra, Freud afirma que a ambivalência do homem sempre o levará a novas guerras, pois, através destas, o homem tem como expulsar o ódio para o exterior da comunidade contra o inimigo, enfatizando o monopólio da violência exercido pelo Estado.

Esta violência legal exercida pelo Estado se exprime de modo privilegiado na guerra mas, neste caso, uma guerra civil contra estrangeiros cristãos e cidadãos que se convertem ao cristianismo. Só vínculos afetivos e processos civilizadores podem fazer frente ao verdadeiro massacre que estes sofrem dentro de seu próprio país.

2º: IRÃ:
– O Irã é uma teocracia islâmica. Embora os direitos de cristãos, judeus e zoroastras sejam assegurados pela Constituição, na prática, todos são vítimas de retaliação e perseguição. As restrições e a perseguição ao cristianismo têm se multiplicado rapidamente nos últimos anos. O governo do Irã está consciente do desdobramento da Igreja nas últimas décadas. Ele tem procurado impedir e tornar impossível o crescimento dos cristãos.

É permitido que igrejas ligadas às minorias étnicas ensinem a Bíblia ao seu próprio povo e em sua língua. No entanto, essas igrejas são proibidas de pregar em persa, a língua oficial do país. Muitas igrejas recebem visitantes durante seus cultos, alguns deles, entretanto, são da polícia secreta e monitoram as reuniões. Cristãos ativos sofrem pressão. São interrogados, detidos e, às vezes, presos e agredidos. Casos mais críticos envolvem até a execução.

Para se ter idéia da gravidade da situação, está em andamento em um tribunal iraniano o julgamento pastor Yousef Nadarkhani, iraniano, acusado de apostasia por ter se convertido do islamismo para o cristianismo, correndo o sério risco de ser executado a qualquer momento.

Entretanto, o que mais nos chamou a atenção no caso do Irã, além da perseguição e violência utilizada para conter a prática de culto cristão é este detalhe sutil ligado à proibição da pregação da mensagem cristã na língua oficial do Irã, o persa. Isso vem de encontro ao que lemos no texto “A Estranheza do Sujeito”, um debate entre Paul Ricceur e Jean Daniel sobre o que gera a rejeição, ódio e repulsa aos que nos são estranhos, onde eles citam o aprendizado de novas línguas, que infelizmente é para poucos, como uma maneira de socialização entre os povos de culturas diferentes.

Ao proibir a pregação na língua oficial iraniana, o governo faz com quê esta fique restrita às minorias étnicas do país, aumentando assim o ódio do restante da população contra aqueles que crêem nesta mensagem considerada perniciosa, vinda dos países ocidentais, notoriamente odiados pelo governo iraniano.

Assim, dentro do próprio Irã passam a existir guetos cristãos vivendo em liberdade apenas na Constituição, mas sem o direito de se comunicar na própria língua do país para que a mensagem e cultura crida por eles não contaminem o restante da população. O cristão iraniano passa então a se sentir um estrangeiro dentro de sua própria pátria, ameaçado e perseguido.

Para concluir, podemos parafrasear mais uma vez Caterine Koltai, quando ela diz que a xenofobia é de caráter natural e espontâneo no ser humano. Já que não se pode culpar nem Deus nem as instituições pelo mal que sofremos, o estrangeiro passa a ser o culpado, como um bode expiatório. Extirpando um único ser ou grupo, acha-se que é possível recuperar uma identidade individual, que é extremamente frágil. Ao abrandar a censura do assassinato neste contexto, resume-se tudo em uma frase: “Prefiro perder com meu adversário do que ganhar com ele”.

A base cristã do material foi retirado do site da Missão Portas Abertas; o restante de material do Curso de Serviço Social...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Magoáveis, magoantes, magoados...


Do insight até agora fiquei pensando qual passagem bíblica poderia usar para ilustrar o que se passou em meu coração quando este pequeno jogo de palavras veio à minha mente. Em resposta, um silêncio, nada escrito que pudesse inserir sem distorcer seu significado. Até por que, algo tão pessoal assim não precisa de álibi bíblico para ser escrito.

Como fruto da observação de diversos acontecimentos que cercaram minha jornada e a dos meus próximos, vi o quanto nós somos frágeis, contundentes e vítimas nas relações interpessoais, em seu infindáveis e complexos contextos.

Quantas vezes saímos de casa sem nossa pele de dragão e somos alvo das setas inflamadas lançadas por (e através) (d)aqueles que nos cercam, setas estas que nós mesmos, diversas vezes, lançamos (ou somos instrumentos para lançar) em direção do outro? Como vítima ou vitimizador, passamos pelos estreitos caminhos da vida, relacionando-nos com várias pessoas ativa ou passivamente como cercas de arame farpado, grosas dichavadoras de almas, britadeiras de emoções, rolos compressores de vidas humanas...

Isso me faz lembrar da ilustração dos porcos espinhos com frio, tentando aquecer-se mas não podendo se aproximar do outro pois ferem e são feridos. Por qual razão somos assim meu Deus? Por qual razão nos machucamos e somos machucados por aqueles que nos cercam? A esta altura, até que enfim vem um grito da alma de Paulo que pode dar um pouco de luz a estes devaneios:

“Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?"
Romanos 7.24

Esta é a condição humana, condição de miseráveis seres relacionais que não conseguem desfrutar dos prazeres da existência em comunidade pelo fato de sofrer com o cheiro do outro, com o toque do outro, com as palavras do outro, com os silêncios do outro...

Por qual razão somos assim, magoáveis (sensíveis, impressionáveis), magoantes (contundentes, agudos, cortantes), magoados (feridos, doloridos, não cicatrizados)?

Queremos o outro próximo mas não sabemos lidar com os excessos, os espinhos, com a forma disforme e algumas vezes desfocada que tanto nós quanto eles assumem. E sofremos por isso. Sofremos e fazemos sofrer...

Não consigo concluir este texto, ele ainda está sendo escrito dentro de mim...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Minha alma está triste até a morte...


Vira e mexe acabo chegando aos sentimentos que neste momento estão me consumindo. Olho no espelho de minha alma e fico me perguntando a razão de ser tão aquém do mínimo que gostaria de ser. Sem falsa modéstia ou pieguice, noto a contragosto que por mais que me esforce, faço apenas o mínimo que deveria fazer para ser um pouco “menos pior” do que aqueles que não conhecem a Cristo.

