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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Não dá pra levar tudo a sério a todo momento...


“Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém. Vaidade de vaidades, diz o pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade. Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?

Uma geração vai-se, e outra geração vem, mas a terra permanece para sempre. O sol nasce, e o sol se põe, e corre de volta ao seu lugar donde nasce. O vento vai para o sul, e faz o seu giro vai para o norte; volve-se e revolve-se na sua carreira, e retoma os seus circuitos.

Todos os ribeiros vão para o mar e, contudo, o mar não se enche; ao lugar para onde os rios correm, para ali continuam a correr. Todas as coisas estão cheias de cansaço; ninguém o pode exprimir: os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir. O que tem sido, isso é o que há de ser; e o que se tem feito, isso se tornará a fazer; nada há que seja novo debaixo do sol.

Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? ela já existiu nos séculos que foram antes de nós. Já não há lembrança das gerações passadas; nem das gerações futuras haverá lembrança entre os que virão depois delas.

Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém. E apliquei o meu coração a inquirir e a investigar com sabedoria a respeito de tudo quanto se faz debaixo do céu; essa enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens para nela se exercitarem.

Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol; e eis que tudo era vaidade e desejo vão. O que é torto não se pode endireitar; o que falta não se pode enumerar. Falei comigo mesmo, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; na verdade, tenho tido larga experiência da sabedoria e do conhecimento. E apliquei o coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras; e vim a saber que também isso era desejo vão. Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta o conhecimento aumenta a tristeza”
. - Eclesiastes 1

Não creio ser o texto correto para meditar após o almoço. Tudo se torna mais lento e enfadonho. O sono abate a presa e a vontade é de deitar em uma nuvem, ouvindo anjos cantarem enquanto você descansa, sem repassar os longos dias que impiedosamente roubaram seu sono nos últimos dias, meses, anos.

Mesmo assim ouso fazê-lo. Não uma meditação propriamente dita; apenas deixo minha mente vagar por entre as fortes impressões trazidas pelas palavras do rei Salomão, considerado o homem mais sábio de todos os tempos. Sabedoria essa que cobra um alto preço.

Impiedosa, ela faz com que tudo passe por um crivo, o qual consome minhas energias num momento como este. O problema é que estes momentos deixaram de ser momentos e se tornaram praxe. Por isso quero a nuvem que mencionei acima. Nela deixarei de lado as preocupações e angústias que me consomem neste processo de pensar.

Pensa por acaso que ao escrever o que estou escrevendo estou fazendo algum esforço intelectual? Não! Tudo está fluindo pelos meus dedos, que correm pelo teclado por osmose, obedecendo a uma seqüência quase lógica de raciocínio, mas não um raciocínio intelectualizado, se é que isso é possível. É aquele raciocínio que temos minutos antes de dormir, quando viramos pro nosso parceiro ao lado e começamos a falar abobrinhas, daquelas bem sem sentido.

Coisa deliciosa esta! Como é bom se esvaziar de vez em quando e falar de fatos não presenciados, vidas não vividas, emoções não sentidas. Apenas falar. Falar ou escrever. Por isso que coloquei em meu perfil uma frase do "Apóstolo Bono Vox", como o nobre pastor cover do Silvio Santos (também conhecido como Edward mãos de tesoura e dedos de urtiga brava) “gentilmente” o ordenou: “Sou um exibicionista que adora pintar quadros daquilo que não vê. Um marido, um pai, amigo dos pobres, às vezes dos ricos. Um ativista vendedor ambulante de ideias. Jogador de xadrez, estrela de rock em part-time, cantor de ópera no grupo pop mais barulhento do mundo. Que tal?”

Só que isso não é para todos (o que não significa ser grande coisa...). Pintar quadros do que não se vê, ser um ativista ambulante vendedor de idéias... Isso me fascina. Voar sem ter asas, viajar sentado em casa, se deliciar com manjares nunca provados. Só num momento como este, que cada vez rareia em meus longos e cansativos dias de labuta e cansaço debaixo do Sol. Então tenho que aproveitar, desconectar, deixar o disjuntor cair e não absorver a descarga acumulada que cismou cair em meu sistema, já debilitado com meus próprios problemas e questões.

Viajar pelos devaneios, explorar cantos remotos imaginários, mergulhar no profundo do profundo e lá descobrir um novo ar a ser respirado, diferente do que seus sentidos estão tão preguiçosamente acostumados.

Vamos lá. Vamos em frente. Um universo imenso Me espera! Sinto meus olhos querendo fechar e são apenas 15:09h da tarde desta sexta-feira. Coisa boa, se eu pudesse encostava agora e dormia...

3 comentários:

  1. Caramba!

    Viajei...

    Muuuuito melhor do que cannabis ha ha ha

    Escapuliu rss

    Beijos,

    R.

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  2. isto sim é uma ciesta (ou sesta) criativa!!

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  3. Escrevi pra não dormir... rsrs

    Foi uma semana extremamente punk!

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Anônimo, eu não sei quem é você, mas o Senhor te conhece muito bem. Sendo assim, pense duas vezes antes de utilizar este espaço LIVRE (poderia bloquear comentários de anônimos mas não o faço por convicção pessoal e direção espiritual) antes de ofender quem quer que seja. Estou aberto para discutimos idéias sem agredir NINGUÉM ok? - Na dúvida, leia mil vezes Romanos 14, até ficar encharcado com a Verdade sobre este assunto...