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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Acaba logo o jogo juiz, assim tá bom pra todo mundo!

25 minutos do segundo tempo. O jogo está dois a um e aparentemente ninguém vai mais chutar ao gol. O resultado está mais que bom para todos. Um deles não disputa mais o título e muito menos corre risco de cair para a segunda divisão. Além do mais, com este resultado um deles sairá campeão e o outro derrubará as chances do arqui-rival conquistar o título.

Na verdade não sei ao certo por que estou escrevendo sobre isso. Inicialmente era por que faltam 32 minutos para eu meter o pé aqui do escritório e estava lembrando do jogo ridículo de domingo, mas depois comecei a ver que muitas vezes temos esta postura com os colegas de trabalho, com as pessoas que encontramos nas ruas, no transporte público, nossos vizinhos e até na igreja.

Estamos confortáveis em nossos bancos nos ônibus e não pedimos para carregar os volumes daqueles que estão tendo dificuldades em carregá-los, muito menos damos lugar para os passageiros com crianças ou necessidades especiais. Chegamos 15 minutos antes do culto e tomamos ‘posse da bênção’ (digo, dos bancos das pontas do corredor), algumas vezes até dividindo famílias que chegam alguns minutos após nos abundarmos (pelo visto existe a palavra, estou escrevendo no Outlook e não ficou sublinhado de vermelho...), passamos a largo daqueles que nos pedem ajuda nas ruas, fingimos não ver o mendigo, a prostituta e o menor delinqüente, fazemos vistas grossas aos nossos companheiros de trabalho, envolvidos em todo tipo de desvio moral, simplesmente por tentarmos ser politicamente corretos, ouvimos nossos vizinhos se matando, quebrando pratos e gritando e apenas pedimos para eles brigarem mais baixo pois estamos assistindo TV.

Complicado. Se não nos incomoda mais, ignoramos, passamos batido. Se nos incomoda, agimos como Jonas e pegamos um navio para Társis. Tapamos os ouvidos para a necessidade alheia, afinal de contas, o nosso já está ganho, temos nossos nomezinhos escrito no Livro da Vida e azar dos pecadores. Criticamos aqueles que querem fazer alguma coisa próximos de nós. Este ativismo nos coloca em uma saia justa, pois denuncia nossa religião vazia de demonstrações práticas de amor ágape.

Vamos levando assim nossa religião morna, aguardando ansiosamente que dê logo 45 do segundo tempo e pedindo que o juiz não invente nenhum minuto a mais de prorrogação. Afinal de contas, o arrebatamento está logo aí. Devemos apenas temer uma coisa: Se nossos cálculos estiverem errados, muita coisa ainda pode acontecer neste jogo, pois em onze contra onze pode haver ao menos um com dignidade de fazer um golzinho e mudar toda situação arquitetada. Unzinho que não aceite tirar o pé, como fizeram os jogadores do Grêmio contra o Flamengo, visando o triunfo rubro-negro em detrimento ao time do Internacional, que estaria com o título nas mãos caso os gremistas fizessem mais um golzinho.

É... Estou muito decepcionado com tudo isso gente, inclusive comigo. Nem sei se me fiz entender, na verdade não importa muito. Viagem é viagem...

P.S: Viagem baseada em 'fatos reais', veja o vídeo abaixo:


1 comentários:

  1. Querido Pastor João, me comuniquei por aqui, mas não precisa publicar porque é para o seu coração essa mensagem.
    Sinta-se abraçado beeemmmm apertado, um abraço de irmã em Cristo Jesus, abraço que cura e traz conforto.
    Meus mais profundos sentimentos por sua perda!
    Amado, fiquei comovida ao ler suas palavras e te aconselho a se expressar mesmo, faça esse bem a si.
    Que o Senhor te abençôe e te guarde, e faça resplandecer sobre ti o Seu rosto, e te dê a paz.

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Anônimo, eu não sei quem é você, mas o Senhor te conhece muito bem. Sendo assim, pense duas vezes antes de utilizar este espaço LIVRE (poderia bloquear comentários de anônimos mas não o faço por convicção pessoal e direção espiritual) antes de ofender quem quer que seja. Estou aberto para discutimos idéias sem agredir NINGUÉM ok? - Na dúvida, leia mil vezes Romanos 14, até ficar encharcado com a Verdade sobre este assunto...