Volta e meia lá está ele, espreitando a todos os que passam à sua frente. A área em que ele se encontra não a pertence, mas ele está lá a tanto tempo que age como se fosse dono do pedaço. Ele na verdade não tem nada seu, a não ser seu destino, escolhido desde a fundação do mundo. Para não ser injusto, ele é pai. Seu filho vive na boca de todos, um instrumento de engano, vergonha e dor.
Quando ele está na área (e ultimamente ele anda ativo demais pro meu gosto) normalmente sentimos o desconforto de sua presença em situações que não se encaixam, tipo aquela sensação que 1 + 1 deu 3. Para alguns passa batido, achando que foi defeito na calculadora, mas para outros isso é sinal de que tem boi na linha, enrosco dos grandes.
Acontece que ele na área não pode fazer nada contra nós, a não ser que deixemos brechas por onde ele possa entrar. Numa escala de poder, ele na verdade depende de no mínimo duas variáveis para conseguir alcançar seus objetivos.
O único (e gigantesco) problema, na verdade, são as duas variáveis que citei mas ainda não falei a respeito delas. Cá estou eu, tentando ver por onde começar, por serem duas variáveis de uma equação complexa e que só fazem sentido na área do pensamento.
Uma das variáveis está ligada ao meio onde estamos inseridos. Quanto mais somos apegados ao que nos cerca, mais difícil se torna sermos levados da zona de risco para os campos de nossos sonhos, sonhos estes que nem sequer nos damos conta de ter. Apenas buscamos preencher nossos vazios existenciais nos cercando de pequenos passatempos de luxo e conforto. Se alguém aparecer nos convidando para visitar outros campos, não nos daremos conta que temos dentro de nós o sonho de habitar em um lugar melhor do que este que conquistamos muitas vezes a duras custas.
A outra variável está diretamente ligada à nossa essência. Neste ponto, agimos como etiquetadores de nós mesmos, por termos o poder de decidir o valor estimado que desejaremos ser adquiridos. Difícil falar sobre isso, é mais fácil pensar e divagar, mas expressar esta situação sem exemplificar se torna complicado. Pode até ser pelo fato de estar entrando em um assunto que a algumas semanas quero escrever mas fui barrado, não por algo concreto, mas por ele (aquele lá em cima, mas em cima no texto, não em sua posição), com receio de ter seus métodos de negociação revelados.
Na presença de Deus então me coloco, pedindo sabedoria, coragem e direção para colocar por escrito o que passa em meu espírito e denunciar esta falácia.
Esta nossa essência, assim como qualquer outro bem que possuamos, pode ser bem conservado ou destruído com o tempo pelo mal trato. Para exemplificar, me diga se você prefere pagar um alto preço por uma roupa usada em um brechó ao invés de fazê-lo numa loja de produtos novinhos em folha. Certamente que não, por já ter sido usada por muitos anos por alguém que você não sabe com o quê lavou, onde sentou, o que caiu, como conservou. Certamente o valor de algo de procedência duvidosa é bem menor do que algo que tem um certificado de garantia.
Quando usamos e abusamos ou – pior ainda – deixamos que usem e abusem de nossa essência, obviamente entramos em processo de depreciação. Como conseqüência, nosso valor despenca.
Juntando nossa essência e o meio onde estamos confortavelmente inseridos, criamos uma delicada equação onde definimos nosso valor para aquele personagem inicial tentar tomar posse de nós. Parafraseando as Escrituras, vamos caminhando como ovelhas mudas em direção ao matadouro sem nos dar conta, mas caminhando sem sair no lugar. Na verdade, todo este abismo vem em nossa direção, enquanto outro também procura nos encontrar através de pequenas sutilezas do cotidiano.
(Pode parecer meio sem pé nem cabeça tudo o que estou escrevendo, mas NÃO QUERO falar abertamente sobre este assunto. Esta é a razão de estar dando pequenos insights do que realmente quero dizer)
Agora temos então um pequeno ser, desvalorizado por ele próprio em sua essência e firmemente estabelecido em seu meio. De fora existem dois hábeis negociadores, com estratégias diametralmente opostas, tentando se apossar desta vida.
Um esbraveja, clamando seus direitos, como um bom abutre querendo se deliciar com o corpo exposto em seu território. O outro, de maneira oposta, apenas se insinua ao pobre e perdido ser, vez ou outra batendo à porta para ver se é convidado para entrar e compartilhar de uma relação saudável. O primeiro apenas quer saciar sua sede e fome imediata, o outro quer apenas colocar aquele farrapinho em pé para poder assoprar em suas narinas um novo fôlego de vida.
