"Quando um de vocês fizer um empréstimo de qualquer tipo ao seu próximo, não entre na casa dele para apanhar o que ele lhe oferecer como penhor. Fique do lado de fora e deixe que o homem, a quem você está fazendo o empréstimo, traga a você o penhor. Se o homem for pobre, não vá dormir tendo com você o penhor. Devolva-lhe o manto ao pôr-do-sol, para que ele possa usá-lo para dormir, e lhe seja grato. Isso será considerado um ato de justiça pelo Senhor, o seu Deus. Não se aproveitem do pobre e necessitado, seja ele um irmão israelita ou um estrangeiro que viva numa das suas cidades. Paguem-lhe o seu salário diariamente, antes do pôr-do-sol, pois ele é necessitado e depende disso. Se não, ele poderá clamar ao Senhor contra você, e você será culpado de pecado. Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos em lugar dos pais; cada um morrerá pelo seu próprio pecado. Não neguem justiça ao estrangeiro e ao órfão, nem tomem como penhor o manto de uma viúva. Lembrem-se de que vocês foram escravos no Egito e de que o Senhor, o seu Deus, os libertou; por isso lhes ordeno que façam tudo isso. Quando vocês estiverem fazendo a colheita de sua lavoura e deixarem um feixe de trigo para trás, não voltem para apanhá-lo. Deixem-no para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva, para que o Senhor, o seu Deus, os abençoe em todo o trabalho das suas mãos. Quando sacudirem as azeitonas das suas oliveiras, não voltem para colher o que ficar nos ramos. Deixem o que sobrar para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva. E quando colherem as uvas da sua vinha, não passem de novo por ela. Deixem o que sobrar para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva. Lembrem-se de que vocês foram escravos no Egito; por isso lhes ordeno que façam tudo isso”. - Deuteronômio 24:10-22
Estou lendo a Bíblia novamente, perto do fim do livro de Deuteronômio. Já havia lido este trecho acima outras vezes, mas desta vez a expressão “Lembrem-se de que vocês foram escravos no Egito e de que o Senhor, o seu Deus, os libertou” e “Lembrem-se de que vocês foram escravos no Egito; por isso lhes ordeno que façam tudo isso” ficou ribombando em meu coração.
Caramba, é verdade isso. Esquecemos freqüentemente que em nossa trajetória de vida antes de passarmos a nos relacionar com Jesus éramos escravos no Egito, sendo então apenas um figurante da história, sendo levado ao vento, jogado à deriva, sofrendo, sobrevivendo, sendo humilhado, passando privações, até que fomos libertos do cativeiro.
Por esta razão, Deus nos instrui nestas palavras a nunca esquecermos que já fomos escravos do diabo, do pecado e da carne (não nesta ordem). Nos ensina a tratar nosso próximo com o mesmo cuidado que precisávamos ter sido cuidados, amá-lo como gostaríamos de ter sido amados, respeitá-los como gostaríamos de ter sido respeitados. Estamos hoje numa posição privilegiada. Estamos ao “lado” dAquele que nos libertou, e devemos cumprir nosso papel, provendo cada necessidade daqueles que ainda não tiveram a oportunidade de tirar os pés do Egito.
Sabemos também que na saída da escravidão, Faraó nos perseguiu. Nunca nos esqueçamos que não foi fácil sair do jugo imposto. O caminho foi tortuoso, cansativo, desanimador. Várias vezes pensamos em voltar atrás. Na verdade, alguns entre nós desanimaram, preferiram os alhos e cebolas do Egito. Não quiseram se alimentar do maná diário, não quiseram pagar o preço da liberdade.
Sei que é difícil. Caminhar 40 anos no deserto cansa. Murmuramos, blasfemamos mas chegamos até a Terra Prometida. Em nossa terra, devemos então usar de liberalidade com todos os que por ela precisarem passar. Daremos de graça o que de graça recebemos. Dividiremos com dois, três, quantos vierem. Com isso, nunca nos faltará nada (interessante a matemática divina).
Não sei como concluir. Ainda estou digerindo isso tudo, e está bem gostoso, diga-se de passagem...
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Nunca se esqueçam...
