“E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o SENHOR. E eis que passava o SENHOR, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do SENHOR; porém o SENHOR não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o SENHOR não estava no terremoto; E depois do terremoto um fogo; porém também o SENHOR não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada. E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?” - 1 Reis 19:11-13
Não sei bem a razão de ter esperado quatro dias para escrever algo sobre o retiro que participei no fim de semana passado. Em parte talvez por falta de tempo devido à quantidade de trabalho, negociações e decisões a serem tomadas; talvez pelo fato de ainda me encontrar meio entorpecido por tudo o que vivi de sexta feira, 15/10 à domingo, 18/10, quando encerrou o evento.
Mas tempo no meio da falta de tempo eu arrumo facilmente. Acabei usando a falta de tempo como álibi para adiar esta postagem. Então vamos lá!
Encontramo-nos sexta feira a noite na igreja, aguardamos alguns (vários) retardatários e saímos em direção à Casa de Retiros Padre Anchieta (sim, católica) no bairro de São Conrado. Chegamos lá perto das 23:00hs, fomos ao refeitório, tomamos uma sopinha (tinha outras coisas mas era meio tarde para se empanzinar) e fomos a um dos auditórios para ouvir o Pedrão pregar a primeira mensagem, que acabou nos primeiros minutos do sábado.
Estava meio agoniado pois estou no meio de alguns exames pré-operatórios para um desvio de septo que insiste em não me deixar dormir como um anjinho. Pareço mais um javali em fúria, roncando que é uma beleza. Pode parecer bobeira, mas estava muito constrangido em dividir o quarto com alguém, já que os casais dormiram em quartos separados. Na hora da entrega das chaves aconteceu o primeiro milagre: Meu companheiro de quarto, um tal de Lutero (olha o mixxxtériooo), cancelou sua ida ao Retiro aos 44 minutos do segundo tempo. Que eu saiba, fui o único que dormiu sozinho... Yes!
Entrei no quarto, tudo muito limpo e arejado, duas camas, uma mesa de estudos, duas cadeiras e um ambiente que me fez ficar muito introspectivo. Havia uma reverência no ar, um “quê” de santidade, como se por ali já tivesse passado muita gente boa. Fechei a porta, desfiz minha mala, tomei um bom banho e orei ao Senhor, pedindo que não saísse o mesmo de quando entrei. Sentei-me na cadeira, acendi a luminária da escrivaninha e comecei a escrever algo como um diário e fui deitar.
Dormi muito bem. Pela manhã, fui ao refeitório, tomei meu café e fomos ao auditório para a segunda ministração. Após cada mensagem pregada, reuníamos em grupos para discutir o que havia sido pregado. Temas como oração, santidade, fruto do Espírito (fruto e não frutos) entre outros eram compartilhados entre eu, a Cilene (por acaso, ficamos no mesmo grupo), a Milena (que era a líder de nosso grupo), a Nívia, a Ana Paula, a Diva e o Áthila, o mais novo...
Em pouco tempo, ansiávamos em estar juntos para trocar idéias e experiências pessoais após as ministrações. Ao mesmo tempo que parecia que o relógio insistia em arrastar as horas, tudo começou e acabou muito rápido. O engraçado foi que nós conversamos muito e descobrimos que todos estavam ali sem estar muito afim de estar, digamos assim. Em outras palavras, todos estavam confortavelmente instalados em seus casulos e estavam evitando uma comunhão maior, mas ao chegar ao Retiro, algo aconteceu, como um “ploc”.
Quando retornamos daquele lugar paradisíaco (estávamos aos pés da Pedra da Gávea, com visão para a Praia de São Conrado. Havia trilhas, árvores frutíferas, gramados, muitos macaquinhos, pequenos lagartos, uma cachoeira que não conseguimos achar...) foi que notamos o quão diferentes estávamos. Era engraçado isso! Dentro do Retiro parecia que nada demais estava acontecendo. Quando chegamos no “asfalto” foi que notamos o quanto estávamos diferentes.
Esperávamos algo mais “pentecostal” (digamos assim), mesmo sendo um retiro organizado por uma Igreja Batista; mas foi tudo muito tranqüilo, com muita ordem e decência. Lógico que houve momentos de um pouco mais de bagunça santa. Os jovens ficavam tocando violão, jogando baralho e conversando até altas horas, mas nada que atrapalhasse o sono. Como eu disse antes, parecia que não estava acontecendo nada demais durante os momentos que estivermos lá. Só notamos a diferença quando retornamos para casa. A visão que passamos a ter de algumas situações corriqueiras estava mudada. A maneira de ver as pessoas era diferente.
Não sei explicar direito. Só sei que Deus agiu muito em mim e em minha mulher. Não foi no grande e forte vento que fende montes e quebra as penhas, nem no terremoto; muito menos no fogo que Deus falou conosco. Foi na voz mansa e delicada do Espírito.
Diferente...
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Anônimo, eu não sei quem é você, mas o Senhor te conhece muito bem. Sendo assim, pense duas vezes antes de utilizar este espaço LIVRE (poderia bloquear comentários de anônimos mas não o faço por convicção pessoal e direção espiritual) antes de ofender quem quer que seja. Estou aberto para discutimos idéias sem agredir NINGUÉM ok? - Na dúvida, leia mil vezes Romanos 14, até ficar encharcado com a Verdade sobre este assunto...