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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ensinando a jogar


"Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas..."João 14.12a

Adoro jogar xadrez. Aprendi na época que cursava o colegial no Alberto Conte. Matávamos aula para jogar ping pong e xadrez, sempre com a estimada professora de matemática - a dona Odete - em nossa bota, repetindo sua célebre frase “são sempre os meeeeeeeeesmos, não prestam atenção na aula e vão fazer o primeiro ano diiiiiiii noooooooovooooooo...” (A Odete era uma peça rara, parecia com a Roz, aquela lesma do desenho Monstros S/A, tadinha...).

Não me lembro ao certo quem me ensinou. Acho que foi o Cássio ou o Teles. Só sei que logo de cara os professores de xadrez te “batizam” dando o famigerado “pastorzinho”, aquela jogada que – com apenas três movimentos de peças – acaba num cheque-mate. Só quem leva pastorzinho sabe quanto é humilhante. Anyway, faz parte do processo de aprendizado.

A medida que você vai deixando de ser um mero mexedor de peças e passa a desenvolver estratégias, seu professor começa a se orgulhar de você, até o momento que você pega ele no contrapé e ganha uma partida. Que momento glorioso! Ganhar do seu professor tem um sabor especial. O problema é que alguns professores de xadrez ficam transtornados por perderem para seu pupilo.

Eu não penso assim. Sinto-me orgulhoso em ver que a pessoa que eu ensinei jogar aprendeu até onde eu pude ensinar e passou a desenvolver suas próprias estratégias. Me considero um bom professor pelo fato de não ser como o gato daquela historinha que rolou entre ele e a dona onça, que pediu para o gato ensinar os pulos que ele conhecia.

Achando que já tinha aprendido todos os truques do gato, a dona onça, toda matreira, tentou pegá-lo desprevenido e saltou sobre ele na trairagem. O gato não se deu por surpreso e deu um salto diferente de todos os que havia ensinado pra dona onça e se safou, deixando a traidora perplexa. Revoltada, ela disse ao gato:

“Poxa gato, pensei que você tinha me ensinado todos os saltos que você conhecia, mas vejo que você escondeu um de mim!" (qualquer semelhança com Dalila é mera coincidência...)

O gato, com um sorrisinho nos lábios, respondeu:

“Dona onça, a senhora acha que eu iria ensinar o salto que eu uso para me defender de animais traiçoeiros como você?”

Pois é. Não sou assim. Sinto orgulho de ensinar tudo que eu sei e ver que a pessoa me superou. Acredito que isso acontece por eu não me prender a ensinar o que sei propriamente dito, mas de ensinar a pessoa a pensar em como agir (tipo aquele lance de dar o peixe versus ensinar a pescar). E o xadrez é incrível por não se limitar a um tabuleiro com algumas pecinhas de cores diferentes. Ele desenvolve toda uma linha de raciocínio que é utilizada nas mais diferentes áreas de nossas vidas.

A todo momento me pego pensando: “Se eu fizer tal coisa, possivelmente outra coisa assim irá acontecer, então eu devo fazer assado e não assim”.

Bem, to viajando na batatinha, mas como sou meio besta to compartilhando com vocês este momento lindo...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Discernimento


“Mas quando os prenderem, não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizê-lo. Naquela hora lhes será dado o que dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de vocês”. – Mateus 10.19-20

“Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade”
. – 2 Timóteo 2.15

(Desde já direi que estou tirando dois textos de seu contextos diretos e fazendo uma gororoba doida, pois eles são aparentemente antagônicos entre si. Só quero que entendam que não viso utilizá-los como pretexto para criação de alguma doutrina sem pé nem cabeça.)

Vou escrever sobre algo que desde muito tempo atrás eu notei nas (diversas) denominações que passei: O pastor deve preparar ou não sua mensagem com antecedência?

Minhas ponderações poderão soar meio simplistas mas – à grosso modo – se costuma dizer que os cristãos mais “espirituais”, “pentecostais” (sou ambos, sem estar nos extremos!) defendem que o pastor não pode preparar sua mensagem com antecedência pelo fato dele não saber quem estará na igreja na hora em que ele estará ministrando a palavra.

Isso se deve ao fato de que o pastor poderá estar pregando e, num determinado momento do culto, alguém em especial estará precisando de uma palavra específica para sua realidade. Com a mensagem pronta, o pregador estará engessado e não terá esta espontaneidade em dar uma guinada no que ele estava pregando para atender esta necessidade específica.

Por muitos anos acreditei piamente desta forma, até o dia em que comecei a notar que certos pastores ("pentecostais" como o Gondim ou "tradicionais" como o Pedrão), traziam o esboço de sua mensagem pronta e começava a despejar fogo do céu na minha cabeça ou na cabeça de algum visitante que estivesse pela primeira vez na igreja. Cansei de ver isso acontecer e ficava intrigado com aquilo.

Oras, se a mensagem estava pronta desde a quarta-feira para ser pregada no domingo e eu convidei uma pessoa para ir à igreja na quinta, como aquilo poderia acontecer?

Passaram-se os anos, vi e vivi muita coisa desde que iniciei minha caminhada com Cristo e comecei a entender o que se passava. Na verdade é algo tão simples que pode soar ridículo, mas estou a fim de escrever sobre isso desde a mensagem de domingo passado na CBRio, ministrada pelo Pr. Pedrão. Para isso, se faz necessário que eu conte o que aconteceu na véspera do Natal.

Um casal muito amigo nosso aqui do RJ ficou muito triste com nossa mudança de apartamento. Éramos vizinhos de porta no antigo prédio em que morávamos e estávamos alguns dias sem nos ver desde a mudança. No dia 24 pela manhã, mesmo sem estar com muita grana no bolso, resolvemos comprar uma pequena lembrança para eles para que a data não passasse despercebida.

Após embrulharmos os dois presentes, ligamos para eles para combinarmos de ir a seu apartamento. Eles estavam fazendo compras e disseram que nos ligariam assim que chegassem em casa. Ao chegarem, ligaram chamando a gente para passarmos o Natal na casa do irmão de nossa amiga, homem super influente e bem relacionado com a nata da sociedade carioca. Já o conhecia, mas este tipo de situação não me atrai. Como a Cilene que tinha atendido o telefone e já tinha falado com ela por alguns minutos antes de me passar, peguei o bonde andando, com as mãos sujas do rango que estava preparando.

Ao atender ao telefone (estava preparando nossa “ceia”: batatas assadas recheadas; depois passo a receita), fui intimado a ir com eles. A fim de ir eu não estava mas pensei que a Cil tinha acertado tudo. Concordei e devolvi o telefone, à esta altura todo sujo de bacon das minhas mãos. Elas conversaram mais alguns minutos e desligaram. Ao desligar, a Cilene me disse: “amor, amanhã eu estou de plantão no hospital, tenho que acordar às 5:30h! Não dá para ir, por quê você disse que iríamos?”

Adoro quando isso acontece: Literalmente “telefone sem fio”. Disse que tinha entendido que ela já tinha acertado de ir ao jantar hiper-mega-blaster sofisticado e por esta razão concordei em ir. Depois de “conversarmos” a respeito, decidimos voltar atrás e dizer que não iríamos. Pegamos imediatamente os presentes e fomos à casa deles antes do horário que passariam em nossa casa (sou estrategista, li muitas vezes “A Arte da Guerra”, risos...) para pegarmos eles antes de criarem mais expectativas.

O que não esperava é que eles tiveram o mesmo “feeling” e estavam vindo para nossa casa! Nos encontramos literalmente no meio do caminho e decidimos voltar ao nosso apartamento. Conversamos, demos risada, tomamos vinho e, às 22:30h, eles falaram: “Vão trocar de roupa!”. O grosso que aqui vos fala disse: “Gente, desculpe mas nós não vamos, a Cilene trabalha amanhã de manhã”.

Eles ficaram de queixo caído. Eu sou f%$#@! cara, quando digo não é NÃO. Expliquei o desencontro de informações, o problema da Cilene ter que acordar cedo mas eles (na verdade ELE, o marido dela quem insistia mais) estavam batendo forte e colocado para irmos na festa. Disse que o prefeito estaria lá, disse que a varanda do cara era gigantesca, que seria isso, aquilo e aquilo outro e eu simplesmente dizia: “Não dá gente, não vamos...”

Um determinado momento ele começou a falar: “João, este apartamento que você alugou não vai cair (no Recreio muitas obras não são legalizadas, depois explico), já falei com conhecidos na prefeitura e ela está legalizada. O Eduardo Paes vai estar lá, vamos pegar por escrito dele que este prédio não vai cair. Vou vender um apartamento meu e vou comprar este apartamento para você de presente! ” Nesta hora caiu a ficha e fui mais enfático: “Cara (estou evitando escrever o nome dele), nós não vamos, não dá..”

Ele mudou a estratégia e começou a falar: “João, era para estarmos lá desde as 22 mas viemos aqui para levar vocês. Vocês vão!”

À medida que ele “argumentava” eu discernia algo maior e mais pesado no ar. Convencido de que aquela não era a vontade de Deus (peguei pesado né?) disse: “Cara, não faz isso, não insista mais. Agradeço o convite mas não podemos aceitar. A Cilene tem compromisso amanhã.”