Digo isso de coração, que neste momento está com um peso enorme, fruto da minha incapacidade em avançar a passos largos. Sonho entrar em vôos altos, à velocidade de cruzeiro, tudo equilibradamente disposto. Mas o que vejo como frutos são somente decepções comigo mesmo. Frutos amargos, trazendo angústia e dor.

Entendo perfeitamente o que Paulo quis dizer quando abriu seu coração e falou em Romanos 7:18-24 “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está. Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte”.

Não pensem que neste momento de minha vida fiz ou estou fazendo algo abominável ao meu Deus ou ao próximo. Não é isso. Meus algozes me torturam pela minha humanidade falha como um todo. Volto ao espelho da alma e digo novamente: “Rapaz, tu não presta!” Só isso, nada mais.

Vivo pela Graça, somente pela Graça. Não consigo descanso e vejo que isso faz parte do processo. Quem aqui está plenamente satisfeito consigo próprio? Quem aqui vive de glória em glória, sendo cabeça e não cauda, mais que vencedor? Que vida é essa? Minha alma desabafa como fez a de Paulo, quando diz em 1Timóteo 1:15-16: “Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação; que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal; mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, o principal, Cristo Jesus mostrasse toda a sua longanimidade, a fim de que eu servisse de exemplo aos que haviam de crer nele para a vida eterna”.

Há momentos assim em minha vida. Creio que na vida de todos deve acontecer algo parecido, mas nestes momentos devo me recolher e aguardar o que está para ser feito por Deus. Creio que seja mais um degrau a subir, creio que seja mais uma revisão, mais um ‘recall’, sei lá. So sei que hoje, como disse Jesus no Getsemani, “...a minha alma está triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo”. Mt 26:38b.

Vai passar, sei que vai passar. Passar e voltar, como as ondas do mar.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O pedaço que falta



Sem comentários...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

É melhor ser feliz do que estar certo


...Como saber , no entanto, se um ferimento fatal foi causado deliberada ou acidentalmente? O livro de Deuteronômio (Deut. 4:42) diz que se a pessoa que sofreu o ferimento não tiver hostilizado a outra nos dois ou três dias anteriores, pode-se assumir que foi um acidente.

Comentando este versículo, os sábios do Talmúd oferecem um enfoque psicológico fascinante. Dizem que a duração de uma querela, na vida normal, é de dois ou três dias. Se uma pessoa o fere ou o ofende, você tem o ‘direito’ de ficar zangado com ela durante este tempo (estamos aqui falando de discussões rotineiras e de mal entendidos, não de ofensas maiores). Se os sentimentos de amargura se estendem pelo quarto dia é porque você está querendo prolongá-los. Você está nutrindo a mágoa, mantendo-a artificialmente, em vez de deixá-la morrer de morte natural.

Deve haver alguma satisfação emocional em colocar-se no papel de vítima, mas essa é uma má idéia por duas razões. Primeiro, afasta você da pessoa de quem você deveria estar perto (E se, se tornar um hábito, como freqüentemente acontece, afasta você de muitas pessoas de quem você deveria estar perto). E, segundo, você se acostuma a se ver no papel de vítima, desamparada, passiva, sentindo-se a presa dos outros. Vale a pena esse sentimento vazio de superioridade moral que o faz ser visto dessa maneira?

O conselheiro pastoral David Norris diz o seguinte: “O perdão envolve um esvaziamento não só da energia negativa inerente à ofensa, mas também dos significados que damos a ela, como resultado dessa e de outras ofensas semelhantes pela vida afora”. A “energia negativa” a que Norris se refere é a sensação de amargura e ressentimento que carregamos conosco quando nos lembramos de como alguém nos magoou.

Quando tentei aconselhar uma divorciada que ainda fervia de raiva ao falar do marido que a deixara há anos por outra mulher, e que atrasava o pagamento da pensão das crianças, ela me perguntou, “Como pode pretender que eu lhe perdoe, depois de tudo o que ele fez a mim e às crianças?", eu lhe respondi: "Não estou pedindo que o perdoe por achar que o que ele fez não foi assim tão terrível; foi, sim, terrível. Estou sugerindo que você o perdoe porque ele não merece ter este poder de transformar você numa pessoa amarga e ressentida. Quando ele se foi, perdeu o direito de ocupar a sua vida e a sua mente da maneira como você está deixando que ele faça. Que você tenha raiva dele não incomoda a ele, mas fere a você. Está transformando-a em alguém que você não quer realmente ser. Afrouxe essa raiva, não por causa dele – provavelmente ele não o merece – mas por sua causa, de forma que você possa deixar emergir o seu verdadeiro eu”. E quando a energia negativa nos distancia de alguém com quem queremos estar juntos – um marido ou uma mulher, um irmão ou uma irmã, um amigo chegado que nos desapontou – é muito mais importante que aprendamos a descarregá-la.

Pelos “significados que a ela damos”, Norris se refere aos sentimentos de não valer nada, que nos vêm quando alguém que amamos nos maltratou ou nos deixou tristes. Essas ofensas nos tocam tão profundamente não apenas porque estão erradas intrínseca ou extrinsecamente, mas porque elas nos atingem onde somos mais vulneráveis. Tocam nosso medo de que, afinal de contas, não sejamos assim tão merecedores de amor. Quanto mais nutrirmos uma mágoa, nos dizendo: “Aquela pessoa não se importa com meus sentimentos”, mais repetimos a mensagem em nossa mente: “Meus sentimentos não devem ter importância”. Quando perdoamos, quando chegamos a encarar o que alguém nos fez não como resultado de maldade ou de pouco caso com nossos sentimentos, mas como o resultado da fraqueza, da impaciência e da imperfeição humanas, não apenas libertamos o outro do papel de vilão; nos libertamos do papel de vítima.

A colunista Linda Weltner, do Boston Globe, conta uma história ilustrativa. Ela recorda ter se sentado num parque para olhar as crianças brincando. Duas crianças começaram a discutir e uma disse à outra; “Eu te odeio, nunca mais vou brincar com você!” Por alguns minutos elas brincaram separadamente e logo estavam de volta, partilhando os brinquedos uma com a outra. A Sra. Weltner comentou com a outra mãe, “Como as crianças podem fazer isso? Como conseguem estar no auge da fúria uma com a outra num minuto e no minuto seguinte serem as melhores amigas?” A outra mãe responde, “É fácil: Elas preferem ser felizes a ter razão”.



