“A vida te dará muito poucas oportunidades: Aprenda a roubá-las”
Antonio Abujamra costumava falar esta frase no seu excelente programa Provocações, da Rede Cultura (digo costumava, pois faz tempo que não assisto e não sei se ele ainda fala isso) e este é o espírito da coisa: Quem aqui consegue algo fácil na vida? Nunca tive uma conquista em toda minha vida que não tenha sido na porrada. Os obstáculos sempre aparecem quando estamos avançando em direção aos nossos objetivos.
Nos últimos meses digo que fui obrigado a roubar muitas oportunidades. Mudança de apartamento, problemas financeiros, problemas de saúde, a mudança de emprego de minha esposa são apenas alguns poucos exemplos de como tivemos que nos esforçar além do aparentemente necessário para que as coisas dessem certo.
Alguns espiritualizam e colocam a culpa no coitado do diabo. E até creio que algumas vezes é o rabudo mesmo que se levanta quando ele vê que um filho de Deus está avançando. Pessoalmente creio (mas não posso provar) que para os que não tem esta relação pessoal com Jesus Cristo o cramunhão nem se importa que a pessoa esteja sendo bem sucedida no que ela faz. O que importa pra ele é que esta pessoa está sob controle d'ele...
Isso me faz lembrar do Salmo 73.1-5:
“Verdadeiramente bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração.Quanto a mim, os meus pés quase resvalaram; pouco faltou para que os meus passos escorregassem. Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios. Porque eles não sofrem dores; são e robusto é o seu corpo. Não se acham em tribulações como outra gente, nem são afligidos como os demais homens”
Quem não tem esta sensação de inveja ao ver que os maiores canalhas que conhecemos aparentemente se dão bem em praticamente tudo o que fazem, enquanto nós ficamos patinando no mesmo lugar com coisas simples? Vejam, minha intenção não é reclamar. Pelo contrário, é que vejo isso acontecendo com muita gente que não agüenta o pesado fardo que certas situações da vida impõe sobre seus ombros.
Quando eu estou atravessando um momento desses de transição já sei que o bicho vai pegar. Preparo o lombo pois sei que vai vir chibatadas. A sensação que dá é a de quê você pega “1”, soma com mais “1” e o resultado estranhamente dá... “3”! Quando isso acontece uma vez eu primeiro penso que algo que eu fiz foi mal planejado. Quando “refaço a conta” e o resultado insiste em ser qualquer um menos “2” já sei que vai começar tudo de novo. Multiplico minha atenção, coloco a faca entre os dentes e passo a ter outra visão da que aquela situação pediria.
Lembram-se da Matrix? Toda vez que Neo, Morpheus & Cia viam o repeteco de uma cena, o tal do “déjà-vu” (aquela parte do filme em que Neo vê o gato preto passando uma vez, e logo em seguida ele vê o mesmo gato passando no mesmo lugar e ele comenta com os demais que teve a sensação de déjà-vu), todos eles entram em estado de alerta máximo pois – segundo o filme – “deja-vú é uma falha na Matrix”, gerada pela presença de inimigos (falei com minhas palavras, antes que alguém me corrija).
Um exemplo bobo disso pode ser algo que aconteceu esta semana. Saí de casa para negociar algo e na hora “H” descobri que um documento que sempre fica dentro da carteira tinha sido deixado em casa. Pensei: "como e quando eu tirei esta droga deste documento de dentro da minha carteira?" Tive que parar toda a negociação pra buscar o bendito. Nestas horas, manter o equilíbrio emocional é muito importante. Se estressar é pior. Paro, volto, pego, volto onde estava e dou andamento ao que estava fazendo.
Caso ceda à vontade de chutar o balde, não resolvo o problema e arrumo outro mais, pois as próprias Escrituras dizem que “um abismo chama outro abismo” (Salmo 42.7). Estressado, vou guardar dentro de mim aquela sensação de derrota que vai minar minhas resistências emocionais para uma próxima situação de conflito, chegando ao ponto de passar a acreditar que nada do que faço dá certo, me entregando como muitas pessoas que amo já fizeram e ficaram pelo caminho, não sendo possível pegá-las pela mão para reerguê-las.
(Está fazendo sentido para vocês? É que isso é tão pessoal que não sei se estou conseguindo passar isso para a palavra escrita...)
Anyway, ao final de tudo, o esforço é recompensado. Vem a conquista daquilo que você planejou fazer. Logo em seguida vem outro grande plano à ser colocado em prática e no meio do processo se levantam os “Sambalates & Tobias” de plantão tentando nos desanimar. Nestas horas, temos que agir como Neemias, segurando a colher de pedreiro em uma mão e a espada na outra, naquele espírito de “nem vem que não tem!!!”.