Peguei os dois presentes e dei a eles. Ele disse que nem ia abrir o presente. Estava transtornado. Fiquei muito, MUITO triste com a postura que este meu amigo teve. Quando saíram, senti que havia sido travada uma batalha e que Deus tinha nos dado vitória. Estava arrepiado e aliviado, apesar de emocionalmente arrasado.

Subimos ao nosso apartamento. Peguei uma taça de vinho, fui até a cozinha e acabei de preparar nossa modesta e deliciosa ceia de Natal. Coloquei a mesa na varanda, acendemos uma vela (que há mais de dois anos esperava um momento especial para ser acesa, tadinha...), pegamos nossas taças e brindamos. Como sempre costumo fazer, SEMPRE que brindo com vinho parafraseio o que nos foi ensinado pelo Senhor: “Em memória de Jesus, até que Ele venha” (aprendam com o pastor João, risos...).

Comecei a chorar. A presença de Deus era muito forte. Critiquem-me a vontade, mas ficou claro para mim que tínhamos acabado de receber um livramento de Deus. O que iria acontecer exatamente eu não sei, só sei que era para estar só eu e minha pretinha na varanda virando o dia 24 para o dia 25 de Dezembro de 2010 a sós com Ele.

Meu amigo não se deu conta, mas agiu exatamente como o diabo que Paulo Coelho diz ter encontrado no Caminho de Santiago de Compostela na forma de um menino que se apresentou pedindo para ele devolver sua bola. No início pediu, depois chorou, ao final ameaçou (costumo dizer que até um relógio parado duas vezes por dia está certo, aliado ao “provai de tudo, retém o que é bom” das Escrituras).

Caramba! Dei a volta ao mundo com o que aconteceu só para concluir com meu raciocínio inicial: Isso aconteceu na véspera do Natal, sexta feira. Domingo, estava na CBRio e o Pedrão pregou muito. Nem lembro de tudo o que ele falou, mas uma coisa marcou profundamente meu espírito. Ele disse:

“Em 2011, de todos os dons que o Espírito pode nos presentear, peço à Deus que Ele conceda a todos nós o DISCERNIMENTO. Que ouçamos alguém falar conosco e, no mesmo momento, possamos dizer para nós mesmos: Não, isso não vem de Deus, não é Ele que está falando comigo...”


Mensagem preparada com antecedência (o Pedrão manda email com os títulos das mensagens que serão pregadas antes de chegar o fim de semana), falando de algo que aconteceu depois que ele as preparou. Pedrão, Batista até os ossos, não pentecostal...

O que quero dizer com isso? Simplesmente que o homem finito e limitado prepara sua mensagem, mas quem o influencia é o Espírito Santo de Deus. Por acaso, Ele é eterno e já sabe o quê falar para quem Ele já sabe que estará na igreja naquele dia.

É assim que eu creio.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Só sabe o quanto está limpo quem viu sujo no começo...


Desde o dia 3 de Dezembro ando numa correria louca. Cansado, irritado, correndo atrás de vários detalhes para que chegasse o Natal e o apartamento que acabei de mudar estivesse brilhando. Ele é de primeira locação, com uma varanda gigantesca. Dá até para colocar todos os parentes que virão passar o final de ano conosco dormindo lá, pois tem mais espaço na varanda do que em meu quarto!

Só que não foi tão fácil deixar as coisas do jeito que eu gosto. Pense em um cara chato e detalhista. Multiplique por 10. O resultado deve chegar próximo do meu nível de exigência em relação às coisas que estão sob meus cuidados.

Havia muitos resíduos da obra. Restos de cimento, rejunte de azulejo e tinta espalhados por todas as paredes com azulejos e nos pisos. Como tive que mudar algumas horas após pegar as chaves, não houve como fazer A FAXINA antes de começar a descarregar a mudança. Tive que ir limpando cada pedacinho do apartamento à medida que avançava com a instalação dos móveis e acessórios.

O problema era a minha angústia em acabar tudo de uma vez. Gosto de pegar o touro pelo chifre, mas não tinha condições físicas nem muito menos tempo disponível para acabar a faxina em apenas um dia. Cada centímetro limpo praticamente “na unha” era um pequeno avanço que ia me satisfazendo aos poucos. Munido de um balde com água sanitária, “Veja”, uma esponja e um pedaço de plástico que encontrei no meio de minhas tralhas e que servia de espátula (tenho espátula de metal, mas arranhava todo material cerâmico...), fui limpando parte do banheiro até que instalassem o box (que foi outra novela). Após retirarem o aquecedor a gás da área de serviço (a pedido meu) e arrumarem o buraco que ficou no gesso fui limpando parte da cozinha. Cada dia livre pegava um cômodo e passava o dia inteiro limpando cada detalhezinho que para muitos passariam despercebidos, mas que não estavam como eu gostaria que ficassem.

À medida que avançava, falava para minha mulher: “Olha amor como ficou limpo aqui!” Ela, que estava desde o início da mudança com o apartamento em estado caótico, sabia valorizar cada metro quadrado que passava a brilhar. Com isso, comecei a dizer para mim mesmo: “Só sabe o quanto está limpo que viu sujo no começo”. Esta frase passou a ser o troféu de cada dia. Olhava para o cômodo limpinho e pensava: “Caramba, quem ver isso aqui assim não vai dar a importância devida, pois quem limpou para ficar assim foi eu”.

Este conceito do “só sabe o quanto está limpo quem viu sujo” cabe para avaliar os seres humanos que encontramos no cotidiano. Eu por exemplo... Antes de minha conversão era um “vida torta” total. Não merecia nem estar vivo! (Caso queira saber um pouco de minha conversão entre no texto Meus 16 anos de vida). Quem olhava para mim torcia o nariz. Era para muitos um caso perdido. Um dia porém, fui tocado pelo Espírito Santo e convencido que deveria me arrepender dos meus maus caminhos. Busquei a Jesus e o encontrei.

Ele, tadinho, pegou o jovem que aqui vos escreve, trouxe seu balde com água sanitária e Veja, sentou-se no chão e passou desde então a limpar cada centímetro quadrado de minha vida. Tenho certeza que Ele gostaria de acabar logo a faxina, mas agradeço a Ele por saber que não agüentaria a limpeza de uma vez. Muita coisa já está estabelecida e tirá-las de uma vez para deixar a casa do jeito que Ele espera que fiquemos nos descaracterizaria. Cada pedacinho de minha vida que precisa ser limpo vem sendo trabalhado pacientemente pelo Senhor. Quem olha para mim hoje talvez não note o quanto Ele já avançou em sua obra. Só eu e Ele é que sabemos o quanto já está limpo, pois estava bem sujo, praticamente imprestável.

“Contudo, convertendo-se um deles ao Senhor, é-lhe tirado o véu. Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor".
2Coríntios 3.16-18

Este texto resume o que quero dizer. A faxina em minha e em sua vida está em pleno andamento. Somos transformados a cada dia em algo melhor por estarmos trilhando nos caminhos de Jesus. Isso é praticamente imperceptível, mas Ele começou a boa obra em nós e vai deixar brilhando...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Zé-povinho e o filho da dona Maria



Quando o filho da dona Maria acabou de passar a fita do que ia rolar para os manos, depois de saírem da quebrada e começassem a falar a real na pista, saiu fora do Capão Redondo e foi trocar uma idéia forte com os manos do Jardim Ângela.

Quando Joãozinho BT, que tava preso no 102º DP de Capão Redondo por ter falado umas verdades para o sub prefeito de Santo Amaro, recebeu a letra do que o filho da dona Maria estava fazendo na quebrada, pediu para os manos que foram visitá-lo sábado de manhã que perguntasse pra ele: “E ai mano, tu é o cara mesmo ou a gente vai ter que esperar outro truta colar na fita pra dar um alívio pra gente?”

O filho da dona Maria devolveu de primeira: “Volta lá e fala pro truta as paradas que tão rolando aqui na quebrada: O pessoal está abrindo o olho, não está tropeçando por aí. Os que estavam bichados estão ficando à pampa, quem não estava ouvindo o que a gente dizia está se ligando no esquema. Até aqueles manos que estavam quase mortos, com os dias contados, estão nascendo de novo e – melhor de tudo: Todo o povo da periferia está se ligando que nosso papo é reto! E é bom para quem ouvir se ligar que eu sou o cara!"

Quando eles deram linha na pipa, o filho da dona Maria chamou a galera na chincha a respeito do Joãozinho. “Vocês saíram de suas gomas pra ver o que aqui? Fala ai! Vieram ver um playboy? Playboy vocês só vão ver lá nos Jardins! Fala ai mano!!! Vieram aqui pra ver um MC cantar Rap? Pois ele é muito mais que um MC! Tá ligado naquela parada que picharam na entrada da favela que dizia: “Se liga ai mano! To mandando na frente um truta que vai deixar adiantar minha parada?” Se liga então Zé-povinho! Dessa galera aí que nasceu da mulherada por aqui, ninguém foi mais cabuloso que o Joãozinho BT, mas mesmo assim ele ainda é café pequeno perto da galera lá de cima"!

“Desde mili duk, quando Joãozinho BT ainda tava na área até agora, pra poder subir só se fosse na porrada, e eram só os alemães que tinham a moral. Pois todos os MC’s deram a letra até o João. E, se vocês querem se ligar no movimento, era ele mesmo o Aderbal que falaram que iria colar na goma. Se quiser se ligar se liga na parada!”