10 comentários:
Anônimo, eu não sei quem é você, mas o Senhor te conhece muito bem. Sendo assim, pense duas vezes antes de utilizar este espaço LIVRE (poderia bloquear comentários de anônimos mas não o faço por convicção pessoal e direção espiritual) antes de ofender quem quer que seja. Estou aberto para discutimos idéias sem agredir NINGUÉM ok? - Na dúvida, leia mil vezes Romanos 14, até ficar encharcado com a Verdade sobre este assunto...
JC
ResponderExcluirVocê estabeleceu um paralelo de forma bastante clara sobre essa opressão sofrida, esse cativeiro.
E o tempo que andamos pelo deserto tem a ver com nossas teimosias, nossas resistências, nossos recalques, nosso orgulho, nossa alma adoecida e acomodada. O homem à beira do tanque de Betesda que o diga...
Texto denso!
Para mim está perfeitamente concluído. Agora é só cada um digerir... E trazer para a prática.
Que Deus te ilumine cada vez mais!
Nem sei o que dizer, fiquei com "veugonhia"
ResponderExcluirSomos os seres do presente, o passado custa a nos ensinar algo e o futuro nem sempre é uma esperança.
ResponderExcluirTambém acho super legal estes textos do pentateuco, as vezes parece que o grande Javé quer dizer assim: Se vocês não entendem vou desenhar!
Quase todas as orientações foram didáticas,pedagógicas e com uma profundidade espiritual cativanteque só um simbolo pode trazer.
Perdoe a ausência.
beijocas
Dri,
ResponderExcluirEstou emocionado em te ver aqui, sem mentira!
Obrigado pela visita, vê se aparece mais na casa dos pobres, não vamos pedir nada emprestado não.... (risos)
Beijo!
JC
Pode pedir, se estiver ao meu alcance emprestarei com prazer.
ResponderExcluirFaz um favor de nos presentiar com outras cronicas deste nível, é um deleite.
Esta blogoesfera tá ficando sacal, e é ótimo ler algo que faz sentido no chão da vida.
Sabe, coisa de gente de carne e osso?
Tô cansando de tanta masturbaçõa mental, portanto este meu recuo tem sido providêncial.
Você, a Rê e outros amigos são indispensáveis, sempre leio, tenho a segurança de que receberei presentes.
No mais, mano, confesso que estou cansadinha.
Momento desabafo.
beijocas
Então deixa eu desabafar um pouquinho...
ResponderExcluirEstou só o pó, me senti "boi de piranha", "bode espiatório". Tem vampiro na blogosfera e eu - tonto - me esqueci disso.
Depois isprico meiór...
Vou desmaiar um pouco, tô precisando. Ou melhor, acho que vou tomar um vinhozinho com a Cilene na praia esta noite (voltou a fazer calor nesta joça de Cidade Maravilhosa...).
Beijo!
Explique depois, então.
ResponderExcluirmarco+vinho+um filminho
vou nessa tbém.
beijocas
João, antes de tudo que me desculpar com você(acho que já fiz isso uma vez, né???)pelo mal estar que o Isa ou eu te causamos lá no botequim. sinceramente, não era minha intenção. espero que não deixe de frequentá-lo por conta disso, já que o diálogo entre diferentes é mais profícuo do que o diálogo entre iguais.
ResponderExcluirquanto ao teu texto eu o li como simbólico. desculpe, mas não consigo ler literalmente certas partes da bíblia, falta-me a "revelção". na verdade, minha leitura também foi essa durante anos e anos mas me perdi...rssss
e veja como é a tora. no meio de tantas leis para nós hoje surreal, a justiça e o direito estão presente de forma muito enfática.
sem dúvida, é um livro espetacular. ou inspirado por Deus para quem assim o entende.
abraços
sua postagem foi de grande importancia...
ResponderExcluirfoi um ensinamento direcionado por Deus....
Deuteronomio é um livro que exige um numero de interpretação um pouco maior e vc soube explanar muito bem...
Que Deus lhe abençoe...
bjux
FCD
Pôxa Lopeka, que bom que você gostou! Para mim, este trecho das Escrituras também foi, como dizem, palavra rhema...
ResponderExcluirObrigado!!!