Trecho do capítulo cinco do livro "O Quanto é Preciso ser Bom?" - Rabino Harold S. Kushner - págs 91, 92 e 93 - Editora Exodus

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Viva hoje e seja feliz!


“Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os exilados, que deportei de Jerusalém para a Babilônia: ‘Construam casas e habitem nelas; plantem jardins e comam de seus frutos. Casem-se e tenham filhos e filhas; escolham mulheres para casar-se com seus filhos e dêem as suas filhas em casamento, para que também tenham filhos e filhas. Multipliquem-se e não diminuam. Busquem a prosperidade da cidade para a qual eu os deportei e orem ao Senhor em favor dela, porque a prosperidade de vocês depende da prosperidade dela'.”Jeremias 29.4-7

Há tempos que o Senhor tem falado comigo através destes quatro versículos do livro de Jeremias, mas até então não tinha tido vontade de escrever (ando muito preguiçoso...).

Na verdade, está para se fazer três anos que estes versos se tornaram Palavra revelada em minha vida pois, até então, o tratava como a narrativa histórica à respeito do exílio o qual o povo de Israel fora levado até a Babilônia, por longos 70 anos, até que a Santa Ira (St. Anger, como diria o Metallica em disco homônimo) de Deus passasse (e não é bem assim, convenhamos...). Foi quando eu fui transferido de São Paulo, minha amada e querida megalópole, para esta cidade dita maravilhosa: O Rio de Janeiro.

Aqui, por muitas vezes, me sinto literalmente na Babilônia, no pior sentido. Ao entrar na cidade, você sente no ar o clima e os aromas de uma sexualidade estranha, meio perniciosa, tentando te envolver, te seduzir, te abraçar e levar para seu leito. Algumas vezes até no sentido literal. Outras, no sentido moral, espiritual. Mas este não é o enfoque que quero dar ao texto.

Minha intenção aqui é a de falar a respeito de um assunto que cabe a todos: As circunstâncias que nos cercam, as quais não decidimos consciente e livremente vivê-las.

São aquelas encruzilhadas, verdadeiras sinucas de bico que vez ou outra cruzam nossos caminhos, momentos nunca antes imaginados e que – como um pesadelo aparentemente interminável – aparecem em nossa frente, obrigando-nos a tomar decisões imediatas, visando solucionar aquele problema.

Isso me faz lembrar o relato que encontramos, entre outros textos bíblicos, no Evangelho de Marcos:

“Já era tarde e, por isso, os seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: "Este é um lugar deserto, e já é tarde. Manda embora o povo para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar algo para comer". Ele, porém, respondeu: "Dêem-lhes vocês algo para comer". Eles lhe disseram: "Isto exigiria duzentos denários! Devemos gastar tanto dinheiro em pão e dar-lhes de comer?" Perguntou ele: "Quantos pães vocês têm? Verifiquem". Quando ficaram sabendo, disseram: "Cinco pães e dois peixes". Então Jesus ordenou que fizessem todo o povo assentar-se em grupos na grama verde. Assim, eles se assentaram em grupos de cem e de cinqüenta. Tomando os cinco pães e os dois peixes e, olhando para o céu, deu graças e partiu os pães. Em seguida, entregou-os aos seus discípulos para que os servissem ao povo. E também dividiu os dois peixes entre todos eles. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. Os que comeram foram cinco mil homens.”Marcos 6.35-44

Associem agora as duas situações (ore se for necessário), separadas por muitos séculos, ao cerne do que intento falar: No dia de hoje, 17 de Agosto de 2011, 18:58hs, você está exatamente onde um dia você havia sonhado estar, fazendo exatamente o que você desejara fazer desde a mais tenra idade?

Respondo sem medo de errar: N-Ã-O!!!!!!!!!!!!!

O que você tem feito são pequenos remendos, procurando usar aquilo que você dispõe de imediato, “tirando água de pedra” (Moisés que o diga!!!), lutando desesperadamente para manter o mínimo de lucidez, amor, próprio, decência e felicidade. Esta última, teimosamente, aparentemente insiste em escorrer através dos dedos.

O que não atentamos, porém, é que o dia de hoje é o dia que o Senhor fez, não numa reducionista situação de subserviência, muito menos num estado de espírito muito bem descrito pelo Dr. Zeca Pagodinho (o que me faz lembrar da frase que diz: “até um relógio parado, duas vezes por dia, está certo”): “Deixa a vida me levar, vida leva eu, sou feliz e agradeço por tudo o que Deus me deu!”

O dia de hoje é o dia o qual estamos inseridos por nossas próprias decisões (ou falta DE). Neste dia, vemos que estamos possivelmente exilados, chorando com imensa saudade de nossa pátria (ahhhhh Sampa amada, só te valoriza quem mais não está ai!!!), vivendo uma vida revoltada, contando o tempo como aqueles que sabiam das profecias de Jeremias possivelmente o fizeram (“faltam 69 anos, 364 dias, oito horas e 12 minutos para eu meter o pé desta Babilônia!!!!") mas sem, contudo, parar para pensar nos dois pontos que utilizei para alicerçar este raciocínio:

1) EXÍLIO: Sim, porém tendo a ordem explícita de Deus para que aproveitássemos o máximo este período, casando, construindo casas, dando nossos filhos e filhas em casamento, sem murmurar quanto à situação em que vivemos. Não que Papai não se importe, mas Ele quer que aprendamos a valorizar cada momento de nossas vidas, mesmo exilados, sem fazer continhas de quanto tempo possivelmente ainda falta para que voltemos à nossa amada (porém utópica) situação inicial, que aparentava ser muito melhor que a atual. O problema foi que não soubemos dar o devido valor no tempo certo. Talvez hoje, caso você volte a ela, você não mais a reconheça. Como diz o ditado, atribuído a um filósofo qualquer: “Um homem nunca passa duas vezes pelo mesmo rio: Primeiro, porque suas águas serão outras; segundo, porquê ele próprio terá mudado". Isso automaticamente me remete ao filme “Sociedade dos Poetas Mortos” e sua célebre frase: CARPE DIEM!!!!!