"Olha a cara de vocês! Cambada de Zé-povinho! Vocês são do mesmo naipe da molecada que fica de bobeira o dia inteiro na porta do colégio e aloprando quem passa na rua: “Pô cara, tocâmos pagode e vocês não dançaram, falamos a fita sinistra que rolou ano passado e vocês nem se ligaram! Nesta veio Joãozinho BT, que só comia mata boy e não parava no boteco pra tomar uns gorós e vocês falaram que ele era doidão. Veio eu aqui, o filho da dona Maria, que batia uma chepa legal e tomava breja com a galera e vocês vem querer queimar minha fita dizendo: “Ó lá o draga, cachaceiro que só anda com tranqueira"!

Aê Zé-povinho, fica na moral: A gente tá ligado no movimento e nossa fita tá limpa!


Bíblia dos Manos, Mateus 11.1-19

Obedecer (esperar) ou sacrificar (fazer do meu jeito)?

(Disse Samuel a Saul): "Vá na minha frente até Gilgal. Depois eu irei também, para oferecer holocaustos e sacrifícios de comunhão mas você deve esperar sete dias, até que eu chegue e lhe diga o que fazer". (...) “Os filisteus reuniram-se para lutar contra Israel, com três mil carros de guerra, seis mil condutores de carros e tantos soldados quanto a areia da praia. Eles foram a Micmás, a leste de Bete-Áven e lá acamparam. Quando os soldados de Israel viram que a situação era difícil e que o seu exército estava sendo muito pressionado, esconderam-se em cavernas e buracos, entre as rochas e em poços e cisternas. Alguns hebreus até atravessaram o Jordão para chegar à terra de Gade e de Gileade. Saul ficou em Gilgal, e os soldados que estavam com ele tremiam de medo. Ele esperou sete dias, o prazo estabelecido por Samuel; mas este não chegou a Gilgal, e os soldados de Saul começaram a se dispersar. E ele ordenou: "Tragam-me o holocausto e os sacrifícios de comunhão”. Saul então ofereceu o holocausto; quando terminou de oferecê-lo, Samuel chegou, e Saul foi saudá-lo. Perguntou-lhe Samuel: "O que você fez?" Saul respondeu: "Quando vi que os soldados estavam se dispersando e que não tinhas chegado no prazo estabelecido, e que os filisteus estavam reunidos em Micmás, pensei: Agora, os filisteus me atacarão em Gilgal, e eu não busquei o Senhor. Por isso senti-me obrigado a oferecer o holocausto". Disse Samuel: "Você agiu como tolo, desobedecendo ao mandamento que o Senhor, o seu Deus, lhe deu; se você tivesse obedecido, ele teria estabelecido para sempre o seu reinado sobre Israel. Mas agora o seu reinado não permanecerá; o Senhor procurou um homem segundo o seu coração e o designou líder de seu povo, pois você não obedeceu ao mandamento do Senhor". – 1 Samuel 10.8 / 13.5-14

Uma característica comum em muitos de nós (pelo menos em mim) é a ansiedade de “pegar e fazer” tudo rapidamente, sem aguentar esperar o "momento certo" para isso.

Sempre digo “odeio depender dos outros” quando alguma situação de minha vida passa pelas mãos de terceiros que não tem o mesmo empenho, o mesmo compromisso que eu. Se eu assumo algo com alguém só fico em paz quando concluo o combinado. Por exemplo: Se alguém me pede um dinheiro emprestado e eu posso ajudar já faço a transferência na hora. Por outro lado, se compro um móvel e marco a data para a entrega e a montagem, exijo o cumprimento dos prazos. Quer acabar comigo é marcar a data e não cumprir. Quero matar um quando isso acontece!

Sei que sou exagerado neste ponto, devo ser o único assim (até parece...) mas trabalho com transporte marítimo e – caso atrase 5 minutos no envio da documentação necessária para embarque – coloco em risco o embarque de dezenas de containeres de meus melhores clientes, gerando prejuízos astronômicos em transferência de quadra e armazenagem dos equipamentos até o próximo navio.

Falo isso no sentido "horizontal", nas relações comerciais, profissionais... Em relação ao “mundo vertical” já não é possível mensurar os prazos da mesma forma, pois o tempo cronológico não é capaz de precisar quando as coisas acontecerão. Nosso Deus não está limitado ao “kronos”, estando ele no tempo pleno, o “kairós”, o tempo eterno, onde não há ontem, hoje nem amanhã, sendo um constante sempre, digamos assim.

Por esta razão, se eu marco com você tal hora do dia tal em tal lugar, estarei no local na hora marcada, talvez até antes. Já as promessas do Senhor são eternas por se localizarem no tempo eterno.

No caso bíblico supra citado, há uma "combinação entre o horizontal e o vertical". Deus marcou um encontro com Saul através do profeta Samuel sete dias após o encontro entre eles. Não sei como Saul contou o tempo, mas os sete dias se passaram e Saul estava frente ao exército filisteu, recém empossado como rei de Israel e perdendo o controle de seus subordinados. Como ele tinha passado algumas experiências extraordinárias com Deus no intervalo entre o encontro com Samuel até aquele momento, achou que já era o ungidão de Deus, a ponto de desobedecer a palavra profética de Samuel.

Decidido a não perder sua recém conquistada posição de liderança, resolveu oferecer os sacrifícios e holocaustos ao Senhor sem a presença do profeta. Assumiu o papel de sacerdote sem o ser, carregando também os riscos decorrentes de tal atitude.

Logo após oferecer os sacrifícios chegou Samuel. Imagino a cena: Saul todo serelepe, feliz da vida com a peixeira na mão, todo sujo de sangue dos sacrifícios, virando para Samuel todo orgulhoso, dizendo algo como “Pô Samuel, me deixou na mão né cara? Marcamos sete dias atrás e você me deu o maior “pelé”! Ainda bem que não sou um boca aberta e já corri em fazer os sacrifícios!”, ao que Samuel deve ter respondido: “Saul, seu idiota! Esqueceu que seu relógio é paraguaio e está adiantado alguns minutos? Neste exato momento se completaram os sete dias que combinei com você. Por outro lado, não falei exatamente sete dias, no sentido “sete dias atrás, às “xis” horas, comece a contar sete dias e – exatamente na mesma hora que nos vimos da última vez – chegarei eu para oferecer os sacrifícios. Esta hora que aqui me apresento ainda está no sétimo dia que falei que viria!”

O resto está escrito. Saul dançou, pois se tornou orgulhoso, soberbo. De um recém ungido de Deus para reinar sobre Israel, tendo sido cheio do Espírito Santo desde então, perdeu tudo por não ter obedecido à instrução do homem de Deus.

Mais a frente, vemos uma discussão entre Samuel e Saul que define qual postura devemos ter em relação as instruções do Senhor:

“Samuel, porém, respondeu: "Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros. Pois a rebeldia é como o pecado da feitiçaria, e a arrogância como o mal da idolatria. Assim como você rejeitou a palavra do Senhor, ele o rejeitou como rei". – 1 Samuel 15.22-23 (Vale a pena do capítulo 15 na íntegra. Fica a sugestão...)

Termino com a famosa Oração da Serenidade, escrita pelo teólogo protestante Reinhold Niebuhr que viveu de 1892 até 1971 e trabalhava no Union Theological Seminary, nos Estados Unidos da América.

"Deus, dai-me a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar, coragem para mudar as coisas que eu possa, e sabedoria para que eu saiba a diferença: vivendo um dia a cada vez, aproveitando um momento de cada vez; aceitando as dificuldades como um caminho para a paz; indagando, como fez Jesus, a este mundo pecador, não como eu teria feito; aceitando que o Senhor tornaria tudo correto se eu me submetesse à sua vontade para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e extremamente feliz com o Senhor para sempre no futuro. Amém."

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

As profundezas

Perdi o temor das ondas que tentavam me encobrir. Antes nadava contra as correntezas que procuravam me arrastar para as profundezas do oceano. Passei a ver que este temor era desnecessário. Na verdade temia o desconhecido. Sempre gostei de andar em segurança, mas não há como manter tudo sob controle, e o desconhecido não é tão mal assim. Não importava o quão bom nadador ou cauteloso eu fosse. Sempre que tentei me manter de pé por conta própria caí, todo desengonçado.

Não quero mais ter o controle. Sou incapaz de decidir o que é o melhor para mim. Quando entendi que não tenho como manter o controle de tudo, me deixei levar. No início por falta de opção. Agora por total confiança (Deus é expert em tirar o melhor de nós...). Quando dou por mim, estou nadando entre lindos peixes e corais. A substância que supostamente poderia me levar à morte não me sufoca mais. Apenas o temor do desconhecido me prendia. Não sabia que já era capaz de sobreviver sob as águas. Nado e vasculho as profundezas do oceano. Encontro tesouros perdidos, maravilhas ocultas que nem era capaz de imaginar. Descubro que é necessário confiar. O que via na superfície não era real, existe vida nas profundezas, existe luz no meio das trevas.

