“Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os exilados, que deportei de Jerusalém para a Babilônia: ‘Construam casas e habitem nelas; plantem jardins e comam de seus frutos. Casem-se e tenham filhos e filhas; escolham mulheres para casar-se com seus filhos e dêem as suas filhas em casamento, para que também tenham filhos e filhas. Multipliquem-se e não diminuam. Busquem a prosperidade da cidade para a qual eu os deportei e orem ao Senhor em favor dela, porque a prosperidade de vocês depende da prosperidade dela'.” – Jeremias 29.4-7
Há tempos que o Senhor tem falado comigo através destes quatro versículos do livro de Jeremias, mas até então não tinha tido vontade de escrever (ando muito preguiçoso...).
Na verdade, está para se fazer três anos que estes versos se tornaram Palavra revelada em minha vida pois, até então, o tratava como a narrativa histórica à respeito do exílio o qual o povo de Israel fora levado até a Babilônia, por longos 70 anos, até que a Santa Ira (St. Anger, como diria o Metallica em disco homônimo) de Deus passasse (e não é bem assim, convenhamos...). Foi quando eu fui transferido de São Paulo, minha amada e querida megalópole, para esta cidade dita maravilhosa: O Rio de Janeiro.
Aqui, por muitas vezes, me sinto literalmente na Babilônia, no pior sentido. Ao entrar na cidade, você sente no ar o clima e os aromas de uma sexualidade estranha, meio perniciosa, tentando te envolver, te seduzir, te abraçar e levar para seu leito. Algumas vezes até no sentido literal. Outras, no sentido moral, espiritual. Mas este não é o enfoque que quero dar ao texto.
Minha intenção aqui é a de falar a respeito de um assunto que cabe a todos: As circunstâncias que nos cercam, as quais não decidimos consciente e livremente vivê-las.
São aquelas encruzilhadas, verdadeiras sinucas de bico que vez ou outra cruzam nossos caminhos, momentos nunca antes imaginados e que – como um pesadelo aparentemente interminável – aparecem em nossa frente, obrigando-nos a tomar decisões imediatas, visando solucionar aquele problema.
Isso me faz lembrar o relato que encontramos, entre outros textos bíblicos, no Evangelho de Marcos:
“Já era tarde e, por isso, os seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: "Este é um lugar deserto, e já é tarde. Manda embora o povo para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar algo para comer". Ele, porém, respondeu: "Dêem-lhes vocês algo para comer". Eles lhe disseram: "Isto exigiria duzentos denários! Devemos gastar tanto dinheiro em pão e dar-lhes de comer?" Perguntou ele: "Quantos pães vocês têm? Verifiquem". Quando ficaram sabendo, disseram: "Cinco pães e dois peixes". Então Jesus ordenou que fizessem todo o povo assentar-se em grupos na grama verde. Assim, eles se assentaram em grupos de cem e de cinqüenta. Tomando os cinco pães e os dois peixes e, olhando para o céu, deu graças e partiu os pães. Em seguida, entregou-os aos seus discípulos para que os servissem ao povo. E também dividiu os dois peixes entre todos eles. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. Os que comeram foram cinco mil homens.” – Marcos 6.35-44
Associem agora as duas situações (ore se for necessário), separadas por muitos séculos, ao cerne do que intento falar: No dia de hoje, 17 de Agosto de 2011, 18:58hs, você está exatamente onde um dia você havia sonhado estar, fazendo exatamente o que você desejara fazer desde a mais tenra idade?
Respondo sem medo de errar: N-Ã-O!!!!!!!!!!!!!
O que você tem feito são pequenos remendos, procurando usar aquilo que você dispõe de imediato, “tirando água de pedra” (Moisés que o diga!!!), lutando desesperadamente para manter o mínimo de lucidez, amor, próprio, decência e felicidade. Esta última, teimosamente, aparentemente insiste em escorrer através dos dedos.
O que não atentamos, porém, é que o dia de hoje é o dia que o Senhor fez, não numa reducionista situação de subserviência, muito menos num estado de espírito muito bem descrito pelo Dr. Zeca Pagodinho (o que me faz lembrar da frase que diz: “até um relógio parado, duas vezes por dia, está certo”): “Deixa a vida me levar, vida leva eu, sou feliz e agradeço por tudo o que Deus me deu!”
