"Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas..." – João 14.12a
Adoro jogar xadrez. Aprendi na época que cursava o colegial no Alberto Conte. Matávamos aula para jogar ping pong e xadrez, sempre com a estimada professora de matemática - a dona Odete - em nossa bota, repetindo sua célebre frase “são sempre os meeeeeeeeesmos, não prestam atenção na aula e vão fazer o primeiro ano diiiiiiii noooooooovooooooo...” (A Odete era uma peça rara, parecia com a Roz, aquela lesma do desenho Monstros S/A, tadinha...).
Não me lembro ao certo quem me ensinou. Acho que foi o Cássio ou o Teles. Só sei que logo de cara os professores de xadrez te “batizam” dando o famigerado “pastorzinho”, aquela jogada que – com apenas três movimentos de peças – acaba num cheque-mate. Só quem leva pastorzinho sabe quanto é humilhante. Anyway, faz parte do processo de aprendizado.
A medida que você vai deixando de ser um mero mexedor de peças e passa a desenvolver estratégias, seu professor começa a se orgulhar de você, até o momento que você pega ele no contrapé e ganha uma partida. Que momento glorioso! Ganhar do seu professor tem um sabor especial. O problema é que alguns professores de xadrez ficam transtornados por perderem para seu pupilo.
Eu não penso assim. Sinto-me orgulhoso em ver que a pessoa que eu ensinei jogar aprendeu até onde eu pude ensinar e passou a desenvolver suas próprias estratégias. Me considero um bom professor pelo fato de não ser como o gato daquela historinha que rolou entre ele e a dona onça, que pediu para o gato ensinar os pulos que ele conhecia.
Achando que já tinha aprendido todos os truques do gato, a dona onça, toda matreira, tentou pegá-lo desprevenido e saltou sobre ele na trairagem. O gato não se deu por surpreso e deu um salto diferente de todos os que havia ensinado pra dona onça e se safou, deixando a traidora perplexa. Revoltada, ela disse ao gato:
“Poxa gato, pensei que você tinha me ensinado todos os saltos que você conhecia, mas vejo que você escondeu um de mim!" (qualquer semelhança com Dalila é mera coincidência...)
O gato, com um sorrisinho nos lábios, respondeu:
“Dona onça, a senhora acha que eu iria ensinar o salto que eu uso para me defender de animais traiçoeiros como você?”
Pois é. Não sou assim. Sinto orgulho de ensinar tudo que eu sei e ver que a pessoa me superou. Acredito que isso acontece por eu não me prender a ensinar o que sei propriamente dito, mas de ensinar a pessoa a pensar em como agir (tipo aquele lance de dar o peixe versus ensinar a pescar). E o xadrez é incrível por não se limitar a um tabuleiro com algumas pecinhas de cores diferentes. Ele desenvolve toda uma linha de raciocínio que é utilizada nas mais diferentes áreas de nossas vidas.
A todo momento me pego pensando: “Se eu fizer tal coisa, possivelmente outra coisa assim irá acontecer, então eu devo fazer assado e não assim”.
Bem, to viajando na batatinha, mas como sou meio besta to compartilhando com vocês este momento lindo...
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Ensinando a jogar
3 comentários:
Anônimo, eu não sei quem é você, mas o Senhor te conhece muito bem. Sendo assim, pense duas vezes antes de utilizar este espaço LIVRE (poderia bloquear comentários de anônimos mas não o faço por convicção pessoal e direção espiritual) antes de ofender quem quer que seja. Estou aberto para discutimos idéias sem agredir NINGUÉM ok? - Na dúvida, leia mil vezes Romanos 14, até ficar encharcado com a Verdade sobre este assunto...
João,
ResponderExcluirVocê ficou brabo com o "pastorzinho"? Imagino, então, como ficaria com o "louco" (2 lances)!!
Cara, você tá de sacanagem. Sei que você não está falando só de ensino de xadrez. Aí, fico me perguntando quando um aluno seu poderá ultrapassar o seu conhecimento, se você continua se aprimorando? Falo do Reino, você sabe! Todos os dias você fica atento ao que o Espírito de Cristo fala a você e, com isto, aprende mais um bocado, sobe mais um degrauzinho! Assim a gente não alcança você.
É tipo a resposta do Whitefield pro discípulo que perguntou como seria o reencontro dele com o Wesley no céu: "Imagino que nem o verei, de tão próximo que ele estará do Senhor!".
Dorme com um barulho desses....
JC, João, João Carlos, Pastô, Pastor João: um ótimo final de ano pra você e sua família. Que a Paz do Senhor e Suas bênçãos inesgotáveis estejam sobre e dentro de vocês!
Nem preciso, mas vou dizer: você é uma das ótimas pessoas com as quais pude iniciar uma amizade este ano. Que esta amizade, por ser fundamentada em nosso Senhor, Jesus, seja fortalecida a cada dia! E que eu consiga, um dia, experimentar uma das delícias do "Chef du cuisine"!
Grande abraço, João!
Pastor,
ResponderExcluirQue maldade colocar a foto da ROZodete... Por isso eu quero ser sempre sua amiga. (E pra vc me ensinar o pulo do gato, craru he he)
Sério: como falei pra Dri em outras palavras, com a maior sinceridade de alma, tenho aprendido com alguns esses últimos meses. Até mesmo com os pedantes e inflexíveis. Aprendi a não ser um deles.
E não rolou só aprendizado, mas amizade incondicional mesmo, desprendimento, disposição no coração. (O pastô sabe, né? Já fiz algumas confissões...)
Até já havia enjoado esse lance de blog no início do ano pela overdose de vaidade desfilando nas letras virtuais. Mas aí comecei a olhar mais para alguns blogs e não pelos blogs, a princípio, mas por causa dos comentários destes em outros blogs.
O René foi um deles. O Cláudio, o Fábio, Carlos...
Muitas meninas também, claro!
E, já nos finalmentes do ano, o Wendel, (que aliás, eu nem sabia que era pastor).
É chato citar nomes porque fica parecendo que se está babando. Geralmente pastor se acha o "dono da palavra" exibindo rótulos e currículos (muitas vezes de forma até hilária rss) e eu me surpreendi por ele ser pastor sem que ele se auto-afirmasse.
Enfim, não vou me estender, não porque a lista seja grande (não minto) nem também porque eu seja de panelinha (tenho pavor!) meu coração está sempre aberto para novos conhecimentos, mas sinceros; mas só porque, para ser justa e coerente, é melhor um post rss
E, reforçando as palavras do Renê, que a nossa amizade seja fundamentada no Cristo da Cruz.
Um 2011 REPLETO de saúde e paz pra ti e pra Cil!
Rê.
também aprendi xadrez na pré-adolescência mas jamais fui um grande estrategista. mesmo porque não me dedico tanto ao jogo. minha pior vergonha foi empatar com um menino de...8 anos...putz!!!!!! kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirbons mestres ensinam coisas, mestres excelentes ensinam a viver. (acho que foi o cury que disse algo parecido).
quero te desejar um ótimo ano novo cheio de realizações para você e sua família.
abraços e desculpa por eu alfinetar tanto o teu pé mas você é um pastor da graça e tem que me aturar...kkkkkkkkkkkk