Deixei de ser covarde. Hoje saio à caça de meus tesouros nestas profundezas. Não carrego nada comigo. Nem mascara para mergulho, nem balão de oxigênio. Nenhum apetrecho de sobrevivência, pois não sei quais situações enfrentarei e não posso carregar tanto peso. Nesta confiança infantil, faço-me um com a nova natureza, que passa a ser excitante. Nada de temor, apenas a sensação de liberdade. Não tento mais enquadrar a realidade no meu foco estreito. As profundezas são imensas, cheia de vida. Meu temor se dissipa e me torno um com a Criação.

Meu Criador me habilita atravessar os mares. Antes achava que o mar se abriria ou andaria por sobre as ondas, mas não é assim que tenho visto. Mergulho, deixo-me levar e conheço cada vez mais o profundo do profundo de Deus. Momentos antes inimagináveis aprendi a gozar. Prazer na dor e na frustração, pela simples confiança de que tudo está sob o controle do Abba. Tenho visto a vida por outro ângulo, descobrindo vida onde para muitos apenas há o caos e a desordem. No mergulho que faço em meu interior, conheço-me cada vez mais.

Assim caminho, ou nado, ou sou arrastado… Total confiança.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Estamos juntos, na tempestade e na "bonância"!!!


Certo dia, long long time ago, eu e minha amiga Mirela ouvimos uma senhora falando sobre a vida em algum lugar qualquer, tipo busão. Sabe aquelas conversas que você pega pela metade e não consegue ficar sem ouvir, simplesmente pelo fato da pessoa conversar alto pra caramba?

Em um determinado momento ela disse: “Não fica assim não minha amiga, pois depois da tempestade vem a bonância!”

Eu e a Mirela começamos a rir descontroladamente. Sorte que a mulher não percebeu, senão iríamos apanhar. Desde então, sempre que estávamos passando alguma situação difícil falávamos a linda frase para confortar o outro.

Como é bom ter amigos verdadeiros. Sempre cheios de ombros e ouvidos para nos agüentar! Fazemos deles nossos sacos de areia, nossos penicos, nossos babadores. E amigos são para estas coisas mesmo, sempre um ajudando o outro a carregar sua cruz.

Agradeço a Deus por meus poucos amigos, contados nos dedos. Desconfio de pessoas que tem um milhão de amigos. É impossível. Conhecidos e colegas temos muitos, mas considero o fato de ter muitos amigos altamente "tóxico" (tóxico era o nome do finado peixinho de minha amiga Jú). Como disse Salomão:

“Quem tem muitos amigos pode chegar à ruína, mas existe amigo mais apegado que um irmão”. – PV 18.24

Este amigo mais apegado que o irmão vale ouro. Na hora que você está na shit ele chega junto. Sei bem como é, vivi isso na minha separação e eles praticamente faziam revezamento/plantão para não me deixar sozinho. Chamavam para ir ao cinema, passear, conversar ou simplesmente me ouvir chorar. Os que não podiam chegar junto “de corpo presente” me ligavam.

Sem perceber, atravessei a tempestade e cheguei na “bonância”. Foi uma árdua caminhada, com muitas lágrimas. Falando sobre isso, lembrei-me do Pr. Jabes Alencar. Quando ele ficou sabendo o que tinha acontecido me abraçou forte. Eu chorava em seu ombro e ele chorava junto. Fiquei admirado com o amor demonstrado naquela hora. Igreja bombando, milhares de membros, dezenas querendo pegá-lo para alguma oração de “final de culto” e nós dois ali, abraçados...

Assim é a vida. Pequenas coisas para alguns, mas importantíssimas para quem está vivendo a situação. O que não podemos nunca esquecer é que o Senhor Jesus está constantemente ao nosso lado, algumas vezes usando a vida destes benditos anjos que são nossos amigos.

Que todos aqueles que estão atravessando alguns dos mais difíceis momentos de suas vidas não percam a esperança. Vocês não estarão sós, nunca!

Como colocamos em nosso outro blog, o Café com Leite Crente, deixo como última palavra deste post as palavras de Salomão, desta vez em Eclesiastes:

“Um homem (ou mulher) sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade”. – Ec 4.12

Estamos juntos e misturados nesta corda. Já não é mais possível saber onde termina o problema de um e começa o do outro. Sofremos e gozamos juntos, como tem que ser.

Não se esqueça nunca: Ao final da tempestade, sempre vem a “bonância”!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Namoram com Jesus mas dormem com Moisés


“Ó gálatas insensatos! Quem os enfeitiçou? Não foi diante dos seus olhos que Jesus Cristo foi exposto como crucificado? Gostaria de saber apenas uma coisa: foi pela prática da Lei que vocês receberam o Espírito, ou pela fé naquilo que ouviram? Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, querem agora se aperfeiçoar pelo esforço próprio? Será que foi inútil sofrerem tantas coisas? Se é que foi inútil!”Gálatas 3.1-4

Ao ser praticamente obrigado pela bispa Regina, fundadora da Comunidade Bora Ler e a apóstola Adriana, sua fiel escudeira (vou apanhar das duas) a escrever sobre este assunto, inicialmente pensei em postar o capítulo 3 de Gálatas na íntegra. Assim, não teria como sair feio na foto. Tiraria 10 com louvor, pois Paulo já tinha resumido tudo neste brilhante capítulo de sua carta aos irmãos da Galácia. Entretanto, após muito pensar, resolvi voltar atrás. O objetivo das duas obviamente era o de selecionar um tesoureiro para esta mais nova denominação e eu não iria perder a boquinha de encher meus bolsos com as migalhas que certamente cairiam da mesa destas duas abastadas e ungidas varoas.

Tudo isso começou numa longa troca de comentários no blog da bispa, gerada pelos comentários de um anônimo (que mais tarde descobrimos se tratar de uma anônima), fortemente voltado para o legalismo. Ao final dos comentários, a apóstola soltou a pérola que motivou este post:

“Uma aula para aqueles que namoram Jesus mas dormem com Moisés e para aqueles que estão em pleno surto psicótico acreditando que são o Justo Juiz”.

Grande responsabilidade. Meu futuro eclesiástico está em jogo!

Dói em meu coração ver amados e sinceros irmãos, se relacionando com Jesus, mas que – talvez por sonambulismo espiritual – caminham constantemente até o leito de Moisés durante as noites sem fim! Freqüentemente falando da bendita Graça, sem, contudo vivê-la em sua plenitude!

Certamente alguns dirão que defendemos esta bandeira motivados por questões pessoais. Acharão que pregamos a liberdade em Cristo para que possamos perambular pelos caminhos dos perdidos. Só que não é isso. Vemos e não cansaremos de denunciar que muito (praticamente tudo para ser mais preciso) do que é pregado sobre usos e costumes nas igrejas evangélicas serve apenas como instrumento de manipulação de vidas que , servilmente, aceitam tudo o que lhes é imposto sob a desculpa de que aquilo é vontade de Deus.

Veja o que disse o Senhor a respeito disso:

"Então, Jesus disse à multidão e aos seus discípulos: "Os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés. Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam. Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a levantar um só dedo para movê-los. Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens. Eles fazem seus filactérios bem largos e as franjas de suas vestes bem longas; gostam do lugar de honra nos banquetes e dos assentos mais importantes nas sinagogas, de serem saudados nas praças e de serem chamados 'rabis'." - Mateus 23.1-7

Estes são os líderes que manipulam seus rebanhos com extrema pressão psicológica disfarçada de espiritualidade, mas que não passa de uma ardilosa forma de manter seus fiéis sob um jugo que eles próprios nem triscam com um dedo. Questões como proibir o uso de roupa preta ou vermelha, ter ou assistir televisão, ler jornais e revistas, comer carne de porco, beber Coca Cola, criar animais (até bichinhos de pelúcia são proibidos!), ter plantas, entre outras bizarrices são exemplos que você mesmo pode verificar clicando AQUI e que comprovam que em pleno século XXI ainda existem vidas que aceitam viver sob este peso de doutrina. Em outra igreja, seu "apóstolo" chegou ao extremo do ridículo de proibir seus membros de usarem conexões USB por terem a forma do trindente do diabo! (se não acredita clique aqui e chore comigo!)

O legal é que no mesmo site que pesquei algumas dessas doutrinas você verá que elas são quebradas. Uma cantora em destaque está com uma capa de botijão (aquilo não é vestido) vermelha. O sapato do nobre líder desta denominação é preto. E assim vai... (note que minha intenção não é ridicularizar os membros desta igreja, mas expor o absurdo exigido de seus membros).

Não nascemos para sermos escravos de homens. Somos filhos amados de Deus, e assim Ele nos trata. Ele sabe que não podemos levar nas costas fardos maiores do que somos capazes de carregar. Ele conhece nossa estrutura.

Nunca cansaremos da falar sobre nossa posição em relação ao legalismo exacerbado que temos encontrado em nosso caminho. Quantas vidas preciosas conhecemos e que estão cansadas por carregarem um fardo extremamente pesado sobre seus ombros, sendo que nosso amado Jesus disse:

"Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas”.
Mateus 11.28-29

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Cilene, minha Rutinha!

eu e o mozinho na "night" (é varão, cristão também se diverte, decifra o mistério aí!)