O dia de hoje é o dia o qual estamos inseridos por nossas próprias decisões (ou falta DE). Neste dia, vemos que estamos possivelmente exilados, chorando com imensa saudade de nossa pátria (ahhhhh Sampa amada, só te valoriza quem mais não está ai!!!), vivendo uma vida revoltada, contando o tempo como aqueles que sabiam das profecias de Jeremias possivelmente o fizeram (“faltam 69 anos, 364 dias, oito horas e 12 minutos para eu meter o pé desta Babilônia!!!!") mas sem, contudo, parar para pensar nos dois pontos que utilizei para alicerçar este raciocínio:
1) EXÍLIO: Sim, porém tendo a ordem explícita de Deus para que aproveitássemos o máximo este período, casando, construindo casas, dando nossos filhos e filhas em casamento, sem murmurar quanto à situação em que vivemos. Não que Papai não se importe, mas Ele quer que aprendamos a valorizar cada momento de nossas vidas, mesmo exilados, sem fazer continhas de quanto tempo possivelmente ainda falta para que voltemos à nossa amada (porém utópica) situação inicial, que aparentava ser muito melhor que a atual. O problema foi que não soubemos dar o devido valor no tempo certo. Talvez hoje, caso você volte a ela, você não mais a reconheça. Como diz o ditado, atribuído a um filósofo qualquer: “Um homem nunca passa duas vezes pelo mesmo rio: Primeiro, porque suas águas serão outras; segundo, porquê ele próprio terá mudado". Isso automaticamente me remete ao filme “Sociedade dos Poetas Mortos” e sua célebre frase: CARPE DIEM!!!!!
2) CINCO PÃES E DOIS PEIXINHOS: No contexto apresentado no Evangelho de Marcos, cinco pães e dois peixinhos são tudo o que você dispõe no momento. Estes dois elementos representam suas necessidades imediatas de carboidratos e proteínas para te manter vivo por mais um dia. Se eles são escassos para todas as demandas que se interpõem seu caminho, saiba que serão suficientes para viver mais um dia, O DIA QUE O SENHOR FEZ. Entretanto, talvez você precise LITERALMENTE de um milagre, pois, com estes dois que você tem na mão, você terá que alimentar as multidões que te cercam! São as multidões de problemas financeiros, problemas relacionais, problemas das mais variadas formas de se manifestar em seu caminho. O quê fazer então? Simplesmente CREIA que TUDO ESTÁ NO CONTROLE DE DEUS. Esclarecendo mais uma vez: Não estamos nem somos sujeitos a um Deus que tem como prazer sádico FERRAR seus filhos. Falo, vivo e respiro o DEUS VERDADEIRO, tão caricaturizado através das religiões, mesmos as ditas "cristãs". Ele apenas É E ESTÁ PRESENTE. É o Emanuel, Deus conosco...
Com esta certeza, viva intensamente cada dia, usufrua de tudo o que você tem, mesmo que aparentemente seja pouco. O importante é ter a ciência de quê você está exatamente onde deveria estar, vivendo o que deveria viver. Que fique bem claro que isso não significa subserviência, possibilismo geográfico como aprendemos na escola nas aulas de geografia. Significa que você terá que rebolar para tirar a tal água de pedra, só isso...
Tendo esta firme convicção, saiba que você aprenderá a ser feliz com o dia de hoje e com o que você dispõe nas mãos. Com esta postura, saiba que se moverão céus e terra para que nunca te falte nada, principalmente a FELICIDADE!
Post Scriptum: Escrevi isso precisando ouvir tudo isso. Papai falou comigo através de cada linha que Ele me inspirou escrever (me abana pois até perdi o fôlego!!!!).
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Viva hoje e seja feliz!
1 comentários:
Anônimo, eu não sei quem é você, mas o Senhor te conhece muito bem. Sendo assim, pense duas vezes antes de utilizar este espaço LIVRE (poderia bloquear comentários de anônimos mas não o faço por convicção pessoal e direção espiritual) antes de ofender quem quer que seja. Estou aberto para discutimos idéias sem agredir NINGUÉM ok? - Na dúvida, leia mil vezes Romanos 14, até ficar encharcado com a Verdade sobre este assunto...
Pois é Profeta...
ResponderExcluirEstá não é bem uma postagem. Mas sim um convite a uma reflexão diaria. Entregar sua vida a Deus e viver conforme a vida se apresentar.
Como diria Chico Buarque : "A gente vai levando..."