2) CINCO PÃES E DOIS PEIXINHOS: No contexto apresentado no Evangelho de Marcos, cinco pães e dois peixinhos são tudo o que você dispõe no momento. Estes dois elementos representam suas necessidades imediatas de carboidratos e proteínas para te manter vivo por mais um dia. Se eles são escassos para todas as demandas que se interpõem seu caminho, saiba que serão suficientes para viver mais um dia, O DIA QUE O SENHOR FEZ. Entretanto, talvez você precise LITERALMENTE de um milagre, pois, com estes dois que você tem na mão, você terá que alimentar as multidões que te cercam! São as multidões de problemas financeiros, problemas relacionais, problemas das mais variadas formas de se manifestar em seu caminho. O quê fazer então? Simplesmente CREIA que TUDO ESTÁ NO CONTROLE DE DEUS. Esclarecendo mais uma vez: Não estamos nem somos sujeitos a um Deus que tem como prazer sádico FERRAR seus filhos. Falo, vivo e respiro o DEUS VERDADEIRO, tão caricaturizado através das religiões, mesmos as ditas "cristãs". Ele apenas É E ESTÁ PRESENTE. É o Emanuel, Deus conosco...

Com esta certeza, viva intensamente cada dia, usufrua de tudo o que você tem, mesmo que aparentemente seja pouco. O importante é ter a ciência de quê você está exatamente onde deveria estar, vivendo o que deveria viver. Que fique bem claro que isso não significa subserviência, possibilismo geográfico como aprendemos na escola nas aulas de geografia. Significa que você terá que rebolar para tirar a tal água de pedra, só isso...

Tendo esta firme convicção, saiba que você aprenderá a ser feliz com o dia de hoje e com o que você dispõe nas mãos. Com esta postura, saiba que se moverão céus e terra para que nunca te falte nada, principalmente a FELICIDADE!

Post Scriptum
: Escrevi isso precisando ouvir tudo isso. Papai falou comigo através de cada linha que Ele me inspirou escrever (me abana pois até perdi o fôlego!!!!).

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Para Deus tudo é possível?


"Porque para Deus nada é impossível". – Lucas 1:37

Você acredita que tudo é possível para Deus? Eu não creio desta forma. Posso talvez ser mal interpretado, mas em pelo menos uma situação Deus é impotente para agir, e dela falo abaixo.

Isso se dá pelo fato de Deus ser Amor. Seu amor o fragiliza, pois o amor só existe em liberdade. Deus pode nos amar e de fato nos ama, mas Ele pode nos obrigar a amá-lo?

Você conhece pessoas que ouvem a Verdade revelada nas Escrituras, é tocada profundamente pelo Espírito Santo, vão às lágrimas e se derretem toda, mas esta reação é apenas fruto de uma emoção passageira. Como aquela “semente que caiu sobre pedra e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade” (Lucas 8:6), vejo pessoas que caem na descrição que Jesus deu na parábola do semeador. Estas pessoas são aquelas que, “ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam” (Lucas 8:11).

Ouvem a Palavra, se alegram com ela, simpatizam com Jesus, acham-no “o cara”, um grande mestre, o espírito mais evoluído que já viveu entre os homens, um candidato ao prêmio Nobel da Paz... Acham-no tudo, menos que Ele é Senhor e Salvador.

O que Deus pode fazer com uma pessoa assim? O que nós podemos fazer com pessoas assim?

Temos por acaso como decidir por elas? Podemos obrigar alguém a fazer o bem, andar pelo Caminho correto, optar pela Vida? Como está escrito em Deuteronômio 30:15-20,

“Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal; Porquanto te ordeno hoje que ames ao Senhor teu Deus, que andes nos seus caminhos, e que guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, para que vivas, e te multipliques, e o Senhor teu Deus te abençoe na terra a qual entras a possuir. Porém se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido para te inclinares a outros deuses, e os servires, Então eu vos declaro hoje que, certamente, perecereis; não prolongareis os dias na terra a que vais, passando o Jordão, para que, entrando nela, a possuas; Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, Amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à sua voz, e achegando-te a ele; pois ele é a tua vida, e o prolongamento dos teus dias; para que fiques na terra que o Senhor jurou a teus pais, a Abraão, a Isaque, e a Jacó, que lhes havia de dar”.

Deus alerta, avisa, sinaliza, até mesmo ordena, faz quase tudo para que optem pela vida. Só que isso não é o suficiente, e Deus sabe disso. Como toda ordem, ela pode ser desobedecida. Ele não pode obrigar quem quer virar as costas a Ele que o ame. Se o fizesse, descaracterizaria Deus e Ele não seria mais quem Ele É. Isso a meu ver faz o coração de Deus sofrer, mas só desta forma Ele agiria em coerência com quem Ele É.

Isso é triste, mas o Amor é sofredor. Quem ama sofre. Como diria Raul Seixas em Medo da Chuva, “...hoje eu sei que ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez, uma vez”. Base bíblica há, como está escrito em 1Co:13:4-7: O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

Em suma: Deus “pode tudo mas não pode” devido ao Amor. Senão Ele não seria AMOR.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Tirem as garras da Amy...


"...Ao verem isso, os discípulos Tiago e João perguntaram: "Senhor, queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los?" Mas Jesus, voltando-se, os repreendeu, dizendo: "Vocês não sabem de que espécie de espírito vocês são, pois o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-los"Lucas 9.54-55

Me segurei até hoje mas resolvi escrever. Quase todo mundo evangélico pode falar mal da Amy Winehouse e eu vou me omitir?

Os novos porteiros do céu roubaram a chave de São Pedrão e passaram a agir como juízes daqueles que pecaram os “pecadões” imperdoáveis, como o da já saudosa Amy com seu estilo de vida “sex, drugs, drugs, more drugs & rock’n’roll” (no caso dela era soul) e afirmam categoricamente que a pobrezinha está assando no inferno junto com outros da safra dos 27.

Comentam a morte por overdose da linda menina criada por Deus (como a Dri definiu maravilhosamente em seu blog) como um exemplo do que pode acontecer com aqueles que não andam nos trilhos.

