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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Controlamos nossos atos, mas estamos preparados para as consequências?


Observando vidas próximas a mim, tenho notado o quanto a lei da semeadura e da colheita é implacável. Algumas coisas que vi, ouvi e vivi estão se encaixando e formando um cenário muito triste.

A maior peça desta tapeçaria foi a morte de minha mãe em Novembro do ano passado.

Pequenos detalhes fizeram toda a diferença. Após sofrer um derrame, ela foi levada a um hospital que sabidamente não atendia neurologia por uma pessoa que apenas visou se livrar logo do incômodo de ter que sair do conforto de sua casa e levar uma velha vomitando em seu carro novo. A transferência foi conseguida com muita luta quadro dias depois, sendo que estes preciosos dias foram determinantes para o agravamento e irreversibilidade do quadro. Após cinco meses em coma, faleceu um domingo de manhã, sendo enterrada no mesmo dia devido ao estado que se encontrava o corpo. Por estar no Rio, nem consegui chegar a tempo do enterro.

Voltando no tempo, entendo que este AVC foi ‘construído’ por uma longa história de sofrimentos e mágoas vividos por minha mãe, que não soube lidar com tudo o que sofreu durante sua vida. Ela era uma bomba relógio prestes a explodir e sabia disso. Evitou os médicos, escondeu de nós seus problemas, guardou tudo dentro de si e não agüentou. Na verdade ninguém agüenta.

Não quero expor minha amada e saudosa mãe. É que isso me fez ver que colhemos o que plantamos. Ou o que plantam em nossas vidas e não temos estrutura para lidar, mas nos falta discernimento e coragem para descartar.

Carregamos pesados fardos e eles destroem nossas vidas espirituais, sociais, emocionais e todos os ‘ais’ possíveis. A Graça nos liberta, nos renova e nos conduz à vida eterna. Mas as conseqüências de nossos atos sempre ecoam, pois o mal é deixado para trás, mas as peças das engrenagens entram em movimento aqui no mundo tangível, material, e estas não param de girar até alcançarem seus funestos propósitos. Como diz um grande amigo meu, “entrar no Céu eu entro, mas vou tomar muito tapão”.

Muitos outros pequenos acontecimentos e observações estão em minha mente neste momento. De casamentos que estão acabando por falta de amor e perdão, pessoas solitárias por não saberem lidar com seus próximos, até nosso planeta não agüentando mais tudo o que o homem tem feito visando seu próprio interesse, não se importando com o que as próximas gerações irão colher.

Precisamos ver se estamos preparados para lidar com as ondas que surgirão com o simples lançar de uma pequena pedra no lago de nossas vidas. A pedra afundará onde ela foi lançada, mas estas ondas irão se propagar até as margens. Temos controle de nossos atos, mas estamos preparados para as conseqüências?

1 comentários:

  1. Oi, interessante essa postagem.
    Isso de conversão dos entes queridos como é importante, porque a Bíblia diz: "tu e tua casa".
    Mas esta histporia dos fardos é outra coisa, que se não perdoarmos, carregamos pesados fardos invisíveis.
    Que possamos aprender a nos livrar destas pesadas cargas.
    Graça e Paz!

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Anônimo, eu não sei quem é você, mas o Senhor te conhece muito bem. Sendo assim, pense duas vezes antes de utilizar este espaço LIVRE (poderia bloquear comentários de anônimos mas não o faço por convicção pessoal e direção espiritual) antes de ofender quem quer que seja. Estou aberto para discutimos idéias sem agredir NINGUÉM ok? - Na dúvida, leia mil vezes Romanos 14, até ficar encharcado com a Verdade sobre este assunto...