Certa vez ouvi um pastor compartilhar uma experiência riquíssima sobre santidade.
Ele havia ficado com um batalhão de pulgas atrás da orelha, que tagarelavam em seu ouvido o famoso versículo de Levídico 11.44a: "Porque Eu sou o Senhor vosso Deus; portanto santificai-vos e sede santos, porque Eu sou Santo".
Ele ficou com isso na cabeça dia e noite, repetindo para si: "Devo ser santo, pois o Senhor é santo... Devo ser santo, pois o Senhor é santo..." Orava, chorava, sofria por não conseguir alcançar este padrão tão elevado de santidade.
Em meio à sua angústia, certo dia o Espírito Santo falou em seu coração:
- Filho, Eu sou Santo?
- Sim, tú és Santo Senhor!
- Então Eu sou Santo?
- Sim Senhor...
- Você se relaciona comigo, certo filho?
- Sim Pai...
- Se eu me relaciono com você e você comigo, onde eu estou em sua vida?
- O Senhor habita em meu coração, em minha vida Senhor...
- Então entenda: Se Eu sou Santo e habito em você, você é santo, não por suas obras, nem por sua capacidade, mas por minha presença em sua vida.
Creio no diálogo entre este pastor e Deus. Creio também que a santidade se passa através deste caminho. A santidade não é algo que seja fruto de esforço pessoal, senão cairia no legalismo, na adoção de usos, costumes, aparência externa. Este esforço desumano serviria apenas para afundar ainda mais o pobre e desesperado pecador em sua luta hercúlea contra sua natureza caída.
O que fazer então?
Não existe uma regra prática de como agir. Uma luz pode ser encontrada em um princípio simples que uma vez li muitos anos atrás (nem lembro o nome exato do livro, algo como “Santidade” mesmo...). O tema é tratado tendo como alicerce um conceito muito simples, que parafraseio abaixo:
"O princípio da santidade é o de você ter uma visão exata de quem você é, nem a mais, nem a menos..."
Simples assim, talvez complicado para alguns, principalmente àqueles que querem dar uma maquiada na situação pessoal ou àqueles que querem impressionar os outros.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Você é santo?
3 comentários:
Anônimo, eu não sei quem é você, mas o Senhor te conhece muito bem. Sendo assim, pense duas vezes antes de utilizar este espaço LIVRE (poderia bloquear comentários de anônimos mas não o faço por convicção pessoal e direção espiritual) antes de ofender quem quer que seja. Estou aberto para discutimos idéias sem agredir NINGUÉM ok? - Na dúvida, leia mil vezes Romanos 14, até ficar encharcado com a Verdade sobre este assunto...
E é nesta santidade possível que o outro nos vê como exemplo, não como anjos. Podemos ser vistos como possuidores de algo diferente, sem forçar a barra, sem tentarmos ser o bom moço de novela.
ResponderExcluirA tal lista de bom comportamento é algo natural.
Belo texto.
abraços
João,
ResponderExcluirImagine Davi, o homem "segundo o coração de Deus". Será que ele alcançaria tal status pelas suas próprias ações? Será? Então o que dizer dos seus terríveis pecados (somente alguns descritos na Bíblia), como a armadilha urdida contra Urias a fim de matá-lo na frente de batalha, de forma fria e premeditada, para ficar com a sua mulher Bate-Seba? Um homem desses, segundo os nossos critérios de "justiça", mereceria tão grande beneplácito divino? E nem vou falar de Jacó!
Repito o que disse no blog da Regina: a santificação nada tem a ver com legalismos, pois é consequência automática da graça. E Deus nos ama (e nos amou antes que nós o amássemos), não por nossos méritos, mas exatamente pela graça que nos dá (Efésios 2.8-9).
É isso aí mano, o processo é todo dEle (Romanos 8.29-30). Por falar nisso, leia atenta e demoradamente Romanos 9. É a resposta para aquele seu questionamento no meu blog sobre o processo de salvação, eliminando completamente uma suposta autonomia da vontade (livre arbítrio). E depois me diga a sua conclusão.
Grande abraço meu camarada!
Ricardo.
Ricardo, meu querido!
ResponderExcluirNão é coincidencia, mas enquanto escrevia vinha em minha mente o Rei Davi, exatamente por ele ser chamado de "um homem conforme o coração de Deus".
É isso mesmo!
Agora, deixa eu fazer a 'lição de casa' pra apresentar minha conclusão...
Forte abraço!
JC