Para mim, a questão em pauta não é sobre “foi pro céu ou foi pro inferno?”, mas sim a respeito do prazer que sentem em ver uma pessoa da expressão da Amy morrer para poder justificar suas teorias a respeito de um deus (com “dê” minúsculo) que ama e protege os bonzinhos e ceifa a vida dos malvados.

Que prazer diabólico é esse? Parece que vivem à espera do próximo líder à “cair em pecado”, da próxima catástrofe natural num país considerado pagão para terem orgasmos espirituais!

Eu não faço parte desta banda podre que se considera cristã. Isso não é reflexo do Evangelho da Graça que eu conheci e que vivo. Isso é uma tremenda relação de causa x efeito pior do que as que os espíritas pregam, em suas mais variadas formas.

Não existem Graça nem perdão de pecados, somente a fúria de um deus transtornado e impotente, um deus que nunca seria capaz de perdoar o ladrão na cruz por medo de perder sua “otoridade” e o controle da situação.

Este povinho me faz lembrar a patifaria de Cam, filho (da p#!a) de Noé:

“Cam, pai de Canaã, viu a nudez do pai e foi contar aos dois irmãos que estavam do lado de fora. Mas Sem e Jafé pegaram a capa, levantaram-na sobre os ombros e, andando de costas para não verem a nudez do pai, cobriram-no. Quando Noé acordou do efeito do vinho e descobriu o que seu filho caçula lhe havia feito, disse: "Maldito seja Canaã! Escravo de escravos será para os seus irmãos". – Genesis 9.22-25

Conseguem traçar o paralelo entre o prazer dos religiosos com a morte de gente como Amy Winehouse, Janis Joplin, Jimi Hendrix e outros da “safra dos 27” e a postura covarde de Cam em relação à bebedeira e a nudez de Noé? São poucos os que teriam a decência de Sem e Jafé de cobrirem a nudez do pai, ocultando o estado deplorável que dizem que ele ficou após a suposta relação sexual que Cam teve com o pai bêbado.

Para mim é a mesma coisa. Eles querem ver a bagaça, precisam de carniça para se alimentar, lenha para jogar na fogueira. O problema é que a medida usada com os outros também será usada em seu próprio julgamento.

Eu temo, tremo e só lamento, como dizem por estas bandas...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ele é meu mas eu não sou dele...


“Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu”Eclesiastes 3.1

O prazer de um blogueiro como eu é sentar à frente do computador e despejar tudo o que passa em seu coração através do teclado, mas eu estava atravessado uma ressaca desgraçada que vinha se prolongando a níveis preocupantes e não estava nem um pouco a fim de escrever...

Insights de textos até surgiam em minha mente (alguns muito bons) mas não vinha tendo paciência em sentar e digitar. Talvez fosse pelo fato de estar no meio de uma crise de lombociatalgia, o que limita minhas resistências físicas em ficar sentado mais do quê 20 minutos à frente de um computador. Desde que esta bendita crise começou, já tomei 6 injeções e algumas dezenas de antiinflamatórios e analgésicos para minimizar minha dor, o que me deixa virtualmente chapado.

Por outro lado, estava realmente precisando de um break neste bendito vício de escrever. Por algumas vezes me vi na ânsia de sentar e escrever, como se estivesse preocupado no que meus possíveis leitores pensariam de mim caso não postasse algo...

...mas que pensamento idiota este! Antes de mais nada, escrevo para mim e não para os outros. Escrevo, pois sinto prazer em escrever e – se não estivesse sentindo este prazer – não haveria razão em fazê-lo. Escrevo para colocar da forma mais ordenada possível os pensamentos, sentimentos e percepções daquilo que se passa dentro de mim e ao meu redor.

Por estas razões, me abstive de escrever. Na verdade, nem acessar meu blog estava fazendo. Foi um processo interessante, uma desintoxicação, uma “desidolatrização”, uma prova a mim mesmo que eu não era escravo daquilo que eu criara.

Este é um exercício interessante de ser feito periodicamente, como se fosse um jejum para pequenas coisas que consumimos freqüentemente e que passam a consumir nosso direito de não querer consumi-las. Na verdade, tudo que se torna obrigação deixa de ser prazeroso e se torna um pequeno carrasco de nossa liberdade.

Agora estou melhor... Agora, mesmo com a dor nas costas, estou sentindo prazer em escrever. Aquele meu pequeno ex-senhor, meu próprio blog, não está controlando meu direito de não querer vê-lo por algum tempo. Por isso volto a ele, caminhando juntos por eu querer continuar com este que – pessoalmente – considerei quase que um ministério mas que, como todo ministério, estava deixando de se tornar algo feito por amor e estava passando a ser feito por obrigação quase que religiosa.

E religiosidade, na boa, não casa comigo...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres


"Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus. Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles". – Mateus 18.19-20

Mudam o picadeiro e os palhacinhos mas, infelizmente, o espetáculo é basicamente o mesmo...

Isso me deixa muito triste. Por mais que tente não falar deste assunto, me assusta a imensa dificuldade que muitos queridos irmãos em Cristo enfrentam ao se deparar com a liberdade oferecida pelo Senhor àqueles que O conhecem e O seguem. Por esta razão, insisto no mesmo.

Em meus 18 anos de Evangelho (pouco para alguns, muito para outros, apenas o início de uma caminhada Eterna para mim), demorei MUITO para aceitar o fato de que a verdadeira comunhão com meus irmãos não se dava efetivamente no templo, modelo não ensinado por Jesus, mas sim, copiado do sistema judaico.

Por qual razão é difícil aceitar que o simples compartilhar do pão e do vinho junto aos seus amados pode gerar mais cura, salvação e libertação do que estar perante o sacerdote, dentro de um templo onde ninguém se conhece realmente (raras exceções, claro...) e fingindo um amor e intimidade que – na prática – não existe?

Na verdade, não sou contra o templo nem ao sistema, desde que se consiga – dentro deste – estabelecer verdadeira comunhão entre os irmãos. O problema é que, por um lado, o sistema religioso aparenta incentivar a comunhão mas, na prática, incentiva que os irmãos foquem única e exclusivamente nos interesses da denominação e nos seus próprios, bem mais do que nos interesses do Reino de Deus aqui na Terra.