Sabe qual é o problema então nisso tudo? Quem vai decidir qual será o novo dono é o próprio objeto de negociação, desvirtuado de sua plena vontade e capacidade de raciocinar e sem ter uma visão externa do que realmente está acontecendo. Nos ares uma batalha sangrenta está ocorrendo no momento da negociação. Um tem uma equipe de marketing excepcional, o outro apenas confia na simplicidade de sua proposta.
Tenha em mente que, neste monte de besteiras que escrevi acima, tentei apenas falar de uma maneira diferente que nossos inimigos são, na seqüência, O MUNDO, A CARNE E O DIABO. Ele (o diabo) nada pode fazer se não estivermos corrompidos em nossa carne nem presos a este mundo. Ele não tem "bala na agulha" pra sair comprando nada assim, sem avaliar o custo. Por isso, ele procura fazer com que esculhambemos com nossas vidas para nos tornarmos mais "baratos".
Já o Senhor, pacientemente aguarda o momento que tomemos uma atitude proativa em sua direção, nos desvencilhando de todo o peso que carregamos e nos purificando no precioso Sangue do Cordeiro de Deus. Sim, aquele Sangue que tira o pecado do mundo. Ele tem o poder de comprar quem Ele quiser com este Sangue, só que com uma condição: A de que nos desvencilhemos de todo peso e o deixemos tomar posse de nossas vidas.
É chegada a hora. Mais um martelo foi batido e a negociação foi concretizada. De livre e espontânea vontade, o negociado, de agora em diante, por toda a eternidade pertence a....
E você, já tomou sua decisão?
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
A ordem dos fatores ALTERAM SIM o produto
4 comentários:
Anônimo, eu não sei quem é você, mas o Senhor te conhece muito bem. Sendo assim, pense duas vezes antes de utilizar este espaço LIVRE (poderia bloquear comentários de anônimos mas não o faço por convicção pessoal e direção espiritual) antes de ofender quem quer que seja. Estou aberto para discutimos idéias sem agredir NINGUÉM ok? - Na dúvida, leia mil vezes Romanos 14, até ficar encharcado com a Verdade sobre este assunto...
Well, Jc,
ResponderExcluirEu já tomei a minha decisão, sim, que é uma atitude proativa em direção ao Senhor Jesus. Eu declarei: "Não tenho capacidade pra dar nenhum passo. Eis-me aqui, do jeito que sou, pela Sua graça. Seu Reino consiste não em palavra, mas em poder. Assim, me transforme e me conduza poderosamente. Tudo o que pensava ser, não vale nem uma cuspida no chão. Se eu tenho que andar, dirija meus passos. Se tenho que falar, coloque palavras em minha boca. Se tenho que amar, encha o meu coração com o Seu amor. Porque, de mim mesmo, tudo é imundície". E todos os dias tenho declarado a mesma coisa.
Paz!
Obs.: Tava ouvindo Pink Floyd, enquanto lia seu texto. Resultado: viagem dupla!
Pink Floyd, eita laiá! Gosto MUTCHO!
ResponderExcluirTenho um conhecido, dono de loja na Galeria do Rock em São Paulo que de tanto ouvir Pink Floyd usando substâncias alucinógenas não pode mais ouvir Floyd NEM CARETA, pois começa a ver um monte de jacarés encurralando ele na parede...
Vai explicar....
Ah, viu o Black Eyed Peas embaixo desta postagem? (sim, sou eclético, só não venha com "fânqui" e sertanejo modinha)
Me impressionou a velocidade em que tudo foi feito: 15 minutos!
Vi o BEP, sim. Não conhecia. E acho que não estava perdendo muita coisa, apesar de ter gostado da menina cantando. Também gostei de ver a dança, ao redor do palco.
ResponderExcluirQuando a Bandeirantes passava o futebol americano, eu não perdia um. Vi muitos shows nos intervalos. Realmente, eles têm uma capacidade de organização incrível! Acho que dá pra fazer isto no Brasil, também, mole, mole. Claro que os intervalos terão que ser um pouco maiores (tipo 2 horas), mas...
Agora, o cara da Galeria do Rock deve ter ficado com algum trauma do tamanho do rabo do jacaré, pra ficar com esse medo todo. O que será que ele experimentou, hein?
O que você acha que ele experimentou? rsrsrs
ResponderExcluirAh, tinha outro maluco lá que via uma lagarta de pelúcia gigante, tipo aquela "Lecolé" lembra? Cheia de sapatinhos, toda colorida.
Ele dizia que a bicha chegava na frente dele, mostrava a língua, fazia "blurururururúuuuuuuuu" e saia correndo, dando risada dele...
Eu - no máximo - vi o jim Morrison do The Doors debaixo de um cogumelo (sou mais tradicional, rerê). Até escrevi a respeito em meu testemunho de conversão.
Cada uma...