“Disse, porém, Noemi: "Voltem, minhas filhas! Por que viriam comigo? Poderia eu ainda ter filhos, que viessem a ser seus maridos? Voltem, minhas filhas! Vão! Estou velha demais para ter outro marido. E mesmo que eu pensasse que ainda há esperança para mim - ainda que eu me casasse esta noite e depois desse à luz filhos, iriam vocês esperar até que eles crescessem? Ficariam sem se casar à espera deles? De jeito nenhum, minhas filhas! Para mim é mais amargo do que para vocês, pois a mão do Senhor voltou-se contra mim!" Elas, então, começaram a chorar alto de novo. Depois Orfa deu um beijo de despedida em sua sogra, mas Rute ficou com ela. Então Noemi a aconselhou: "Veja, sua concunhada está voltando para o seu povo e para o seu deus. Volte com ela!" Rute, porém, respondeu: "Não insistas comigo que te deixe e que não mais te acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus! Onde morreres morrerei, e ali serei sepultada. Que o Senhor me castigue com todo o rigor, se outra coisa que não a morte me separar de ti!" Quando Noemi viu que Rute estava de fato decidida a acompanhá-la, não insistiu mais”. – Rute 1.11-18

Hoje de manhã cheguei ao livro de Rute. Livro gostoso de ler, parece Sessão da Tarde. Li em 10 minutos. Só que desta vez me emocionei com a trama de uma maneira diferente. Dentro de mim, ficou queimando o conceito de fidelidade que, segundo o Michaelis, é “1 Qualidade de quem é fiel; lealdade. 2 Semelhança entre o original e a cópia. 3 Afeição constante. 4 Probidade. 5 Exatidão, pontualidade”.

Isso me fez lembrar da Cilene, minha mulher. Se ela fosse ser comparada a algum personagem bíblico, ela seria Rute, sem tirar nem por...

Nos conhecemos 8 meses depois de minha separação, através da comunidade de Orkut de nossa Igreja em São Paulo, a Betesda do Ricardo Gondim (faço questão de falar pra que entendam o tipo de "gente" que estão se metendo... risos!). Começamos a namorar em Abril de 2008. Em Setembro, minha empresa me transferiu para o Rio de Janeiro. Continuamos nosso namoro, deixando muito dinheiro na Ponte Aérea Rio x São Paulo. No mês de Abril de 2009 minha mulézinha decidiu fazer acordo em seu trabalho e vir para o Rio de Janeiro em definitivo. Passou a ficar longe de seus familiares e veio de mala e cuia morar comigo. Chegando aqui, deixei ela de “férias” por 40 dias até começar a procurar emprego nos hospitais do Rio de Janeiro.

O que não esperávamos acontecer foi minha mãe ter um AVC em Maio do mesmo ano. Ela já tinha começado a distribuir seus currículos mas ainda não tinha sido chamada para nenhum hospital. Vendo que eu estava indo e voltando direto para São Paulo (e me expondo muito no trabalho), decidiu agir, falando que iria para a casa de meus pais para ajudar no que fosse possível. Fiquei admirado, pois minha família é muito difícil de lidar. Decidida, arrumou as malas e ficou uma semana cuidando de meu pai e minha sobrinha, dividindo as responsabilidades da casa com minha irmã. Paralelo a isso, constantemente ia ao hospital visitar minha mãe na UTI, passando diariamente por telefone os "relatórios" do estado de saúde de minha mãezinha. Ela se tornou minha embaixatriz em terras estranhas.

Todos de minha família ficaram admirados com a maneira desprendida que ela se doou. Já é muito difícil fazer algo por familiares ou amigos próximos. Imagina então ficar “sozinha” na casa dos sogros, sem ter tido tempo de criar laços mais profundos de intimidade com eles? Mesmo assim, minha pretinha encarou a missão e fez tudo o que estava a seu alcance para ajudá-los da melhor maneira possível (fez comida, lavou roupa, ministrou medicação ao meu pai, muito doente, agüentou os ranca-rabos entre minha irmã e meu pai...).

O que posso dizer mais sobre a Cilene? Apenas repetir as definições do Michaelis e adicionar as minhas: Que ela é fiel, leal, exata, pontual, parceira, amiga, irmã, profeta particular, amante, companheira.

Todos de minha família a amam e a respeitam como nunca vi em minha família. O que posso querer mais?

Concluo com as palavras de Boaz:

"Boaz lhe respondeu: "O Senhor a abençoe, minha filha! Este seu gesto de bondade é ainda maior do que o primeiro, pois você poderia ter ido atrás dos mais jovens, ricos ou pobres! Agora, minha filha, não tenha medo; farei por você tudo o que me pedir. Todos os meus concidadãos sabem que você é mulher virtuosa". - Rute 3.10-11

P.S: Ia esquecendo de falar: A Cilene foi chamada para trabalhar num hospital na Barra da Tijuca uma semana depois de chegar de São Paulo...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Você acha que sabe até onde pode ir?


“Então ela lhe disse: "Como você pode dizer que me ama, se não confia em mim? Esta é a terceira vez que você me fez de boba e não contou o segredo da sua grande força".Importunando-o o tempo todo, ela o cansava dia após dia, ficando ele a ponto de morrer. Por isso ele lhe contou o segredo: "Jamais se passou navalha em minha cabeça", disse ele, "pois sou nazireu, desde o ventre materno. Se fosse rapado o cabelo da minha cabeça, a minha força se afastaria de mim, e eu ficaria tão fraco quanto qualquer outro homem". Quando Dalila viu que Sansão lhe tinha contado todo o segredo, enviou esta mensagem aos líderes dos filisteus: "Subam mais esta vez, pois ele me contou todo o segredo". Os líderes dos filisteus voltaram a ela levando a prata. Fazendo-o dormir no seu colo, ela chamou um homem para cortar as sete tranças do cabelo dele, e assim começou a subjugá-lo E a sua força o deixou. Então ela chamou: "Sansão, os filisteus o estão atacando!" Ele acordou do sono e pensou: "Sairei como antes e me livrarei". Mas não sabia que o Senhor o tinha deixado.Juízes 16.15-20

Você normalmente sabe quando uma situação é arriscada, mas mesmo assim vai em frente no que está fazendo, minimizando as possíveis conseqüências. Atravessa a avenida movimentada fora da faixa de pedestres, mexe com eletricidade sem a devida proteção, trepa sobre um banquinho de plástico e se espicha todo para alcançar algo, desvia dinheiro de sua empresa e que foi confiado à você através de jogadas contábeis maquiavelicamente elaboradas, se mete em situações as quais você não tem nenhum controle sobre as conseqüências. Pode dar certo diversas vezes, mas uma hora ou outra você pode se dar mal.

Sansão era uma pessoa assim. Consagrado à Deus desde o ventre materno, ele nasceu e cresceu ciente de seu voto de nazireado, que consistia basicamente em não poder beber vinho nem outra bebida fermentada, não comer nada impuro; não se passar navalha na cabeça, pois ele estava destinado a iniciar a libertação de Israel das mãos dos filisteus (Jz 13.4b-5).

Certa feita, Sansão se apaixonou por uma filistéia da cidade de Timma e falou a seus pais que conseguissem que ela fosse sua esposa. Seus pais insistiram com ele para procurar uma jovem de seu próprio clã, mas prevaleceu sua vontade (que tinha sido influenciada pelo Espírito de Deus para deflagrar os atritos necessários com os filisteus) e partiram para esta cidade.

No caminho, um leão avançou contra Sansão e ele – cheio do Espírito do Senhor – matou o leão com suas próprias mãos, sem, contudo falar isso a seus pais. Na volta de Timma, Sansão foi à procura do cadáver do leão e o encontrou com um enxame de abelhas em sua boca. Intrigado com aquilo, Sansão tocou no cadáver para tirar o mel de sua boca. Comeu e deu aos seus pais, sem falar onde havia encontrado.

Nisso já dá para entender que Sansão vivia no limite de duas situações antagônicas, mas separadas por uma linha quase invisível: Era um homem cheio do Espírito Santo mas vivia no limite do pecado, brincando com situações perigosas. Mesmo sendo o líder escolhido por Deus para iniciar a libertação de Israel das mãos dos filisteus, Sansão não conhecia limites, confiando em sua força física, moral e espiritual para tomada de decisões. Ele sempre achava que na hora que o bicho estivesse pegando ele poderia dar seu habitual jeitinho para resolver tudo.

Seu ponto fraco era na área sexual. Deitava com prostitutas e se apaixonava facilmente por mulheres que notoriamente tinham a intenção de entregá-lo nas mãos dos filisteus, inimigos de seu povo. Só que ele não ligava para o perigo, se garantia na força do seu braço, sem reconhecer até então de maneira efetiva que esta vinha do Senhor.

Um dos maiores pontos de tensão na vida de Sansão foi seu famoso relacionamento com Dalila. Por várias vezes, ela questionou Sansão sobre o segredo de sua força. Sua intenção era entregá-lo aos filisteus por uma grande quantidade de prata. Sansão sabia disso, pois cada vez que ele inventava uma maneira de deixá-lo com a força de um homem comum, Dalila fazia exatamente o que ele dizia, chamando os filisteus contra ele. Ao ouvir o "alerta" de Dalila, ele se livrava de suas armadilhas e continuava em frente, cada vez mais seguro de si, mas cavando cada vez mais fundo o abismo onde ele cairia.

