Quero escrever. Sinto dentro de mim algo em ebulição, mas não consigo identificar o que é. Desta forma, deixo apenas que meus dedos corram sobre as teclas, para ver o que virá à tona. Engraçado isso. A sensação de que há algo a ser dito, mas que não está claro em minha mente.
Normalmente isso acontece quando estou conversando com alguém, aquela sensação de que parece que Deus quer falar com aquela pessoa através de você, ou que Deus quer falar com você através daquela pessoa. Quando isso acontece, deixo o papo rolar informalmente, sem a preocupação de forçar a coisa acontecer. No relacionamento informal vejo que Deus fala muito mais do que quando buscamos os profetas institucionalizados.
Coisa boa esta. Estar com alguém sem nos preocupar com as palavras. Coisa que só a verdadeira comunhão permite. Nestas horas parece que são os corações que estão conversando. Como diria uma música antiga do U2, Two Hearts Beat as One*...
E é isso mesmo. A verdadeira comunhão faz com que dois ou mais corações batam no mesmo compasso. O silencio não incomoda. Na verdade, falar alguma coisa neste momento sagrado faz com que as palavras que devem ser ditas sejam sufocadas pela necessidade de uma comunicação verbal, que é pobre e limitada algumas vezes, isso quando não é desengonçada e capaz de derrubar as taças de cristal dispostas na mesa da comunhão informal.
A verdadeira comunhão é leve, sutil, etérea. É um momento sagrado para mim. É o momento onde brindamos a alegria de estarmos vivos, livres, unidos. É quando não usamos máscaras, não nos preocupamos em agradar o outro, somos nós mesmos. Somos aqueles que são amados e amamos aqueles que estão comungando aquele momento. Algo meio difícil de colocar por escrito. Se fosse algo definível, não seria assim tão maravilhoso.
Acho que é isso. Deus quer falar comigo e com você sobre a comunhão. Isso me leva ao texto de 1 João 1.5-7:
“E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e nele não há trevas nenhuma. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade; mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado”.
Comunhão com Deus, comunhão uns com os outros. Sem palavras, literalmente.
*Ah, uma canja, o vídeo de Two Hearts Beat as One do U2...
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Comunhão...
7 comentários:
Anônimo, eu não sei quem é você, mas o Senhor te conhece muito bem. Sendo assim, pense duas vezes antes de utilizar este espaço LIVRE (poderia bloquear comentários de anônimos mas não o faço por convicção pessoal e direção espiritual) antes de ofender quem quer que seja. Estou aberto para discutimos idéias sem agredir NINGUÉM ok? - Na dúvida, leia mil vezes Romanos 14, até ficar encharcado com a Verdade sobre este assunto...
Vertical e horizontal, tudo ao mesmo tempo agora.
ResponderExcluirMe deu até "vertigem"... rsrs
ResponderExcluirMenino do céu!
ResponderExcluirÉ exatamente assim.
O Espírito sopra onde quer...
Desculpe se me torno repetitiva, mas teu texto me lembra o último findi com a vinda do meu mano como falei no texto anterior. O cara é católico (de formação) mas não há nada que o rotule pois quando se alcança certos entendimentos se fica acima de rótulos, sejam quais forem. Aliás, ele diz sempre brincando mas com forte tom de seriedade "quando eu era cristão..." E cá pra nós, eu sou mais ele do que muito crente de carteirinha por aí...
E sei que Deus o usou, e como vc diz, já sabia ants mesmo de sua vinda, é o tal lance do saber de algo e não saber explicar. (Foi niver da minha mãe e reunimos grande parte de familiares na matriz, como costumamos chamar sua casa rss
durante uns três dias, desde a quinta-feira)
É assim que creio no agir de Deus, quando é pra promover comunhão, bem estar, harmonia. O resto é invenção institucionalizada.
Somos uma família numerosa e claro que conflitos e desentendimentos sempre existirão, mas o bom é que Deus nos dá uma oportunidade não só de nos reconciliarmos diariamente uns com os outros como principalmente a aprendermos a virar a página, zerando ressentimentos.
Não aconteceu nada diretamente comigo mas que me atingiu dividindo opiniões; e, ainda que dividida na idéia, no coração jamais! Algo q precisamos aprender cada vez mais.
Isso que tô falando tem a ver com todos os textos que tenho escrito sobre perdão, pois ironicamente quanto mais as pessoas vivem dentro da igreja menos aprendem a perdoar.
Até a Veja da semana passada deu seu pitaco a respeito.
Só não enxerga quem não quer mesmo ver.
Principalmente nesse caso específico em que a atitude se fez presente de maneira maravilhosa.
Torna-se chavão mas ser instrumento de Deus é isso.
Sem estardalhaço.
Um cicio suave...
Para Sua Honra e Glória!!!
R.
Só pra constar: meu irmão desconhecia o conflito por completo, até estar entre nós.
ResponderExcluirEngraçado isso bispa, esta sensação de que Sarayu vai movendo aqueles que a ouvem na mesma direção...
ResponderExcluirPequenas "jesuscidências" no nosso caminho...
Adorei esta sua sacada, a do "O cara é católico (de formação) mas não há nada que o rotule pois quando se alcança certos entendimentos se fica acima de rótulos, sejam quais forem".
Me sinto assim também!
Beijos
JC
Sarayu he he
ResponderExcluirTu és um herege :P
Me chamem do que quiser, eu sei quem sou...
ResponderExcluirDa mesma forma, Sarayu sabem de quem estamos falando né?