Assim vamos avançando. Minha experiência de vida não é tão grande, ainda faço muita merda, mas sei que quando estas coisas acontecem é sinal de que estou subindo. Como diz o ditado, “ninguém chuta cachorro morto”. Tá difícil? Pode ter certeza que é para você se esforçar muito mais para alcançar. Outro ditado diz que "se fosse fácil todo mundo faria".
Well, vamos lá, tenho um monte de coisas para fazer e ninguém vai colocar a massa em meu lugar...
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Ladrão de oportunidades
6 comentários:
Anônimo, eu não sei quem é você, mas o Senhor te conhece muito bem. Sendo assim, pense duas vezes antes de utilizar este espaço LIVRE (poderia bloquear comentários de anônimos mas não o faço por convicção pessoal e direção espiritual) antes de ofender quem quer que seja. Estou aberto para discutimos idéias sem agredir NINGUÉM ok? - Na dúvida, leia mil vezes Romanos 14, até ficar encharcado com a Verdade sobre este assunto...
Pastor,
ResponderExcluirouso dizer que é assim mesmo viu?
Quando acontecem os dèjà vù comigo, logo sei que falhou mesmo alguma coisa na Matrix da minha comunhão com o alto.
Devo te dizer, inclusive, que estou sentindo grandes dèjà vù diarios aqui em casa.
Acho que era isso que Pulo quria dizer quando disse que soube passra por todo tipo de adversidade.
Grças a Deus por todos ainda não passei (e nem quero ok!?)
Mas quando a pele sente, como você disse bem, que as chibatadas (da vida) estão chegando, é bom parar e relembrar os conselhos práticos que a Palavra ensina.
Comsegui capatr tudo que você relatou, apenas uma coisa num posso concordar com você...
O safado do diabo não tem nada de coitado...
só se usarmos o sentido original da palavra 'coitado' (que vem de coito, sacou?), aí são outros 500...
rsrsrsrsrsrsrsrsrs
Abraços (porque Gavinhas é nome de padeiro luzitano) e que as nunvens passem logo, pois o Sol da Justiça é bem mais belo que qualquer tempo nublado!
Paz!
Cara se juntar todas as letras que eu comi no texto acima com umas ervilhas, dá uma boa sopa!
ResponderExcluirPutz!
JC,
ResponderExcluirVocê não imagina como eu fico feliz, ao ler um texto desses!! Mas não é por sadismo, não. É que me alegro ao ver a forma com que você consegue perceber que as dificuldades estão no controle do Senhor. Você faz a sua parte, o que é possível, enquanto Ele faz a parte dEle, que é o nosso ensino e a manifestação do Seu poder em nossas vidas.
Quanto à dor das pancadas do caminho, preferia que vocês pudessem ser ainda mais edificados sem ela, ainda que eu a sofresse. Mas sabemos que ela é necessária para cada um de nós! O jeito é olhar pra Cruz e seguir em frente.
Abração e Paz!
Oi Wendel,
ResponderExcluirDemorei em responder por ter demorado em ver. Estou numa correria sem tamanho, até em dívida com seus blogs, sorry!
Quando digo "coitado do diabo" é no sentido dele ser "usado" como desculpas para uma porrada de irmãos que falham e colocam a culpa nele.
O exemplo prático disso foi exatamente o que falei que aconteceu semana passada: EU esqueci um documento que me fez atrasar metade de um dia pra resolver algo que seria feito nas primeiras horas da manhã.
Cansei de ouvir irmãos dizerem que isso é artimanha do inimigo. Pode até ser, mas se aconteceu foi por minha unica e exclusivas culpa. Eu dei brecha.
É nesse sentido tá? Não defendo o bicho não, só não dou pra ele mais crédito do que ele já tem nas catástrofes da vida...
Um abraço!!!!!
Oi René,
ResponderExcluirPrimeiramente peço as mesmas desculpas que pedi ao Wendel por estar tão ausente em seus blogs. Estou prestes a poder dar uma notícia pessoal excelente! Só que isso está demandando muito tempo meu, sorry...
Quanto às porradas, elas fazem parte da vida. Tenho pena de quem não sabe lidar com elas, pois todos nós que estamos subindo vamos tomar um monte!
Um grande abraço meu querido!
Pastor, eu entendi, cara!
ResponderExcluirSó quis fazer um trocadilho...
Sei que tu num fecha com o chifrudo, pois o dia que fechar, deixo de fechar contigo, cara...
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Abração amigo!