O incrível para mim era que ele não era enganado por Dalila. Ele sabia exatamente o que ela queria e mesmo assim insistia em brincar com ela. Zombava dela, inventando as mais esdrúxulas maneiras de ser subjugado. Só que não se brinca com mulher da maneira que ele brincava. Parafraseando o livro de Provérbios em vários versículos, Sansão agia como se não soubesse que aquela atitude zombeteira em relação a Dalila deflagraria uma reação incontrolável, pois ela o pentelharia até os limites de sua resistência.

E assim foi. Usando de chantagem emocional e muita persistência, Dalila enfim conseguiu arrancar o segredo de Sansão. Enfim subjugado, Sansão ainda achava que tudo estava sob controle, mas a atitude de Sansão fez com que o autor do livro de Juízes escrevesse uma das frases mais duras encontradas na Bíblia:

"Sairei como antes e me livrarei. Mas não sabia que o Senhor o tinha deixado.

Deus nunca permita que cheguemos a este extremo na relação com Deus. Pecado é pecado, não há limite seguro para transitar em seus domínios. Imagine você dormir seguro de si nos braços de seu inimigo e acordar crendo que mais uma vez conseguirá se libertar de suas garras. Ao tentar usar as velhas estratégias para se livrar do perigo, descobrirá - da pior maneira possível - que enfim chegou ao limite da paciência de Deus.

Não vire as costas para Deus, menosprezando os dons que ele graciosamente distribuiu a cada um. Não use levianamente os talentos recebidos. Não desperdice nada vindo de Deus. Não cuspa na Cruz, ridicularizando o sacrifício feito uma vez por todas por nosso Senhor Jesus Cristo. Uma hora você poderá ter passado do limite e aí será tarde demais.

Não vou concluir este texto com o final da história de Sansão. Meu foco é outro e pode ser resumido com o que está escrito em Hebreus 10.26-31

“Se continuarmos a pecar deliberadamente depois que recebemos o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, mas tão-somente uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus. Quem rejeitava a Lei de Moisés morria sem misericórdia pelo depoimento de duas ou três testemunhas. Quão mais severo castigo, julgam vocês, merece aquele que pisou aos pés o Filho de Deus, profanou o sangue da aliança pelo qual ele foi santificado, e insultou o Espírito da graça? Pois conhecemos aquele que disse: "A mim pertence a vingança; eu retribuirei" e outra vez: "O Senhor julgará o seu povo" Terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo".

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Quem matou Leane, Adrian e Lisa?



Despertai, 22/05/1994


Leane Martinez (12 anos), Adrian Yeatts (15 anos) e Lisa Kosack (12 anos) tinham duas coisas em comum. PRIMEIRA: Contraíram leucemia. O tratamento: um programa intensivo de quimioterapia, junto com transfusões de sangue. SEGUNDA: Eram “Testemunhas de Jeová”. Eles (com o apoio dos pais), recusaram o tratamento e morreram.

O CORPO GOVERNANTE


Estes três jovens são capa da revista DESPERTAI! (editada pelas Testemunhas), de 22 de maio de 1994, cujo lema é: JOVENS QUE COLOCARAM DEUS EM PRIMEIRO LUGAR. São vistos como mártires, quando, na verdade, estavam expressando sua lealdade à liderança das Testemunhas de Jeová, composta, até o presente momento (novembro/1994) por 11 homens, conhecidos como CORPO GOVERNANTE, que vivem em sua sede mundial nos EUA. Afirmam ser “o canal de comunicação de Deus”, segundo A SENTINELA (sua principal revista) de 01/09/1991, página 18. Dessa forma, esses líderes exercem um domínio espiritual e psicológico sobre os adeptos do movimento, que aprendem a não questionar nenhuma das suas orientações.

OBEDIÊNCIA IRRESTRITA

A influência que o Corpo Governante exerceu na decisão desses jovens (e de seus pais) pode ser detectada na DESPERTAI! Supracitada, Tanto Adrian como Lisa declararam que se recebessem sangue isso seria encarado como se estivessem sendo violentados ou molestados (p.6 e 12). De fato, Lisa chegou a receber uma transfusão de sangue (mesmo contra sua vontade, mas para seu bem). Isso foi tachado como sendo “um tratamento insensível e cruel” (p.12). Diz a revista: “Ela detestou ver o sangue de outra pessoa entrar nela” (idem). Ela disse que se isso acontecesse de novo ela “resistiria e chutaria o suporte da bolsa de sangue e arrancaria a agulha do seu braço, não importa o quanto doesse, e faria furos na bolsa de sangue” (p.13).

O que muitos talvez não saibam é que o Corpo Governante ensinou-os a responder e a agir daquela forma, colocando as palavras em suas bocas. As Testemunhas recebem mensalmente um boletim informativo chamado NOSSO MINISTÉRIO DO REINO. No de fevereiro de 1991, a transfusão de sangue é chamada de “espiritualmente corrompedora” (p.3). Logo, a preocupação não é com o futuro quadro clínico das Testemunhas em decorrência de uma transfusão, mas com que o Corpo Governante considera ser “espiritualmente corrompedor” (isso é, receber transfusão levará a Testemunha a ser eternamente destruída por sua desobediência).

Segundo outro boletim (setembro/1992), “os pais precisam estar firmemente decididos a recusar o sangue para si mesmos e para seus filhos, prezando sua relação com Jeová mais do que qualquer alegado prolongamento da vida que envolva a transgressão da lei divina. ESTÃO ENVOLVIDOS O FAVOR DE DEUS AGORA, E A VIDA ETERNA NO FUTURO! (p.3). Na página 5, afirma-se que um tratamento isento de sangue seria “melhor e mais seguro”, pois “mantém os filhos no favor do grande Deus da Vida, Jeová Deus”. Ainda em fevereiro de 1991, o Corpo governante alerta as Testemunhas para estarem atentas a certas perguntas capciosas feitas por médicos e juízes, uma vez que “nem sempre são feitas de boa fé” (p.6). Assim, caso o médico ou o juiz perguntasse “o que lhe acontecerá se uma transfusão for forçada por mandado judicial? Será considerado responsável por isso?”, Testemunha deveria responder “se eu fosse forçado, de uma forma ou de outra, a tomar sangue, isso para mim seria O MESMO QUE SER ESTUPRADO. Eu sofreria pelo resto da vida as conseqüências emocionais e espirituais desse ataque indesejado à minha pessoa. Resistiria com todas as minhas forças a tal violação do meu corpo sem consentimento. Faria tudo ao meu alcance para processar os meus agressores, assim como faria em caso de estupro” (p.6). Conclui o parágrafo 36: “deve-se transmitir a forte e vívida impressão de que uma transfusão forçada é, para nós, uma repugnante violação de nosso corpo”.

INCERTEZAS E CONTRADIÇÕES

Contudo, o que a maioria das Testemunhas desconhecem é que não foram as transfusões de sangue a única proibição médico-bíblica imposta pelos seus líderes. Entre 1931-1952, as VACINAS foram proibidas. Segundo a revista THE GOLDEN AGE (atualmente conhecida como DESPERTAI!) de 4/2/1931, p.293, a vacinação “é uma violação do pacto perpétuo que Deus fez com Noé (???????). (...) A lei da vacinação não pode ser uma lei justa”. Entre 1967-1980, proibiram os TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS: rim, coração, córnea, etc. A DESPERTAI! De 8/12/1968, p. 22, declarou: “Há aqueles, como as testemunhas cristãs de Jeová, que consideram todos os transplantes entre humanos como CANIBALISMO. E ainda proíbem as transfusões de sangue desde julho de 1945 (embora as Testemunhas existam historicamente desde 1870.

COLIH – A SERVIÇO DO CORPO GOVERNANTE

Morreram realmente estes jovens por colocarem Deus em primeiro lugar? De fato não! Morreram porque a proibição da transfusão de sangue foi imposta pelo Corpo Governante; que, aliás, faz tudo para que o grupo mantenha essa posição; tanto que criou a COLIH (Comissão de Ligação com Hospitais), com o propósito de manter um relacionamento com os médicos e hospitais. Cada COLIH compõe-se de anciãos (dirigentes das congregações das Testemunhas de Jeová). No Brasil há agora (1994), segundo dados recentemente fornecidos pelos seus líderes, 64 COLIHs, com 348 membros que servem a esse propósito. Em NOSSO MINISTÉRIO DO REINO (setembro/1992, p.4) declara-se: “Que provisões tem feito a organização de Jeová para ajudá-los a proteger seus filhos do sangue? Muitas (...). Numa situação crítica, os anciãos talvez achem aconselhável providenciar uma vigília de 24 horas no hospital, de preferência constituída de um ancião acompanhado de um dos pais do paciente, ou de outro membro achegado da família. Com freqüência, as transfusões de sangue são dadas quando os parentes e amigos vão para a casa, à noite”.

Em resultado das investidas das COLIHs em diversos hospitais e clínicas, há agora 1.365 médicos (números fornecidos pela liderança em setembro de 1994) que cooperam com as Testemunhas de Jeová (sem saber, provavelmente, do verdadeiro motivo que leva uma Testemunha a recusar a hemoterapia). E ainda citam que três hospitais implantaram o Programa de Tratamento Médico e Cirúrgico sem Sangue.