“Jurar é pecado” mas, apenas para me utilizar da força desta expressão, digo que JURO que tentei...

Tentei ser membro de várias denominações, tentei me enquadrar nas atividades das mesmas, tentei apenas acreditar que pelo simples fato de estar dentro da igreja e ter carteirinha de membro me faria melhor, tentei por duas vezes estudar Teologia, tentei ter boa relação com o pastor e freqüentar assiduamente os cultos, estudos, retiros, campanhas, vigílias & afins.

O problema é que isso não trouxe VIDA nem muito menos RELACIONAMENTO PESSOAL COM CRISTO!

Como escrevi anteriormente, sendo que isso foi o que me motivou a falar sobre este assunto novamente, tendo sido motivado pelo comentário de um querido “anônimo” (irmão anônimo, como isso funciona??????) no texto escrito em Maio deste ano, comunhão verdadeira, COMUNHÃO dentro da igreja (denominação, instituição humana, CNPJ, etc) simplesmente não existe!

Repito: Lógico que dentro deste estabelecimento podemos encontrar dois ou mais verdadeiramente interessados na implantação do Reino de Deus aqui na Terra. O grande problema é que os freqüentadores deste esquemão religioso estão interessados em – perdoe-me pela redundância – seus próprios interesses, na resolução de seus dilemas, conflitos e problemas pessoais.

Por outro lado, qual pastor realmente quer que suas ovelhas cresçam e se submetam ao verdadeiro PASTOR, aquele do Salmo 23? Faço a pergunta, aparentemente dizendo que não existem estes, mas sabendo que existem muitos! O problema é que estes não são bem vistos nem muito menos quistos por suas comunidades!!!

Para estes, como explicar que um “homem de Deus” incentive “suas ovelhas” a aprenderem a andar na Terra como Jesus incentivou ao dizer:

“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.”Mateus 10.16

Segundo este raciocínio estreito (não o de Cristo mas dos líderes) perderiam o controle sobre o rebanho, perderiam suas posições alcançadas dentro das igrejas e – conseqüentemente – seus cargos...

Poderia me estender mais nesta breve reflexão. O problema é que este assunto está longe de terminar e tenho que fazer alguma coisa para eu e minha mulher jantar.
Termino com este texto (que deveria ser mais claro que a neve!!!!!!!!!!)

“Dizia, pois, Jesus aos judeus que nele creram: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. Ora, o escravo não fica para sempre na casa; o filho fica para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres". – João 8.31-36

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Cada um com seu anel...


“Partiram, pois, os onze discípulos para a Galiléia, para o monte onde Jesus lhes designara. Quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto IDE, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”Mateus 28.16-20

“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.”Atos 1-8

Fiquei pensando qual versículo usaria como base para escrever este texto que há alguns dias veio à minha mente, mas ainda não tinha encontrado tempo e disposição para escrever. Hoje encontrei ambos...

Primeiramente veio o texto de Atos, acima. Em seguida, porém, veio o de Mateus, que se enquadra melhor na minha linha de raciocínio. Por dia das dúvidas, seguem os dois que – de certa forma – se completam.

O que gostaria de escrever é algo que vinha me entristecendo nas últimas semanas, mas que, com o passar do tempo, pude ver que era uma direção específica do Espírito Santo e não apenas força das circunstâncias pessoais de cada membro da “Liga da Justiça” ou, melhor dizendo, da “Sociedade do Anel”.

Para quem não teve o imenso prazer de ler a trilogia de “O Senhor dos Anéis” ou, ao menos, ter assistido aos filmes, segue um breve resumo do início de tudo:

Logo no início da saga temos Frodo Bolseiro, um pacato robbit, sobrinho de Bilbo Bolseiro e morador do Condado. Frodo foi comissionado pelo mago Gandalf, o Cinzento, a levar consigo o “Um Anel” (que por anos esteve em posse de seu tio) até as fornalhas da Montanha da Perdição para que este fosse destruído, por lá ter sido forjado.

Juntamente com Frodo, saiu em seu apoio Samwise Gamgee (Sam), seu jardineiro e melhor amigo. Durante a jornada, outros se uniram à missão, Meriadoc Brandebuque (Merry) e Peregrin Tûk (Pippin), Aragorn (um humano), Legolas (um elfo), Gimli (um anão), entre outros (caso queira saber mais sobre todos os personagens clique aqui).

Em meio a inúmeras aventuras e perigos pelo caminho pela Terra Média, por força das circunstâncias, eles se separam. Praticamente todos tinham em seus corações a mesma missão (Com exceção de Boromir, veja no link acima), mas tiveram que seguir cada um por seu caminho, encontrando-se futuramente para conclusão de várias etapas da missão.

É um resumo tosco (vai ler os livros ou ver os filmes!!!!!), mas o que quero dizer é que por um grande objetivo, vários se uniram para levá-lo a cabo. Com a caminhada e os obstáculos porém, cada um acabou tomando uma direção sem, contudo, perderem o foco desta “Uma Missão”.

Assim aconteceu comigo e com vários amigos blogueiros, todos cristãos, todos com praticamente a mesma visão do Reino de Deus, mas unidos pelo amor que só o Espírito de Deus coloca no coração de nós, tendo como objetivo maior testemunharmos as grandezas de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, longe do tacão da religião institucionalizada e denominada “evangélica”.

Creio firmemente que todos os que lêem o que estou escrevendo e são parte da “Sociedade do Anel” sabem do que estou falando. Dentro do peito de cada um bate um saudosismo, um vazio que incomoda, mas que - ao mesmo tempo - é consolado pelo fato de sabermos que todos estão basicamente bem, pois não se uniram por questão de fraquezas pessoais, por se utilizarem um ao outro como muletas espirituais: Nos unimos por amarmos nosso querido Jesus.

Sinto saudade de quando tinha mais tempo para fuçar no blog de cada um deles, quando eles tinham tempo para fazer o mesmo em meu blog, quando alinhavávamos estratégias para ganharmos pessoas para o Reino de Deus através do Amor, transbordante em nossas palavras escritas. Por outro lado sei que, assim como na Trilogia de O Senhor dos Anéis, temos uma missão muito maior.

