Labels

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Procuro uma igreja cristã. Será que estou querendo demais?

Procuro uma igreja sadia aqui no Rio desde que me mudei a um ano atrás. O problema é que substituir a Igreja Betesda, minha igreja em São Paulo, não está sendo uma tarefa fácil.

A primeira igreja que freqüentei por algumas semanas foi uma bem próxima de minha casa, mais especificamente embaixo da academia onde freqüento. Neopentecostal assumida (o ‘bispo’ fazia questão de frisar isso, o que me deixava arrepiado), não demorou muito para eu desistir.

Costumo malhar todos os dias após o trabalho e, para subir até a academia, eu tinha que passar em frente à porta da igreja. Costumava chegar minutos antes do início do culto e sempre que estava passando pela porta da igreja dava o ‘azar’ de pegar o bispo na entrada. Bastava ele me ver e ele falava: “E ai abençoado, não vai assistir ao culto hoje não?” Eu sempre respondia: “Hoje não meu irmão, vou malhar, domingo estou ai”.

Isso aconteceu várias vezes. Confissão positiva, quebra de maldições, 'determine, determine, determine'... Tudo aquilo ia contra meu ponto de vista em relação à fé. A gota d’água foi um domingo a noite. O bispo estava pregando a palavra. Durante a ministração, ele me procurou com os olhos e soltou a pérola: “Irmãos, o exercício físico é pouco proveitoso, o importante é o exercício espiritual. Tem muita gente que deixa de vir à igreja para malhar, mas o importante é estarmos todos os dias na casa de Deus.”...

Este ‘revelamento’ que ele recebeu foi decisivo. Não agüentava mais o constrangimento que passava sempre, e lá veio ele com esta palavra ‘inspirada’. Após esse dia decidi sair. Parei de frequentar a igreja até o dia que encontrei com a esposa do bispo. Ela me perguntou a razão de eu ter parado de ir aos cultos. Falei a ela tudo o que aconteceu e disse que eu não era neopentecostal nem era novo na fé. Não precisava se preocupar, pois não iria me desviar. Sabia o que estava procurando e apesar dela ser uma pessoa maravilhosa, eu estava procurando uma igreja na mesma linha teológica de minha igreja em São Paulo. Não coloquei a culpa neles. Ela me entendeu e me abençoou.

Fui para outra igreja que tinha visto o programa na televisão. Barra da Tijuca, pessoal legal, palavra interessante. Eu e minha mulher gostamos muito. Todo domingo estávamos lá, ficava a meio caminho entre minha casa e o trabalho. Ninguém ia ficar controlando minha freqüência, digamos assim. Uma benção de palavra aqui, outra ali, até o dia que um dos pastores que mais respeitava soltou um MONTE de abobrinhas, sendo que a maior de todas foi que a morte em carne de Jesus não tinha sido suficiente. Foi necessário que ele também morresse em Espírito para expiar nossos pecados. Quase pulei da cadeira. Soltou mais um monte de outras heresias, as quais quase me fizeram levantar e colocar o dedo na cara do pastor. Cheguei até a postar algo sobre isso (Você se Considera um Super-Crente?).

Cheguei a mandar dois emails para a diretoria da igreja, perguntando se o ponto de vista daquele pastor era compartilhado por todos os outros ou se aquilo tinha sido apenas um ‘escorregão’. Não obtive resposta, o que me deixou muito decepcionado.

Fiquei um domingo sem ir e voltei no seguinte. Cheguei com minha mulher e orei para que Deus mostrasse se era eu que estava errado ou se realmente havia algo de errado na igreja. Outro pastor que gosto muito estava pregando. No início do culto ele orou e pediu a presença dos “espíritos ministradores” para que o culto corresse tudo bem, algo assim. Ele falou sobre outras coisas que agora não me lembro, até porquê tinha ‘entrado em Alfa' com esta história de ‘espíritos ministradores’, papo no mínimo da ‘nova era’e não do verdadeiro Evangelho.

Neste ponto faço um parêntesis. Não estou procurando igreja perfeita, mas tem coisas que, ao serem confrontadas com a Palavra de Deus, não tem como serem aceitas. Uma coisa é uma opinião mal colocada e reparada depois pelo ‘conjunto da obra’. Todos escorregam, falam abobrinhas, principalmente eu. Outra coisa é você notar que infelizmente a doutrina da igreja está contaminada com pequenas (ou grandes) heresias. Não posso ficar sob autoridade espiritual de líderes que mercadejam a Verdade. Não quero estar em uma igreja onde sou obrigado a ficar em alerta durante todo o culto. Quero uma igreja que eu possa levar um visitante sem receio de que ele ouça uma abobrinha gigante e nunca mais queira voltar.

Nós temos o Espírito de Deus em nós e Ele nos dá discernimento. Conhecemos a Verdade. Nos relacionamos com Jesus. Como já disse, não sou perfeito. Mas tem coisa que não dá pra engolir. A igreja evangélica brasileira está doente. Muito doente, absorvendo todo o lixo que estes garimpeiros celestiais estão vomitando dos púlpitos e nas televisões. Precisamos urgentemente de um avivamento. Arrependimento, mudança de atitude, santificação, unidade. Mas não unidade a qualquer preço. Há valores no Evangelho (este com ‘Ê’ maiúsculo) que são inegociáveis.

Sola Fide, Sola Scriptura, Solus Christus, Sola Gratia, SOLI DEO GLORIA!!!!!!!!

1 comentários:

  1. Esta igreja na Barra é a Bola de Neve? Parece ser. Esse lance de espíritos ministradores foi adotado por esta igreja após as milhares de visitas da Dra. Neuza Itioka em todas Bolas espalhadas pelo Brasil. É uma pena, porque por falta de maturidade teológias a rapaziada da Bola foi adotando essas coisas desnecessárias.

    ResponderExcluir

Anônimo, eu não sei quem é você, mas o Senhor te conhece muito bem. Sendo assim, pense duas vezes antes de utilizar este espaço LIVRE (poderia bloquear comentários de anônimos mas não o faço por convicção pessoal e direção espiritual) antes de ofender quem quer que seja. Estou aberto para discutimos idéias sem agredir NINGUÉM ok? - Na dúvida, leia mil vezes Romanos 14, até ficar encharcado com a Verdade sobre este assunto...