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sexta-feira, 5 de março de 2010

Alimentação saudável


“A voz que eu do céu tinha ouvido tornou a falar comigo, e disse: Vai, e toma o livro que está aberto na mão do anjo que se acha em pé sobre o mar e sobre a terra. E fui ter com o anjo e lhe pedi que me desse o livrinho. Disse-me ele: Toma-o, e come-o; ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel. Tomei o livrinho da mão do anjo, e o comi; e na minha boca era doce como mel; mas depois que o comi, o meu ventre ficou amargo. Então me disseram: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas, e reis”. – Apocalipse 10:8-11

Desde criança minha saudosa mãezinha ensinou-me a comer de tudo. Desde os deliciosos cachorros-quentes que eu amava até jiló e quiabo, odiado pela imensa maioria das crianças e adultos que conheço. Acho que todas as mães deveriam fazer isso com os filhos, pois não será sempre que teremos à nossa disposição os maravilhosos quitutes que amamos, nem muito menos o que nos traz prazer imediato trará bons frutos a médio e longo prazo.

Com isso aprendi a comer pela necessidade de uma alimentação mais saudável, e isso nem sempre passa pelos alimentos mais apetitosos. Com a disciplina e a educação, criamos hábitos que gerarão bons ou maus frutos, dependendo dos mesmos. Adoro as picanhas e as feijoadas, me lambuzo nas comidas típicas, nos torresmos e nas dobradinhas, mas sei que se viver me alimentando disso apenas me transformarei num ‘modelito da Copagaz’.

Por esta razão, procuro me disciplinar, devido à disciplina e a consciência, passei a ter o maior prazer em pratos com saladas e legumes, alimentos integrais, grelhados e tudo o mais que muita gente torce o nariz. Resultado disso: 10 quilos mais magro, percentual de gordura na casa dos 15%, maior força e disposição. Em outras palavras: Qualidade de vida.

Assim também é nos assuntos espirituais. Quando criança me alimentei muito de todo lixo disponível, que apenas trazia prazeres momentâneos. Nem falo da fase “before Jesus”. Me refiro a meus primeiros anos pós-convertido. Comi muita confissão positiva, participei de vários banquetes na mesa da teologia da prosperidade (como diz o Paulo Romeiro: O problema da teologia da prosperidade não é a prosperidade e sim a teologia...), assaltei a geladeira da maldição hereditária, caí de boca na unção do reteté. Até que comecei a notar que meu espírito estava inchado mas enfraquecido. Não tinha sustança nesta dieta.

O que me salvou foi o jilozinho e o quiabo que comia juntamente com toda esta junk food. Leitura da Palavra, oração, jejum. Coragem de dizer não a certos líderes e modismos ‘góspi’, sede pela Verdade, desejo de maior comunhão com Cristo.

Passei a ler a Palavra com maior afinco. Mesmo através de livros aparentemente áridos como Números, Levídico ou Crônicas e suas intermináveis genealogias e detalhes da Lei ou de uma aparentemente difícil compreensão como Daniel, Hebreus as cartas de Paulo ou Apocalipse, eram lidos com a mesma sede que nos deleitamos com os Salmos, os Evangelhos, as histórias de Jó, Ester e os primeiros passos da Igreja no livro de Atos dos Apóstolos.

Criou-se o hábito. Na minha terceira leitura da Bíblia agarrei-me a ela como se fosse um manjar delicioso. Não conseguia ficar muito tempo sem lê-la, e a cada linha sentia os benefícios em todas as ‘células espirituais’ de meu ser. Muitas vezes sentia dores no estômago com as revelações dadas, mas apenas pude concluir que Deus estava construindo um alicerce dentro de mim para ser utilizado quando necessário.

Hoje fiquei triste. Esta manhã li os 4 últimos capítulos de Apocalipse. Ao chegar à ultima página meus olhos se encheram de lágrimas. Parei um pouco e chorei, feliz em ver que estou totalmente viciado em ‘slow food’ . Aprendi a mastigar palavra por palavra e engoli-las sem pressa, trazendo ao meu ser todos os benefícios dos ‘princípios ativos’ da Verdade.

Agora tenho uma lista imensa de livros que foram comprados e nem foram tirados do plástico. Sinceramente? Vou abri-los e lê-los, mas sob o compromisso com minha saúde espiritual de não dedicar mais tempo à leitura de livros que não seja ao menos proporcional à leitura da Palavra de Deus. Sinto prazer nisso, vi as diferenças em meu cotidiano e não quero parar de nutrir meus músculos com o que ele realmente necessita.

Isso pra quê? Por que importa que eu profetize muitas outras vezes a muitos povos, e nações, e línguas, e reis.

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