Este conforto, este aconchego de estarmos juntos - mesmo que virtualmente – e “perdido” na da jornada através da Terra Média, será em breve recompensado. Estamos unidos na mesma missão, "cada um com seu anel"... rsrs

Amo todos vocês!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Que porcaria de "crente" é você?

Repostagem "revista e atualizada" - 11 de fevereiro de 2010

Em minha vida e na vida de inúmeros irmãos em Cristo tenho visto certo paradoxo ligado aos nossos estilos de vida, aos nossos usos e costumes particulares em relação ao que vemos e ouvimos como sendo o padrão para ser considerado um verdadeiro cristão.

Vemos testemunhos ‘maravilhosos’ de pessoas que dormiram verdadeiros 'bandidos safados sem vergonhas' e acordaram santos prontos a serem canonizados. Irmãos que não assistem televisão, não torcem por nenhum time, não bebem, não fumam, não olham pro lado, não se iram, dão a outra face para tudo, numa santidade irritante, humanamente impossível de ser alcançada por um reles comedor de feijão.

Estas 'quartas pessoas da Trindade’ dentro de nossas igrejas nos fazem sentir que há algo errado em nossa caminhada com Cristo. Qual a razão de não alcançarmos este ‘nirvana’ cristão? Será que somos os piores dos pecadores e estamos na igreja fazendo parte do joio que cresce no meio do trigo? Você já teve este tipo de questionamento em seu coração?

Quantas vezes você se prostrou com rosto em terra pedindo a Deus que, em Nome de Jesus, você não sentisse mais vontade de assistir novela e se pegou de plantão em frente à telinha para ver o próximo capítulo? Para mim este é fácil, não assisto mesmo porque não gosto, mas imagine como é frustrante você professar sua fé e não conseguir alcançar os elevados patamares dos ‘santos’ que sentam ao seu lado na igreja!

Que fique bem claro: Não me refiro aqui a pecados morais como adultério, prostituição, roubo, homicídio ou outra coisa notoriamente errada, os considerados 'pecados morais'. Digo as pequenas coisas que você não consegue se privar apenas para se encaixar na moldura do que é considerado um 'ser evangélico' (e-ca), ou 'gospel way of life'.

Quem não vive isso em pelo menos uma área de sua vida? Quem não está vivendo isso exatamente agora, desde que se converteu, e não consegue ver nenhuma perspectiva de mudança em sua vida? Qual a razão deste abismo entre o que almejamos ser e o que somos realmente?

Falta de fé?
Carnalidade?
Fraqueza moral?
Falta de jejum e oração?

Não! Protesto! Não é isso!

Quantas vezes já orei, jejuei, fiz votos com toda a sinceridade de meu coração e simplesmente não consegui cumprir? Será que sou o único? Já meti a cara no pó, chorei e clamei a Deus para que ele ‘fizesse a obra’ mas, em resposta, apenas o silêncio divino. Será que Deus não está nem aí para mim ou Ele na verdade tem outra visão da situação?

É difícil admitir, mas também libertador. Pare para pensar comigo: Você crê em Jesus como seu Senhor e Salvador. Anda com Ele, reconhece Sua voz, sabe que é salvo, é batizado MAS (maldito masssssss) sente todas estas dúvidas em relação ao que você é versus o que você gostaria de ser. Não há algo aí que não encaixa? Será que o que você está pedindo para Deus realmente vai ser útil a Ele ou você o pede apenas para ser aceito por homens?

Será que se você parar hoje de beber não vai te transformar num religioso arrogante? Será que se você conseguir parar de fumar hoje não vai fazer com que você se torne um intolerante em relação aos ‘fracos’ e sem vontade própria? Será que se você conseguir viver de acordo com o ‘catecismo’ de sua igreja não vai fazer de você um legalista?

Abaixe suas armas. Jogue as pedras no chão. Pare e pense. Reconheça que Deus é soberano, viu e ouviu suas orações, reconheceu a sinceridade de suas intenções mas simplesmente não fez NADA pois, se o fizesse, você não seria mais útil em Sua soberana vontade!

É difícil de aceitar isso mas é muito bom. Queremos ser ‘perfeitos’. Não queremos ser mal vistos e mal entendidos. Precisamos ser aceitos pela irmandade. Não queremos viver nos escondendo dos irmãos na hora de tomar uma cervejinha. Morreremos de vergonha se o pastor nos encontrar na praia dentro daquele biquinizinho (falo isso pelas irmãs). Mas é isso o que Deus quer?

Como diz nosso brother Paulo em sua carta aos irmãos da Galácia, por que começamos tão bem no Espírito mas, depois de um certo tempo de caminhada, começamos a nos aperfeiçoar nas obras da carne? Pare mais uma vez para pensar! Lembre-se de quando você se converteu e mergulhe naquele primeiro amor maravilhoso, que simplesmente te aceitava como você era! É difícil crer que Deus te aceita como você é?

CLARO que mudanças haverão. Mas não no nosso tempo! A passagem das águas que brotam do trono de Deus em nossas vidas nos purificarão a cada dia, mas não de uma vez! Deus respeita nossas limitações. Ele não derruba a casa e constrói outra irreconhecível em seu lugar de uma hora para outra. Deus não seria digno de ser amado se assim agisse. Não havería opção de não amá-lo! Não teríamos que dia a dia nos negar, tomar nossas cruzes para seguí-lo. Seríamos coagidos. Um monte de gente no Céu, muito a contra-gosto, mas fazendo a única coisa que faria sentido para não sermos eliminados por Ele. MAS... GLÓRIA A DEUS que não é assim, e por isso eu sou loucamente apaixonado por Ele!

Ele faz um constante processo de reforma, que é incômodo, longo e irritante (mas necessário). Vemos algumas mudanças aqui, outras ali, mas todas lentas ao nosso entendimento limitado.

Lembra de quando Deus deu a terra prometida ao povo judeu mas disse que não iria eliminar todos os habitantes da terra de uma vez? Como está escrito em Êxodo 23:27-30: “Enviarei o meu terror adiante de ti, pondo em confusão todo povo em cujas terras entrares, e farei que todos os teus inimigos te voltem as costas. Também enviarei na tua frente vespas, que expulsarão de diante de ti os heveus, os cananeus e os heteus. NÃO OS EXPULSAREI NUM SÓ ANO, PARA QUE A TERRA NÃO SE TORNE EM DESERTO E AS FERAS DOS CAMPOS NÃO SE MULTIPLIQUEM CONTRA TI. POUCO A POUCO OS LANÇAREI DE DIANTE TE DE TI, ATÉ TE MULTIPLIQUES E POSSUAS A TERRA POR HERANÇA”.