SUFOCANDO A LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA

Por mais espantoso que possa parecer, caso uma Testemunha exerça a sua liberdade de consciência aceitando ou mesmo doando sangue, ela será DESSASSOCIADA (excomungada) do grupo, e ninguém mais poderá manter contato com tal pessoa, nem mesmo dirigindo-lhe um simples “oi!”. Essa questão foi tratada na revista A SENTINELA, 01/12/1961, pp.734-736, que declara: “Visto ser tão sério absorver sangue no organismo humano por meio duma transfusão, faria a violação das Sagradas Escrituras neste respeito que o dedicado e batizado, que recebesse uma transfusão de sangue, ficasse sujeito à dissociação da parte da congregação cristã? As Escrituras Sagradas respondem que sim (...) Esta é uma violação das ordens que Deus deu aos cristãos cuja seriedade não deve ser menosprezada por ser considerada levianamente como CASO OPTATIVO DA CONSCIÊNCIA DE CADA UM (...) Se, segundo a lei de Moisés, que apresentou sombras de coisas vindouras, quem recebe uma transfusão de sangue precisa ser cortada do povo de Deus pela excomunhão ou dissociação. (...) Se (...) e persiste em aceitar transfusão de sangue ou DOAR SANGUE para uso nesta espécie de tratamento em outros, ele demonstra que realmente não se arrependeu, mas que se opões deliberadamente aos requisitos de Deus. Visto que é um oponente rebelde e um exemplo infiel para os outros membros da congregação, ele precisa ser desassociado”.

MÉDICOS X DEUS?!


Ora, se receber e doar sangue são vistos como atos de rebeldia e infidelidade contra Deus, o que dizer dos médicos que ministram tais transfusões? Estariam realmente eles se empenhando numa prática “espiritualmente corrompedora"? Estariam eles, sujeitos como estão, ao mandamento iniludível pelo Juramento de Hipócrates de salvar vidas, agindo contra a vontade de Deus?

O QUE PODEMOS FAZER?


Já está na hora da sociedade como um todo dar um basta nesta situação. Não podemos mais permitir que aconteçam casos como o de Sara Cyrenne (12 anos), de Ontário, Canadá. Seus pais recusaram a transfusão de sangue, causando a morte da pequena Sara. Sua mãe declarou na SENTINELA, 15/8/198 (*ilegível), p. 29: “Nós o fizemos porque sabíamos que o que havíamos feito era a coisa certa e que tínhamos Jeová Deus do nosso lado”. Casos semelhantes tem se repetido em vários estados brasileiros... ATÉ QUANDO?

PERGUNTAMOS: Seria justo Deixar o destino das crianças nas mãos do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová? E o que dizer das vidas que foram ceifadas quando da proibição das VACINAS e dos TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS? Quem matou Leane, Lisa, Sara e tantos outros ficará sem punião? VOCÊ confiaria sua vida e a de seus filhos nas mãos dos homens que dirigem este grupo religioso? Confiaria? PENSE NISSO!

Por tudo isso e muito mais, nós, cristãos evangélicos, repudiamos este controle indevido e letal que o Corpo Governante exerce sobre as Testemunhas de Jeová. Repudiamos, pois a Bíblia diz: “NÃO MATARÁS” (Êxodo 20:13). E ainda “NISTO CONHECEMOS O AMOR, EM QUE CRISTO DEU A SUA VIDA POR NÓS; DEVEMOS DAR NOSSAS VIDAS PELOS IRMÃOS.” (1 João 3:16). Disse Jesus: “NINGUÉM TEM MAIOR AMOR DO QUE ESTE DE DAR ALGUÉM SUA PRÓPRIA VIDA EM FAVOR DOS SEUS AMIGOS.” (João 15:13).

*Nota: Em minha mudança encontrei muito material adquirido no ICP (Instituto Cristão de Pesquisas) nos meus primeiros anos de convertido. Este texto estava em um folheto que tirei uma cópia, sendo que em algumuns trechos o material estava ilegível.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O currículo de um neófito



Em uma troca de comentários no Bora Ler da bispa Rê, um pastor - no frigir dos ovos - me chamou de neófito:

“Por último quero dizer que o senhor age como um neófito ao tentar advertir-me sem conhecimento de causa e usando um veículo inapropriado para isso, se sua intenção de fato fosse servir de ajuda a alguém encontraria outro meio para me dirigir tais críticas”.

Sei bem o que significa a palavra mas, ao pesquisar definições para neófito visando postá-la, encontrei num site de maçonaria (não vou colocar o link) que “Neófito vem do latim neophitus, que significa literalmente "nova planta", porém o mais comum é "noviço" ou "novo convertido". Geralmente se refere ao grau inicial de algumas Ordens”.

Achei esta definição melhor do que as que constavam nos dicionários online e decidi usá-la para ilustrar meu raciocínio.

Ao me rotular de tal forma, obviamente a intenção deste nobre pastor era a de me enquadrar no conselho de Paulo dado ao discípulo Timóteo para aqueles que visavam cargos eclesiásticos:

“Esta afirmação é digna de confiança: Se alguém deseja ser bispo deseja uma nobre função. É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, moderado, sensato, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro. Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus? Não pode ser recém-convertido (neófito), para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o Diabo. Também deve ter boa reputação perante os de fora, para que não caia em descrédito nem na cilada do Diabo". - 1Tm.3.1-6 (NVI):

Ao reler este conselho de Paulo, pude ver que a advertência feita por este senhor não se enquadrou muito bem a mim pois sou:

• Marido de uma só mulher;
• Moderado (dizem que...);
• Sensato (ídem);
• Respeitável (ídem);
• Hospitaleiro (apesar de prezar minha privacidade);
• Sempre apto para ensinar;
• Pacífico e pacificador, quando depende apenas de mim (Rm 12.18);
• Governo bem minha própria família, sendo a pessoa que todos vem consultar em qualquer momento de crise;
• Tenho boa reputação.

Apesar disso, tenho os seguintes "defeitos de fabricação" (para alguns):

• Não sou irrepreensível, pois tenho inúmeros defeitos e sei que - vez ou outra - mereço levar umas boas chibatadas;
• Gosto muito de vinho;
• Gosto muito do que faço tendo dinheiro na mão (sem, todavia, amar o vil metal);

Entretanto, uma coisa eu não sou: NEÓFITO, recém convertido. Sirvo a meu Senhor com temor e tremor há quase 18 anos.

Sei bem que “tempo de crente” não conta (como diz o ditado, "você entrar numa garagem não te transforma em um carro, assim como entrar numa igreja não te transforma em um cristão"). Tenho ciência que toda minha caminhada com Cristo não pode ser mensurada apenas pelo tempo de convertido.

Ela foi (é e sempre será) alicerçada em experiências concretas com o Senhor, leitura bíblica (estou na quarta leitura das Escrituras de capa a capa, fora as incontáveis leituras de trechos aleatórios), sou membro da Igreja Batista (não sou um "desigrejado"), vi e vivi inúmeros momentos "sobrenaturais", indo de expulsões de demônios, passando por profecias dadas e recebidas e que se cumpriram totalmente, dezenas de almas ganhas para Jesus a curas em resposta à orações. Acima disso tudo porém, aprendi a amar e perdoar meu próximo, o que para mim está acima de tudo o que expus acima.

Não gosto muito de falar o que falei, pois as Escrituras advertem "que um outro te louve, e não a tua própria boca; o estranho, e não os teus lábios". - Pv 27:2

Sei também que poderão tentar usar contra mim a dura advertência de Jesus:

"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade"
. - Mateus 7.21-23

(Digo que certamente não me enquadro neste caso, pois bem sei da relação que tenho com Ele.)

Entretanto, teve um lado bom neste entrevero: Parei para pensar em minhas deficiências como ser humano. Refleti muito e cheguei à conclusão que o nobre pastor “mirou no que viu, acertou no que não viu”. Com suas palavras, lembrei-me que não podemos achar que sabemos tudo a respeito de Deus e de caminhada com Cristo. Como bem disse Paulo (sempre o amado/odiado Paulo) ao crentes de Filipos:

“Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos. Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e, se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá. Tão somente vivamos de acordo com o que já alcançamos”. – Filipenses 3.10-16

Engraçado isso. De acordo com Paulo, alcançar a maturidade faz com que você reconheça que ainda não obteve tudo ou tenha sido aperfeiçoado, apenas que você continua firmemente na direção correta. Infelizmente para alguns, alcançar a maturidade é sinônimo de ter resposta para tudo...

Este é um grave erro que muitos cometem sem se dar conta: Se acham supra-sumos, sabedores do sagrado, “professores poropopós” dos caminhos celestiais. Como advertir uma pessoa assim, que para tudo já tem opinião formada? Como bem disse o profeta Raul Seixas:

“Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo...”


Eu, assim como Paulo, estou na pista. O Caminho é longo, mas meu destino é certo. Nesta jornada, muito vou aprender. Também vou fazer muita cagada. Só sei que estarei sempre aberto ao que Deus falar comigo, mesmo que seja numa situação semelhante a esta que passei.

