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segunda-feira, 5 de julho de 2010

E tome patada!


Você já viu um gato brincando com um rato ou um inseto, tipo uma barata, um grilo ou outro qualquer?

O gato dá uma patada, o bicho rola pro lado, ele pula sobre o bicho e dá outra patada, o bicho voa longe pra outro lado, o gato salta, mata no peito e chuta de novo até que cansa da brincadeira e come o coitado.

Falando assim, parece que o gato é um bicho malvado, mas faz parte de seu instinto de caçador. Eu pessoalmente adoro gatos e me divirto muito com suas manhas e artimanhas. Tenho um temperamento muito parecido com o dos gatos. Mas não para esta tortura que ele faz com os insetos. Quanto a isso, estou mais para rato...

Muitas vezes a vida funciona dessa maneira. Somos os pequenos animaizinhos que levam patadas atrás de patadas. Rolamos, corremos, tentamos fugir, mas que nada! Lá vem outro golpe que nos deixa desnorteado. Tentamos ficar de pé e correr, mas o peso dos acontecimentos nos derruba a toda hora.

Na área financeira por exemplo, corremos para pagar uma conta, fazemos um empréstimo no banco para pagar o outro empréstimo, pagamos o mínimo do cartão de crédito para respirar por mais 30 dias (adiando o sofrimento), chegando ao ponto de escrever as contas em pedaços de papel e fazer o “sorteio” do que será pago naquele mês. E haja fôlego para ficar no azul!

Nas relações interpessoais também. Vivemos apagando incêndios que muitas vezes não foram ateados por nós, lidando com melindres e meninices de pessoas incapacitadas de lidar com as pressões da vida moderna, aquelas que ficam “dodóis” com qualquer coisa. E lá vamos nós pedirmos desculpas por coisas que na verdade não fomos culpados. Algo como aquela música do Paralamas, “Romance Ideal”

“Ela é só uma menina
E eu pagando pelos erros
Que eu nem sei se eu cometi...”


Ai junta tudo. A gente feito A “barata tonta” de tanto levar patada, totalmente desnorteado, cansado, desanimado, ado, ado, ado...

Numa hora dessas precisamos dar um pause. Congelar a cena, reposicionar os atores, reescrever o roteiro e voltar à ação. Mas é necessário muita firmeza. Passar por frio, calculista, insensível. Cortar os gastos desnecessários. Não financeiramente apenas, gastos emocionais, gastos de tempo, gastos de energia com pessoas que não valem a pena.

Mas por que será que dói tanto? Por qual razão investimos tanta energia em coisas que estão fadadas ao fracasso? Tipo torcer pela Seleção do Dunga! Exemplo perfeito esse! Todos nós sabíamos que não daria certo. O melhor foi deixado de lado e, na maioria dos atletas convocados, tinham apenas os que o técnico-marinheiro-de-primeira-viagem era capaz de controlar.

Quantas lágrimas desnecessárias! Não bastava ser brasileiro. Tinha que ser bom! Os melhores foram deixados de lado. Sabíamos que não daria certo, mesmo porque o futebol a muito tempo deixou de ser um esporte inocentemente decidido dentro de campo, passando a ser decidido nas zonas obscuras do poder econômico dos patrocinadores, na esfera política e nos interesses regionais. E tome os trouxas (me incluo na conta, por isso falo sem receio de ser mal interpretado) comprando camiseta, corneta, chapéu, cueca, mortadela, cachorro, celular e o que mais tivesse as cores verde-amarela!

Hoje título de futebol é moeda de troca nas altas esferas! Meu palpite: O título de 2010 ficará com a Espanha, que investe fortunas astronômicas em atletas, está afundada em um crise social e econômica que há muito não se via e que precisa dar um “agradinho” para a população.

Afff... fui longe, isso parece papo de botequim. Garçom, mais uma por favor!!! E ai, o que você acha? Tem cura?

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