Um processo progressivo, lento, até que nossa natureza humana suporte toda a grandeza da natureza divina em nós. Será que estou errado? Creio que não.

Termino com Paulo:

“E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte demais; acerca do qual três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim; e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte”. – 2Co 12:7-10

Todo mundo especula sobre o que era o espinho na carne de Paulo, mas uma coisa eu tenho certeza: CADA UM TEM O SEU. E há um agravante. Esta porcaria de ‘defeito de fábrica’ é um MENSAGEIRO DE SATANÁS. Qual a razão disso? SE o espinho fosse algo ‘de Deus’, seria fácil aceitar. Mas ele é algo totalmente contra o que consideramos justo, certo ou aceitável. Ele nos machuca por isso! E por que Deus não o tira, deixando-nos ser torturados dia e noite com a dor, a vergonha, a consciência?

"Simples meu filho...", responderá o Senhor:

“...a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.


Post Scriptum: Ao reler este texto hoje, 21 de Junho de 2011, vejo que TUDO o que está escrito nos Evangelhos possuem uma "essência" tão intensa (me faltam palavras...) que somente apontam para uma direção, como podemos ter um vislumbre no Sermão do Monte, por exemplo:

"Vocês ouviram o que foi dito: 'Não adulterarás' Mas eu lhes digo: Qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração." - Mateus 5:27-28

E que raio de essência é esta???????????

Quem olha para alguém que o atrai e não sente alguma "coisinha" diferente? E olha que estou sendo politicamente correto, pois iria dizer alguém do sexo oposto, o quê - infelizmente - não se enquadra na atual realidade "pós MP 122"...

O que quero dizer é que Jesus nos pede coisas aparentemente impossíveis, mas não para nós não conseguirmos cumprir e sermos então lançados no inferno, mas sim que - obviamente - não consigamos cumprir e nos voltemos à ELE e peçamos perdão por nossos pecados.

É ISSO O QUE ELE QUER
!!!! Esta é a essência das aparentemente impossíveis leis e cobranças que estamos a anos-luz de cumprirmos!

Se não fosse isso, por qual razão Jesus diria em resposta aos que o questionaram sobre...

"Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?" Respondeu Jesus: " 'Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento' Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como a si mesmo' Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas." - Mateus 22.36-40

Que o Espírito Santo de Deus lhes abra o entendimento quanto a isso tudo e - como diria o "Bilú" e Tiago 1.4, vocês busquem o "conhecimento"!!!!!!!!!!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Está acontecendo algo...



“Então, ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e o poder, e o reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo; porque já foi lançado fora o acusador de nossos irmãos, o qual diante do nosso Deus os acusava dia e noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte. Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Mas ai da terra e do mar! porque o Diabo desceu a vós com grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta.”Apocalipse 12.10-12

Tenho certeza absoluta que não sou só eu que está sentindo que neste momento específico da história da humanidade está havendo um alvoroço no mundo espiritual. A coisa está tomando um rumo tão "extra-ordinário" que por vezes me sinto personagem do filme Constantine.

Pequenos detalhes, que se forem analisados individualmente podem ser considerados como mera coincidência, estão acontecendo em grande escala não só ao meu redor, mas também na vida de diversas pessoas que eu conheço. Aquela sensação de “1 + 1 = 3” está demais. De fenômenos físicos a pequenas sutilezas espirituais, um monte de situações está tomando vulto.

Como costumo dizer, parece até que dá para sentir o cheirinho de enxofre no ar. Se você ficar atento, não só o cheiro irá impregnar suas narinas, mas também passará a ver e ouvir certas coisas estranhas acontecendo.

Estou falando sobre isso de maneira aparentemente superficial, mas quem tem o Espírito sabe o que quero dizer. Existe uma opressão no ar. Parece que às vezes você quase chega a ouvir risadinhas pelos cantos, correria de alguém tentando se esconder, a respiração nauseabunda de um ou outro bem próximo a você.

Já vivi algo parecido antes, logo que me converti. Só que agora está algo praticamente tangível, mensurável.

Sábado a noite por exemplo, estava em casa assistindo o Caio Fábio no Vem e Vê TV e estavam debatendo sobre este tipo de fenômeno paranormal. Na verdade foi aí que eu consegui juntar as pecinhas do quebra-cabeças que estavam faltando.

Quando acabou o programa (acho que era o Papo de Graça), chamei minha mulher e ambos nos ajoelhamos na sala. Começamos a orar e, neste momento, parece que uma venda caiu de meus olhos. O Espírito de Deus deu direções muito especificas sobre quais assuntos deveriam ser mencionados em nossa oração. Realmente estava acontecendo coisas estranhas.

Por falar em estranheza, o que tem diferenciado este momento de outros que já notei este tipo de coisa acontecer está sendo o fato de antes o inimigo de nossas almas ser um pouco mais discreto, só que agora não. Parece que o que o imundo e seus asseclas estão fazendo ou prestes a fazer é tão urgente que já não fazem questão de não serem notados.

Para ilustrar, imagine alguém entrando ou saindo de seu prédio com uma sacola nas mãos. Parece algo normal, algum morador que você não conhece ou algum entregador levando algo para um apartamento específico. No caso, a sensação que tenho é a de quê alguém está de mudança, carregando um monte de coisas ao mesmo tempo juntamente com vários ajudantes, sem fazerem questão de respeitar a lei do silêncio.

Esbarram em você e nem se dão conta do que fizeram, pois o que eles estão fazendo é algo tão importante e urgente que parece não importar se esbarrou ou não, se você os viu ou não, de tão entretidos que estão em suas atividades. Parece que eles tem um prazo a cumprir e estão atrasados.

Acho que isso define bem o que estou notando.Quanto a isso tudo, creio que o mais importante que estou fazendo e todos devam fazer baseia-se nas seguintes passagens bíblicas:

“E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e nele não há trevas nenhuma. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade; mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado.”
1 João 1.5-7

E também:

“Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós.”Tiago 4.7

Take care...