Termino com uma citação que postei em resposta ao que me foi dito:


"O rio mais copioso não pode acrescentar uma gota d'água a um vaso já cheio. Pode-se explicar ao homem mais ignorante as coisas mais abstratas, se ele delas ainda não tem noção alguma; mas não se pode explicar a coisa mais simples ao homem mais inteligente, se ele está firmemente convencido de saber muito bem o que lhe quer ensinar"
. - Leon Tolstoi

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Pare de dar ouvido aos covardes!


“E o Senhor disse a Moisés: "Envie alguns homens em missão de reconhecimento à terra de Canaã, terra que dou aos israelitas. Envie um líder de cada tribo dos seus antepassados". Assim Moisés os enviou do deserto de Parã, conforme a ordem do Senhor. Todos eles eram chefes dos israelitas.”Números 13:1-3

“Vejam como é a terra e se o povo que vive lá é forte ou fraco, se são muitos ou poucos; se a terra em que habitam é boa ou ruim; se as cidades em que vivem são cidades sem muros ou fortificadas; se o solo é fértil ou pobre; se existe ali floresta ou não. Sejam corajosos! Tragam alguns frutos da terra". Era a época do início da colheita das uvas."
Números 13:18.20

“Ao fim de quarenta dias eles voltaram da missão de reconhecimento daquela terra. Eles então retornaram a Moisés e a Arão e a toda a comunidade de Israel em Cades, no deserto de Parã, onde prestaram relatório a eles e a toda a comunidade de Israel, e lhes mostraram os frutos da terra. E deram o seguinte relatório a Moisés: "Entramos na terra à qual você nos enviou, onde manam leite e mel! Aqui estão alguns frutos dela. Mas o povo que lá vive é poderoso, e as cidades são fortificadas e muito grandes. Também vimos descendentes de Enaque. Os amalequitas vivem no Neguebe; os hititas, os jebuseus e os amorreus vivem na região montanhosa; os cananeus vivem perto do mar e junto ao Jordão". Então Calebe fez o povo calar-se perante Moisés e disse: "Subamos e tomemos posse da terra. É certo que venceremos!" Mas os homens que tinham ido com ele disseram: "Não podemos atacar aquele povo; é mais forte do que nós". E espalharam entre os israelitas um relatório negativo acerca daquela terra. Disseram: "A terra para a qual fomos em missão de reconhecimento devora os que nela vivem. Todos os que vimos são de grande estatura. Vimos também os gigantes, os descendentes de Enaque, diante de quem parecíamos gafanhotos, a nós e a eles."
Números 13:25.33

“Naquela noite toda a comunidade começou a chorar em alta voz. Todos os israelitas queixaram-se contra Moisés e contra Arão, e toda a comunidade lhes disse: "Quem dera tivéssemos morrido no Egito! Ou neste deserto! Por que o Senhor está nos trazendo para esta terra? Só para nos deixar cair à espada? Nossas mulheres e nossos filhos serão tomados como despojo de guerra. Não seria melhor voltar para o Egito?" E disseram uns aos outros: "Escolheremos um chefe e voltaremos para o Egito!" Então Moisés e Arão prostraram-se, rosto em terra, diante de toda a assembléia dos israelitas. Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que haviam observado a terra, rasgaram as suas vestes e disseram a toda a comunidade dos israelitas: "A terra que percorremos em missão de reconhecimento é excelente. Se o Senhor se agradar de nós, ele nos fará entrar nessa terra, onde manam leite e mel, e a dará a nós. Somente não sejam rebeldes contra o Senhor. E não tenham medo do povo da terra, porque nós os devoraremos como se fossem pão. A proteção deles se foi, mas o Senhor está conosco. Não tenham medo deles!"Números 14:1.9

Estou vivendo isso neste exato momento meus amados...

Eu e minha mulher pedimos a direção de Deus para um novo passo em nossas vidas. As portas se abriram, começamos a entrar. Ao compartilhar os fatos com algumas pessoas próximas, porém, começaram as murmurações dos incrédulos em relação a nossa decisão.

Ficamos muito abalados, em dúvida. Quase deixamos a antiga situação perdurar, acomodados no incômodo, por pura falta de coragem em avançar.

Entretanto, antes de voltar atrás, comecei a lembrar de tudo o que o Senhor havia indicado para nossas vidas quando apresentamos a Ele nosso desejo. Em contrapartida, colocamos tudo na balança: A promessa do Senhor e a visão da terra relatada por Josué e Calebe versus a opinião dos 10 espias que tentaram derrubar a moral da nação de Israel.

Ali eu dei um basta! Sou um homem ou um rato? Cheguei até aqui, às margens o Rio Jordão, vi a terra prometida, apreciei seu frutos e agora, por medo de uma meia dúzia de gigantes amalequitas eu vou voltar atrás?

Retornarei eu ao Egito, tendo andado 40 anos no deserto?

NÃO!

Paramos de ouvir a multidão, que na verdade nem sei por que fui “consultar” e confiei no testemunho de Josué e Calebe (que no caso, sou eu e minha mulher...rsrsrs).

Desta situação, tiro algumas lições óbvias (por isso que digo que sou um imbecil em determinados momentos):

1) TENHA SIM SEUS SEGREDOS COM DEUS. Você abre a boca para um filisteu incircunciso qualquer (o Wendel gostou, por isso repito) e ele vem com um balde de água fria e incredulidade. Normalmente eles são preguiçosos, acomodados e covardes, tentando a todo custo te manter no mesmo nível que eles. Pode notar: Por mais que saibamos que "quando Deus abre uma porta nenhum homem é capaz de fechar", normalmente temos problemas quando falamos com quem não deve do que estamos fazendo antes daquilo estar concluído.

2) BUSQUE ESTAR NO CENTRO DA VONTADE DE DEUS. Ontem fiz uma “roleta russa bíblica” para confirmar o desejo de nosso coração. Papai foi legal prá caramba, não levou em conta a irresponsabilidade do filhão aqui e respondeu, confirmando nosso desejo. Algumas das passagens bíblicas que foram “disparadas” foram: “O sábio conquista a cidade dos valentes e derruba a fortaleza em que eles confiam. Quem é cuidadoso no que fala evita muito sofrimento.” PV 21:22-23 – e “O preguiçoso diz: 'Há um leão lá fora! Serei morto na rua'!"PV. 22:13. O mistério foi comigo varão, nem adianta explicar! Só sei que Deus bateu forte e colocado com estes poucos versículos! (Nota: Não tentem fazer isso em casa, nem sempre funciona e pode ser perigoso. Deus tá ligado que eu só apelo para isso em último caso...)

3) NÃO DÊ OUVIDOS AOS COVARDES: Os covardes/preguiçosos mencionados acima realmente existem no que estamos passando, e tentaram de várias maneiras nos convencer a voltar atrás, por puro medo do “desconhecido” (e olha que a parada nem era com eles!). Ora, se eu fosse pensar e agir com toda esta cautela, estaria até hoje sob as asas do papai e mamãe. Perdi minha “virgindade” em relação à depender dos outros para resolver minhas pendengas ainda criança! Quem quer saber um pouco de como foi minha “primeira vez” clique AQUI.

4) CONFIE NO SEU TACO: Após seguir os três pontos acima, avance. Peça sabedoria à Deus para traçar as melhores estratégias e manda pau!

5) NÃO SE ABALE COM AS PEQUENAS DERROTAS: Você pode até errar uma ou outra vez (ou várias vezes!), desde que você saiba exatamente quais são seus targets. Insista, persista, “tente outra vez”, como diria o grande profeta Raulzito. Pequenas derrotas nas batalhas só ocorrem com que está jogando!. Não acontece com aqueles que assistem a vida nas arquibancadas, menosprezando os que arriscam, justificando assim sua covardia.

6) ESTEJA PRONTO PARA RECEBER SUA VITÓRIA: Não se trata de um discurso triunfalista, não sou neo-penteca, odeio a teologia da prosperidade (como diria o grande Pr. Paulo Romeiro: “Nada contra a prosperidade, o problema é a teologia!”). O lance é que você é vaso ruim de quebrar meu irmão! Pior do que João Bobo (não sei por quê mas este nome poderia ser qualquer outro, tipo Rodolfo Bobo, Maristela Boba. É igualzinho o “João Sem Braço”! – momento "eu e meus botões/estou em crise". Me sinto uma minoria perseguida por preconceituosos... risos! Vou montar um blog para defender os “Joões perseguidos"! Melhor ainda: Vou expor meu problema à algum deputado federal que esteja sem nada pra fazer para ele editar uma PL qualquer). Voltando ao assunto: Semeou meu amigo, vai colher, com certeza! Rale, estude, se esforce, vá a luta, coloque a faca entre os dentes e grite como o He-Man: “Eu tenho a foooooooooooooooorçaaaaaaaaa!” (aff, tô com o besteirol a toda...).

É isso meu povo e minha pova. Comecei escrevendo querendo compartilhar um momento especial que estamos vivendo, mas já to vendo que Deus quer falar com alguns ao ler este texto esdrúxulo e cheio de citações daquele livro preto anacrônico.

Espero que os seis passos que acabei de inventar para deixar de ser covarde, manipulável, massa de manobra, ê-ôhooooooo-vida-de-gado-povo-marcado-êeee-povo-feliz sejam benção na sua vida.

Fiquem na PAZ e, quanto ao resto, chuta que é macumba!!!!!

P.S: Orem por nós, estamos atravessando o Jordão neste momento...